Este livro ─
aqui transformado em Blog ─, é um objetivo contraponto ao vício cultural de
valorizar essa ou aquela oração, como que, uma espécie de instrumento validador
do certo atendimento da parte de Deus para tudo aquilo que desejamos.
AGRADECIMENTO
Aproveito de igual modo, para agradecer
de todo meu coração à forma receptiva e carinhosa como os meus atuais treze
Blogs (agora catorze) de estudos estão sendo visitados por milhares de pessoas
no Brasil, e em mais vinte e sete (27) países ─ alguns dos Temas, mais
visitados no exterior do que no Brasil. Isto enseja o meu muito obrigado, e
ouso ainda lhes pedir mais, que divulguem esses meus estudos sobre Temas
(assuntos) específicos, porquanto, como pode ser constatado nos mesmos, eles
foram e são produzidos com a máxima seriedade na direção de ser útil a todos
nós seres humanos... Também lhes informo que estou aberto às contestações
sérias que visem ajudar esse intercâmbio de idéias e conseqüentemente a todos
nós como indivíduos... Para acessar os demais, dos atuais catorze Blogs, clique
no link perfil geral do autor (abaixo da minha foto) e a lista aparecerá,
bastando clicar no título de cada um para acessá-lo.
CONSIDERAÇÕES INICIAIS
Nos Estudos que tenho postado sobre Teologia é fácil
constatar a minha preocupação com a correta interpretação e aplicação do que se
estuda na Bíblia. Nesta visão e entendimento tenho buscado Temas (assuntos),
que, ao meu juízo, possa vir interessar aquelas pessoas afeitas a informações
bem fundamentadas e tratadas com o máximo de seriedade... No caso especifico
desse estudo: A ORAÇÃO de JABEZ e a ORAÇÃO DE SALOMÃO; tive inclusive, que
fazer até detalhamentos sobre genealogias; coisa essa que imaginava nunca ser
necessário ter que fazê-lo.
Aí está este trabalho, que é exatamente a transcrição
deste pequeno livro que pretendia editar; colocado aqui na sua real diagramação,
para que ao ler este meu décimo Blog se tenha a sensação de estar de fato lendo
este meu livrinho.
A
ORAÇÃO de JABEZ e a ORAÇÃO de SALOMÃO
SUMÁRIO
Prefácio
.................................................................................................
Apresentação
.........................................................................................
Preâmbulo ....................-....................
1 ─ Nós amamos a nós
mesmos sim
Capítulo I ─ A oração de Jabez ................
1 ─ A questão Simetria de Sistematização
2 ─ Isto é Simetria de Sistematização ......
3 ─ Genealogias e Descendências ...........
4 ─ O valor do que é Bíblico I ................
5 ─ O nosso Egoísmo .............................
Capítulo II ─ A Oração de Salomão .......
1 ─ A Sabedoria que Vem de Deus ........
2 ─ O Valor do que é Bíblico II .............
3 ─ A Sabedoria como alegoria de Jesus
4 ─ A Benção em ter Deus em primeiro lugar
5 ─ Não Devemos Amar o Mundo ................
6 ─ Epicurismo Gospel ou Amor pelo Mundo
7 ─ O Amor ao que é Material .......................
A ORAÇÃO de JABEZ e a ORAÇÃO
de SALOMÃO
APRESENTAÇÃO
1
Este pequeno livro, não é exatamente um contraponto à
oração de Jabez, mas é sim, um chamamento de atenção quanto à sua interpretação
e o valor que lhe é creditado, principalmente quanto às conseqüências dessa
valorização, como temos visto e ouvido sobre essa oração de pouquíssimo valor,
em todos os lugares.
2
A questão estudo bíblico é uma coisa
muitíssimo importante; para a qual, as lideranças evangélicas não têm dado a
devida atenção e importância no que se diz respeito às conclusões que se podem
tirar do que se lê e estuda sobre o texto sagrado. Sem estar dizendo que se devam
estabelecer dogmas; todavia todos nós que professamos o nome do Senhor Jesus;
temos a responsabilidade de buscar influir de alguma maneira (com toda a
sinceridade de um estudo guiado pelo Espírito Santo do Senhor) na construção e
conclusão de interpretações para assuntos ligados ao estudo de textos bíblicos,
que sejam verdadeiramente o que o Senhor quer nos informar.
3
Isto efetivamente quer dizer, que temos
compromisso com a verdade das Escrituras quanto ao que é informado por qualquer
um de nós, ou seja, esse nosso compromisso e responsabilidade correspondem
exatamente ao que nos é ordenado pelo nosso Senhor e salvador Jesus Cristo,
quando nos diz, conforme escreveu Mateus 28:19:20 ─ Portanto ide, fazei discípulos de todas as
nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Ensinando-os
a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que estou convosco
todos os dias, até a consumação dos séculos.
4
O texto acima do final do Evangelho de Mateus informa
de maneira muito clara, que o Senhor Jesus manda irmos e anunciarmos a salvação
e a vida eterna em seu nome, e “que também ensinemos tudo sobre as Escrituras
conforme o seu mandado”.
5
Não querendo ser repetitivo; mas já o sendo: temos o
mandado, o compromisso e a responsabilidade de pregar e ensinar a Palavra
maravilhosa do Senhor; que neste pequeno livro, o farei sobre o assunto oração,
que neste fazer teremos como base: a oração de Jabez e uma do rei Salomão (a primeira feita no início do seu
reinado).
O autor
A ORAÇÃO de JABEZ e a ORAÇÃO
de SALOMÃO
PREÂMBULO
6
Todos nós sabemos que nos textos bíblicos, orar
significa literalmente falar com Deus... Todavia, muitos de nós não sabemos
exatamente o que é falar com Deus, ou pior ainda, não buscamos tomar consciência
de que devemos como prioridade, e também com racionalidade e sabedoria,
estabelecer essa comunicação com Deus, nesse nosso falar com Ele, em nome do
seu Filho, o Senhor Jesus.
7
Ainda com relação a oração ou o falar
com Deus, há que se considerar que podemos dizer muitas coisas nessa nossa
oração (como considerei acima), “que é, em última análise, o simplesmente falar com Ele”...
8
Ostensivamente temos sido ensinados, que orar é pedir
alguma coisa a Deus, e em alguns casos (como é ensinado por certas lideranças),
devemos determinar e exigir; que aquilo que estamos querendo tem que acontecer,
pois o que estamos exigindo é em nome do Senhor Jesus.
9
Nesta visão do “deus provedor de todas
as coisas”, é enfatizada a fé (que de fato é o primeiro pressuposto para
chegarmos a Deus, conforme Hebreus 11:6), que biblicamente é exigida nessa
nossa relação com Ele. O ruim é que a
partir desse início de caminho correto, enveredam por posturas e reivindicações
que nada têm a ver com o que o texto
bíblico ensina e efetivamente com as coisas concernentes a Deus e a sua vontade.
10
Como disse, a maioria de nós têm
priorizado nesse falar com Deus chamada oração: Pedir, pedir e pedir; quando o
que nos é ensinado pelo Senhor Jesus sobre oração; é que antes de tudo (nesse
nosso falar com Deus), reconheçamos a Sua soberania: Pai nosso que estais nos céus; desejemos que Ele exerça sobre nós o
seu domínio e que sejamos seus servos: Venha
a nós o teu reino; a despeito do tenhamos pedido ou venhamos pedir ou
ainda, do que venha a acontecer em nossa vida: Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; considerando
o que Jesus veio a dizer neste mesmo capítulo (Mateus 6:25), não estejamos
solícitos quanto ao que havemos de comer ou vestir, mas peçamos a Ele: O Pão nosso de cada dia danos hoje; que
possamos considerar em nossas mentes; que antes de pedirmos perdão a Deus,
devemos perdoar àqueles que nos ofenderam, para que possamos ser perdoados: E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como
temos perdoado aos nossos devedores; antes de pedirmos que o Senhor nos
livre do mal, tenhamos a preocupação de pedir que Ele nos ajude a não
praticarmos o mal: Não nos deixe entrar
em tentação, mas livrá-nos do mal.
11
Há muitos livros escritos sobre oração; que abordam
várias questões sobre o assunto... Buscarei (como já expliquei no texto da
apresentação) abordar ou efetivamente estudar, do ponto de vista genuinamente
bíblico a oração de Jabez, comparando-a a de Salomão... Também, o meu
balizamento (ou a maneira como nortearei esse estudo ou comparação), estará a
todo o tempo sendo medido pelo padrão estabelecido pelo Senhor Jesus na oração
modelo do “Pai Nosso” (reproduzida acima em fragmentos de compatibilidade de
assuntos) e outras vertentes quanto a
oração (falar com Deus) que foram proferidas por Jesus durante o seu ministério
e também pelos seus discípulos, e de igual modo a primeira oração de Salomão.
12
Nós seres humanos somos muito
egoístas... E não há momento mais revelador dessa nossa tendência, senão o
momento em que estamos orando; pois até o motor motivador da nossa oração
(querer falar com Deus para pedir alguma coisa) é egoísta, pois só nasce a
partir do entender que necessitamos ser socorrido, dificilmente para agradecer
e em ato de adoração.
NÓS AMAMOS A NÓS MESMOS SIM
13
Há coisas maravilhosas no saber e nas
ciências, principalmente na psicologia (a qual amo muito, e sempre dela falo);
que quando inconseqüentemente são mescladas com conceitos e ensinamentos do
Evangelho, produzem heresias e absurdos que até a filosofia não consegue
construir argumentos plausíveis para as tais; isto acontece quando lideranças
que praticam esse negócio chamado cura interior, dizem que para se amar ao
próximo, é necessário que tenhamos amor a “nós mesmos primeiro”... Heresiazinha
absurda essa!.. Não há precedente em nenhum texto bíblico para isto, porquanto
o que o Senhor Jesus ensina de maneira categórica, é que nós os seres humanos
somos por natureza egoístas, ou seja, todos nós amamos ardorosamente a nós
mesmos em detrimento de outrem; por esse motivo o Senhor Jesus nos manda
amarmos ao nosso próximo como a nós mesmos. Sendo que este entendimento e ordem
já faziam parte da lei, conforme Levítico 19:18 ─ Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mais amarás
o teu próximo como a ti mesmo, Eu sou o Senhor. Esse texto diz de maneira
clara e objetiva, que não existe o pressuposto de alguém não amar a si mesmo; e
vou reproduzir vários endereços bíblicos nos quais essa informação é novamente
reproduzida. Mas antes gostaria de responder a uma possível indagação que possa
haver quanto a pessoas que estejam em depressão e querendo se autodestruir.
Respondo a essa possível pergunta dizendo, que até o masoquista (aquele que
sofre e nos causa dó) sente prazer em sofrer, sendo isto um ato de gostar de si
mesmo, pois o seu prazer está sendo egoisticamente saciado; e o que sofre
efetivamente de depressão se constitui em um caso patológico (doença), que não
terá nada a ver com o que estamos ponderando...
Reiterando, a Palavra de Deus ensina categoricamente que o ser humano é
por natureza egoísta (ama a si mesmo); sendo isto claro no texto reproduzido
acima e nesses outros textos: Mateus 22:39, Marcos 12:31, Romanos 13:9-10 e
Tiago 2:8.
14
Quando disse que o texto sagrado ensina
de maneira clara, que não existe o pressuposto de nós seres humanos não amarmos
a nós mesmos; usando textos que dizem que devemos amar ao nosso próximo como a
nós mesmos; entendo com isto que, se Deus diz enfaticamente através do texto
sagrado que o modelo de amor que Ele quer que pratiquemos para com o nosso
próximo é o que temos para com a nossa própria pessoa, fica objetivamente claro
que Deus entende que o amor, que eu, que você, que ele e eles; devo, devamos e
devam ter para com o nosso próximo, é um amor muito grande e de ótima
“qualidade” no que se diz respeito a querer tudo de bom (nessa grandeza cheia
de egoísmo que temos para nós mesmos); só que Deus quer que transfiramos tudo
isto (com essa qualidade e bom desejo) para o nosso próximo.
15
O que estamos querendo concluir com
toda essa ponderação sobre o amor ao próximo, é que fica objetivamente claro do
ponto de vista bíblico; que nós seres humanos somos de fato primeiramente
egoístas.
16
Estou dizendo isto porque, o tomarmos
conhecimento dessa nossa realidade, em muito nos ajudará na nossa relação com o
Senhor nosso Deus e o seu Filho, o Senhor Jesus, principalmente quando essa
nossa relação for por intermédio da oração.
17
Creio que após as ponderações iniciais
sobre o que somos e como deve ser a nossa relação com Deus Pai e o seu Filho
Jesus; já poderemos entrar em considerações efetivas sobre a oração de Jabez e
a oração de Salomão. Também, desde já, peço a você que está lendo esse nosso livro,
que tenha toda a paciência e aplicação na leitura, pois esse nosso livro, é um
trabalho sério de estudo bíblico e de respeito e busca do que efetivamente o
Senhor nosso Deus quer nos informar e ensinar.
A ORAÇÃO de JABEZ e a ORAÇÃO de SALOMÃO
CAPÍTULO PRIMEIRO ─ A
ORAÇÃO DE JABEZ
18
No capítulo quatro, versículos nove e dez do livro de
I Crônicas, têm-se a famosa oração de Jabez; que infelizmente é repetida
literalmente por pessoas, como se fora um amuleto; sendo que o terrível disso é
que lideranças com peso de formação de opinião, estimulam e até aconselham o
recitá-la, seguindo o modelo católico romano.
19
O texto desta oração (I Crônicas 4:9-10) é: ─ Jabez
foi mais ilustre do que seus irmãos; e sua mãe chamou o seu nome Jabez,
dizendo: Porquanto com dores o dei a luz.
Porque Jabez invocou o Deus de Israel, dizendo: Se me abençoares
muitíssimo, e meus termos ampliares, e a tua mão for comigo, e fizeres que do
mal eu não seja afligido!.. E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido.
20
Conforme o título desse livro; sendo repetitivo mais
uma vez, o que buscarei fazer será uma avaliação (comparação) dessa oração com
a de Salomão quando da sua unção como rei de Israel.
21
O versículo nove do texto dessa oração
carrega na sua construção a nítida preocupação do cronista em resgatar ou
querer claramente enaltecer a este homem “ilustre” chamado Jabez, conforme
procurarei detalhar.
22
Antes de efetivamente trabalhar de
maneira ampla o que está relacionado com esta oração e especificamente com
relação à genealogia de Judá que é o seu invólucro (onde ela pretende estar
contida)... Vou considerar inicialmente algo importantíssimo a ser levado em
conta, que é a regra bíblica de sistematização (como interpretar textos da
Bíblia), que no final do livro, está detalhada no glossário; dê uma olhada
antes de prosseguir na leitura.
23
Disse e reitero nos meus dois livros
anteriores; que estudo bíblico é coisa muitíssimo séria, e quero reiterar mais
uma vez neste trabalho sobre essa oração, que houve, como procurarei mostrar, a
plena falta de seriedade e aprofundamento bíblico quando da avaliação e uso
indevido da famosa oração de Jabez.
24
Para que você já tenha efetivamente uma
visão do que é sistematização teológica e as suas implicações graves como a do
texto dessa oração; vou reproduzir ou de fato transcrever parte do livro O Mover do Espírito, que trata também do
assunto sistematização teológica ou com verdadeiramente se interpreta a Bíblia.
A QUESTÃO SIMETRIA DE
SISTEMATIZAÇÃO
25
O subtítulo acima é o que dá nome à
parte específica do que me referi no parágrafo anterior do meu terceiro livro
(ainda não editado); que vou reproduzi-la por já ter ponderado sobre essa
questão naquele trabalho... O texto que estou transcrevendo é este: Início da transcrição de parte do nosso
livro, O Mover do Espírito ─ Não
era nossa intenção fazer essa abordagem que envolve questões profundas de Teologia
Sistemática neste estudo; entretanto, quando nos deparamos com questões que
levianamente foram aculturadas como polêmicas, surge o impasse ─ ou as
ignoramos, ou então as estudamos com paciência, efetivamente com profundidade,
muita seriedade e inspiração do Espírito Santo do Senhor.
26
Embora se fale muito de hermenêutica
(que tem que ser anterior a exegese), na prática, o que se faz ostensivamente é
raiz lingüistica e posterior exegese (embora quando se faz a exegese se recorra
a dados conseguidos via hermenêutica), que nesse conjunto de aplicação dessa
regra de sistematização (pratica, evolução do processo); apontam para a regra
ser Hermenêutica e posterior exegese, porquanto a questão lingüística é de
pouca importância e se insere dentro dos elementos ou fatores da hermenêutica.
27
É senso comum entre os teólogos e todos
nós que estudamos a Bíblia; que ela se auto-interpreta, ou seja, textos de
diferentes autores, de alguma forma se ajustam a compor uma idéia central, que
é a informação que o Senhor nosso Deus objetiva nos dar através de um estudo
sério da Bíblia...
28
Esse senso comum (na prática),
estranhamente parece que está muito longe de todos nós, pois nem achamos ainda
a verdadeira regra que deva nortear a interpretação (sistematização) de
doutrinas (mandamentos, preceitos, regras e normas), quando a quase totalidade
das nossas doutrinas básicas está dentro do rol das coisas chamadas
polêmicas...
29
Não estou sendo dispersivo nem dando
voltas em torno do assunto, quando resolvo abordar neste estudo questões de
sistematização teológica, porquanto será necessário um importante aprofundamento
na contraposição que farei à Doutrina da Trindade em estudo longo e bem
fundamentado; quanto à Teologia
Sistemática dê uma olhada no Blog SÓCRATES VERSUS PLATÃO VERSUS
MACHADO VERSUS O AMOR, endereço www.socratesplataomachado.blogspot.com .
30
A questão objetiva que quero colocar é
que existe de maneira cristalina no texto bíblico a normalização da regra de
interpretação para se chegar à sistematização correta de doutrinas bíblicas...
31
O texto básico dessa regra está em
Isaías 28:9-13 ─ Ora, a quem ensinará ele o conhecimento? E a quem fará entender a
mensagem? Aos desmamados, e aos arrancados dos seios? Pois é preceito sobre
preceito, preceito sobre preceito; regra sobre regra, regra sobre regra; um
pouco aqui, um pouco ali. Na verdade por lábios estranhos e por outra língua
falará a este povo. Ao qual disse: Este é o descanso, daí descanso ao cansado;
e este é o refrigério; mas não quiseram ouvir.
Assim, pois a palavra do Senhor lhes será preceito sobre preceito,
preceito sobre preceito; regra sobre regra, regra sobre regra; um pouco aqui,
um pouco ali; para que vão, e caiam para trás, e fiquem quebrantados,
enlaçados, e presos.
32
Não há informação de que o método MIDRASH utilizado
pelos rabinos judeus, e que aparece no livro de Atos, epístolas aos Romanos,
aos Hebreus e a primeira de Pedro; tenha sido motivado a partir do texto de
Isaías 28:9-13, entretanto o midrash é exatamente o que propõe esse texto...
Uma avaliação desse método (aglutinação de textos de vários autores, para fundamentar
plenamente uma idéia) mostra (reiterando) exatamente o que o texto de Isaías
postula como regra para interpretação. Igualmente a contextura, que está
presente no midrash, que é o que manda o texto de Isaías, está presente nas
ações do Senhor Jesus, e também nas pregações dos apóstolos e nas demais
epístolas.
33
O Senhor Jesus quando ensinava e
pregava usou amplamente o método de contextura, João 10:33-36 ─ Respondeu-lhe
os judeus: Não é por nenhuma boa obra que vamos apedrejar-te, mas por blasfêmia;
e por tu sendo homem, te dizes Deus. Tornou-lhes Jesus: Não está escrito na
vossa lei: Eu disse: Voz sois deuses? Se a lei chamou a deuses àqueles a quem a
palavra de Deus foi dirigida (e a escritura não pode ser anulada), àquele a
quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, dizeis vos: Blasfemas; porque eu
disse: Sou Filho de Deus? Há muitos outros textos nos evangelhos nos quais
o Senhor Jesus usa o método de contextura, e também os discípulos usaram essa
regra de ensino quando da pregação da Palavra.
34
A Bíblia através do texto de Isaías
28:9-13 mostra inequivocamente que o ensinado neste texto é a regra que se deva
usar para interpretação, ou melhor, dizendo; para se normalizar
(sistematização) preceitos e doutrinas, ou ainda; não há como fazer sistematização
teológica, sem levar em conta o que preceitua esse texto, que é a regra para
tal...
35
Uma evidência quanto à pertinência
objetiva disso; é primeiramente o desenvolvimento do método midrash pelos
rabinos; que nada mais é que a contextura no seu mais pleno sentido (pois
aglutina textos de diversos autores para compor um novo ensinamento ou idéia);
de igual modo a contextura é usada amplamente no Novo Testamento; pelo Senhor
Jesus e posteriormente pelos apóstolos.
36
Ainda há que se ressaltar algo
importantíssimo na vida desse homem (Isaías), que o Senhor nosso Deus usou para
normalizar essa regra... Isaías diferentemente de todos os outros servos
importantes do nosso Deus, que escreveram o Antigo Testamento; é ele o único
que passou por um ritual de purificação (alegoria), Isaías - Então disse
eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou homem de lábios impuros, e habito
no meio dum povo de impuros lábios; e meus olhos viram o rei, o Senhor dos
exércitos! Então voou para mim um dos serafins, trazendo na mão uma brasa viva,
que tirara do altar com uma tenaz; e com a brasa tocou-me na boca, e disse: Eis
que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e perdoado o teu
pecado. Depois disto ouvi a voz do
Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem irá por nós? Então disse eu: Eís-me
aqui envia-me a mim; e também essa chamada objetiva (ver. oito b) para um
determinado trabalho.
37
Se atentarmos com seriedade para o que
o Senhor determina que Isaías faça; veremos que literalmente o Senhor manda o
profeta avisar ao povo de Israel e também a nós, pois o Senhor Jesus citou esse
texto de Isaías cap. seis (6) em Mat. 13:14-15 e João 12:40-41, advertindo
sobre a resistência que se tem contraposto ao que realmente é correto (a
vontade de Deus) em todos os sentidos; também Paulo, quando em Roma, buscando
provar aos judeus que ali estavam, que o Senhor Jesus era o Messias prometido,
conforme o texto de Atos 28:25-28 ─ E
estando discordes entre si, retiraram-se, havendo Paulo dito esta palavra: Bem
falou o Espírito Santo aos vossos pais pelo profeta Isaías, dizendo: Vai a este
povo e dize: Ouvindo, ouvireis, e de maneira nenhuma entendereis; e, vendo,
vereis, e de maneira nenhuma entendereis. Porque o coração desse povo se
endureceu, e com os ouvidos ouviram tardamente, e fecharam os olhos; para que
não vejam com os olhos, nem ouçam com os ouvidos, nem entendam com o coração,
nem se convertam e eu os cure.
38
Essa purificação simbólica dos lábios do profeta
Isaías sinaliza de maneira muito clara, a prerrogativa dada a ele por Deus para
sistematizar a regra de interpretação de textos bíblicos (sistematização) e
também estão em função das informações importantíssimos que ele daria sobre o
Messias (todos nós o chamamos de o profeta messiânico), cujas informações do profeta Isaías são o
marco da “gestação” da era da graça e da regra de sistematização teológica.
ISTO É O
QUE CHAMO DE SIMETRIA DE SISTEMATIZAÇÃO
39
Após o estabelecimento dessa regra (Isaías 28:9-13);
que foi de alguma forma seguida pelos judeus através do midrash; o Senhor Jesus
a sanciona pela prática da contextura, e apresenta outro elemento; que é o
parâmetro óbvio dessa forma de interpretação, que está em João 8:16-18 ─ E, mesmo que eu julgue, o meu juízo é verdadeiro; porque
não sou eu só, mas eu e o Pai que me enviou. Ora, na vossa lei está escrito
que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Sou eu que dou testemunho de mim
mesmo, e o pai, que me enviou, também dá testemunho de mim.
40
Este texto diz claramente que para se
fundamentar alguma coisa relacionada à palavra de Deus, há que se ter pelo
menos duas citações... Para que não se diga que há incoerência neste argumento;
o Senhor anteriormente já havia ponderado sobre essa regra, quando ensina a
como inquirir a um irmão em erro, Mateus 18:16 ─ mas se não te ouvir, leva contigo um ou dois, para que pela boca de
duas ou três testemunhas toda palavra seja confirmada. Também Paulo
escrevendo a sua Segunda carta aos Coríntios,
evocou essa mesma regra, II Cor. 13:1 ─ É esta a terceira vez que vou ter convosco. Por boca de duas ou
três testemunhas será confirmada toda a palavra... De igual modo, João nas suas informações sobre
o fim de todas as coisas; fala de duas testemunhas; que no nosso livro Ceia, sim! Cruz, não!, nós as identificamos como sendo Miguel e Gabriel
(os dois ungidos que assistem diante de Deus, Zacarias 4:11-14), no sentido
alegórico e o Antigo Testamento e Novo Testamento (o rolo, Ezequiel 3:1-3 e o
livrinho, Apocalipse 10:8-11), no sentido literal, sendo esses as duas
testemunhas que também ajudam a validar essa regra, conforme Apocalipse 11:3-4 - E concederei
às minhas duas testemunhas que, vestidas de saco, profetizem por mil
duzentos e sessenta dias. Estas são as duas oliveiras e os dois candeeiros
que estão diante do Senhor de toda a terra.
Há que se considerar ainda com relação a essa regra; que assim como
Isaías não tinha a consciência de que estava fundamentando... Anteriormente
esse outro vetor (ao qual demos o nome de SIMETRIA de SISTEMATIZAÇÃO), que é
parte dessa regra; já estava em curso desde o quinto livro do Pentateuco (o Deuteronômio),
que basicamente é a reiteração das leis ou a repetição necessária, que viria a
incorporar essa regra a ser estabelecida posteriormente... Dentro dessa visão,
temos também de maneira clara e objetiva a reiteração ou efetivamente a
repetição da lei maior, os dez mandamentos; que é a síntese de princípios, de
obrigações e comprometimentos para com Deus (quatro mandamentos) e para com os
homens (seis mandamentos), estando grafado o primeiro texto em Êxodo 20:1-17 e
o texto da reiteração ou repetição em Deuteronômio 5:7-21.
41
Neste período, que compreende a
caminhada do Egito para a terra prometida; tive-se infelizmente a covardia e o
retrocesso de dez dos doze espias (que contaminaram todo o povo de Israel com
as suas faltas de fé); entretanto, foram duas testemunhas verdadeiras (Josué e
Calebe) que garantiram ao texto sagrado o registro de dois (duas testemunhas)
daqueles doze mandados para espiar a terra, esses dois mantiveram acesa a fé
que agrada a Deus.
42
No período dos Reis, tivemos os relatos
desse período registrados nos livros dos Reis e reiterados ou repetidos nos das
Crônicas; embora no cânon judaico não sejam quatro e sim dois, entretanto, o
livro das Crônicas (Atas), que na LXX (setuaginta), são chamados de
PARALEIPONEMAS (o que não foi dito ou aquilo que faltou dizer); todavia é a
repetição do livro dos reis (um livro) ou são as repetições dos livros dos reis
(dois livros).
43
No meu primeiro livro Ceia, sim! Cruz, não! informei que o
livro de Daniel mostra o roteiro de todo o plano de Deus para a redenção de
toda a raça humana; quando identifiquei como roteiro o existir dos quatro
macropoderes; quando simplesmente isto já estava identificado pelos judeus
(antes mesmo do início da era cristã); com o nome de Quarta Filosofia... O que
quero concluir com isto é que a informação sobre os quatro macropoderes está a
partir da duplicidade de informações contidas no livro de Daniel, sendo que a
primeira é a da estátua do sonho de Nabucodonozor, conforme Daniel 2:36-48, e a
segunda, que é a dos quatro animais simbólicos, conforme Daniel 7:1-8 e Daniel
7:15-28. Esses três textos; um sobre o sonho de Nabucodonozor, capítulo dois
(cuja interpretação é a dos quatro macropoderes) e os dois textos da visão de
Daniel, capítulo sete (que corresponde aos mesmos quatro macropoderes), mostram
claramente que essas inserções não foram aleatórias e sim metodicamente
planejadas para serem estudadas.
44
Dentro
dessa questão macropoderes, cujo último é o Império Romano, representado no
livro de Daniel 2:36-48 (a estátua do sonho de Nabucodonozor), também Daniel
7:1-8 e 7:15-28 (o animal terrível visto por Daniel); no desdobramento temos no Novo Testamento a
primeira besta (Apocalipse 13:1-10, a besta que subiu do mar) que é também o
Império Romano e o seu desdobramento (a igreja católica romana); consolidando
mais uma vez a regra das duas testemunhas, temos a segunda besta (Apocalipse
13:11-18, a besta que subiu da terra), cujos dois chifres correspondem: um, ao
Império Romano do ocidente e o papa de Roma, e o outro ao Império Romano do
oriente e o patriarca da igreja ortodoxa grega, conforme já detalhamos no nosso
primeiro livro Ceia, sim! Cruz, não!
45
Têm-se também as duas grandes
tribulações (que os ditos estudiosos bíblicos insistem que acontecerá imediatamente pré o milênio ou pós-milênio, e
ser só uma); entretanto o texto bíblico mostra de maneira objetivamente clara, ser
a principal grande tribulação, conforme o descrito em Mateus 24:15-22, Marcos
13:14-20 e Lucas 21:20-24, cujo relato é detalhado e claro quanto à sua
identificação com a destruição de Jerusalém... Tivemos também outra grande
tribulação, que foi o período da “chamada santa inquisição, sancionada pelo
Concílio de Verona em 1184”; objetivamente (como o texto sagrado ensina) não
existe o pressuposto de “pós-milênio”, pois é claro nos Evangelhos (Lucas
21:20-24, principalmente) e na história, já terem acontecido essas duas grandes
tribulações, onde seria mais correto dizer jocosamente pré-pré-milênio.
46
Em Apocalipse 7.4-8 é mostrado os 144.000 sacerdotes
(que são identificados em Apocalipse 14:1-5), conforme ponderei no meu primeiro
livro
Ceia, sim! Cruz, não! Cujo dois registros mostram
mais uma vez a regra de validação através de no mínimo duas citações; e quanto ao efetivo falar sobre
escatologia, escreveremos futuramente sobre o assunto.
47
Convêm também
ressaltar, que embora do ponto de vista humano (não o de Deus, que
detalhadamente o planejou); o julgamento e todo o desdobramento que culminou
com a crucificação do Senhor Jesus fora aleatório em alguns pontos; mas no
momento da crucificação; ali estavam também duas testemunhas (os ladrões, ao
seu lado esquerdo e ao direito), que são de igual modo parte desse arcabouço
comprobatório das duas testemunhas, conforme Mateus 27:38 ─ Então foram crucificados com ele dois
salteadores, um à direita, e outro à direita.
48
Tem-se também, dentro dessa visão de
parâmetro de simetria de sistematização, os dois eventos da volta do Senhor
Jesus, que são: O arrebatamento; que é amplamente identificado na Bíblia,
inclusive nesses textos: Mat. 24:36-40, Mat. 25: 1-12, I Tess. 4:13-18, I Cor.
15:50-52 e Apoc. 20:4-6; e o juízo final (que já é senso comum), conforme Mat.
25:31-46 e Apoc. 20:11-15... Aproveito para chamar a sua atenção para um estudo
sério desses dois temas dentro do texto bíblico (no qual, você se surpreenderá,
do quanto a Bíblia fala sobre o arrebatamento; que poucos conhecem), porque
isto é muito importante, e tenho certeza que você irá se edificar e sentir um
grande prazer em entender melhor este assunto... De igual modo, lhe sugiro a
leitura de outro livro meu, A Noiva
Aprovada por Ele, que no seu quinto capítulo tem um estudo muito bem
fundamentado sobre esse importante primeiro evento da volta do Senhor Jesus (o
Arrebatamento da Igreja), que deveria ser o pleno desejo de todos os que se
dizem servos do Senhor Jesus, MARANATA!
49
No início da era cristã, após o
ministério do Senhor Jesus, teve-se a feitura dos evangelhos ─ digo
evangelhos em função dos vários escritos, todavia todos os escritos do Novo
Testamento formam o Evangelho no singular
─; onde três desses escritos, são chamados de sinópticos em função das
suas semelhanças de relato; três reiterações ou repetições, que consagram essa
regra estabelecida por Deus.
50
Dentro dessa visão de regra; de no
mínimo duas citações, gostaria de citar algo que nos parece caminhar nessa direção;
levando em conta os escritos de Mateus; e se fazendo uma avaliação da vida de
Mateus, vamos constatar uma forte cultura judaica (tanto que, ser admitido como
cobrador de impostos indica uma relação estreita com a classe religiosa
dominante)... Lucas diz no prefácio do seu Evangelho, que pesquisou com todo
cuidado para fazer os seus escritos sobre o ministério do Senhor Jesus; Marcos
possivelmente foi informado por Pedro que fora testemunha ocular desses fatos,
e Mateus, também como Pedro fora testemunha ocular desses acontecimentos... O
que quero ponderar, é que lendo o relato de Lucas 8:26-39 e o relato de Marcos
5:1-20, nos é informado da existência de um endemoninhado e o de Mateus
8:28-34, informa que eram dois os endemoninhados.
51
Esse relato sobre o gadareno, consta do
início dos três evangelhos; onde nos parece que Mateus, pela sua forte cultura
judaica, pretendeu duplicar os personagens do milagre em função da regra das
duas testemunhas, tendo posteriormente abandonado a idéia de assim o fazer; e
pondero ainda, que Deus permitiu esse relato se perpetuar, com a finalidade de
motivar o caminhar na direção dessa avaliação.
52
Dito isto, entendam que tudo que temos
fundamento neste estudo estão segundo as normas e parâmetros dessa regra que
entendo ser a forma ditada por nosso Deus através de Isaías para sistematização
teológica... Também somo a isto uma hermenêutica abrangente que contempla o que
chamo de “concomitância do contraditório” (obrigatoriedade de explicar o porquê
não do que estamos refutando). É bom que também fique claro que o meu
posicionamento quanto a essa regra é estritamente a partir de textos bíblicos;
não tendo nada a ver com o que foi usado por Joseph Smith fundador dos Mórmons
em 1830, que para validar as revelações que disse ter recebido através de duas
placas metálicas (que desapareceram), se muniu de duas testemunhas para
fundamentar a origem dessa sua dita revelação, no que, a fonte de comprovação
de Joseph Smith foram essas duas testemunhas e não o texto sagrado canônico,
também não tem nada a ver com o procedimento de Jezabel, que usou duas falsas
testemunhas para condenar Nabote, e Acabe ficar com a vinha dele, entretanto
essa era uma regra judaica para se aferir a verdade ─ sancionada pela Bíblia, Deut. 17:16, também
Jesus a cita em João 8.17-18 ─ Ora,
na vossa lei está escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Sou eu
que dou testemunho de mim mesmo, e o meu Pai, que me enviou, também dá
testemunho de mim. Do mesmo modo isto é contemplado naquilo que o profeta
Isaías ensina como regra de sistematização; e porque é o texto sagrado que tem
força e crédito para estabelecer princípios e também as regras que devem
nortear a sua própria interpretação e é o que evocamos para tal; até
consagrando o que já é senso comum para os que de fato a estudam, de que “a
Bíblia interpreta a própria Bíblia”.
53
Fiz toda essa transcrição do meu
trabalho anterior, porque como foi possível a você observar, as informações
contidas nesta repetição são elementos ou parâmetros e normas estabelecidos no
texto sagrado para serem observados e contemplados quando da interpretação e
avaliação doutrinária (sistematização)... No decorrer de toda a fundamentação desse
livro, você verá o quanto é importante e necessário seguir o que a Bíblia
preceitua como regra.
54
Conforme disse no início desse primeiro
capítulo, o cronista que reproduziu para o texto sagrado todos aqueles fatos
que ele descreve no livro de I Crônicas, teve estranhamente a intenção (e de
fato a consumou) de notabilizar a pessoa de Jabez... Mas causa grande surpresa
e até decepção, que lideranças ditas conhecedoras do texto sagrado; tenham
escrito livros e através desses seus trabalhos incentivado o uso dessa oração
como uma espécie de amuleto, e o mais grave é constatar que outras lideranças
(também ditas conhecedoras da palavra de Deus) tidas como importantes no
cenário evangélico mundial; também façam coro para esse absurdo de
interpretação bíblica.
55
Temos tido (a maioria de todos nós) o
péssimo habito de desprezar textos ou informações que não nos interessam e
valorizarmos àqueles que de alguma forma sirvam para contemplar algum objetivo
“intrinsecamente nosso” que possam ser manipulados na direção dessa nossa
intenção... No caso específico da oração de Jabez, quanto à sua indevida
valorização, que é apregoada de maneira coerciva e estimulado o seu uso como
uma espécie de muleta espiritual; que me motiva procurar explicar isto de
maneira clara e objetiva mostrando o que de fato o texto sagrado contempla com
relação a essa oração.
GENEALOGIAS E DESCENDÊNCIAS
56
O início do texto do livro de I Crônicas
registra a genealogia de Adão até Abraão; em Isaque (filho de Abraão) é
reproduzida uma incompleta descendência de Esaú (que é o primogênito de Isaque
e que vendeu a primogenitura), que também é conhecido no texto bíblico como Edom (que significa vermelho)... Jacó,
que comprou a primogenitura de Esaú (tendo isto se tornado fato aprovado por
Deus), e que fez Esaú merecer ser chamado de devasso e profano pelo escritor
aos Hebreus 12:16-17... Tem-se também a
descendência de Jacó registrada
(os seus doze filhos homens), em I Crônicas 2:1, na seguinte ordem: Rúben,
Simeão, Levi, Judá (até aqui a ordem é a correta ou a de
nascimento), Isacar (que não foi o quinto e sim o nono), Zebulom (que não foi o
sexto e sim o décimo), Dã (que não foi o sétimo e sim o quinto), José (que não
foi o oitavo e sim o décimo primeiro), Benjamim (que não foi o nono e sim o
décimo segundo), Naftali (que não foi o décimo e sim o sexto), Gade (que não
foi o décimo primeiro e sim o sétimo) e Aser (que de igual modo não foi o
décimo segundo e sim o oitavo).
57
Tenha calma e continue lendo com todo
interesse esse meu livro; porquanto o estudar a questão genealogia é de crucial
importância para o estudo da oração de Jabez; que é ensejada a partir de uma genealogia, que entendemos tenha
sido a causa de toda essa sua construção de valorização improcedente e sem
nenhuma base efetivamente bíblica ou de fato sem um estudo sério do que
verdadeiramente o texto sagrado ensina.
58
Voltando à questão genealogia; busco
informar no parágrafo que antecedeu ao anterior, a de fato ordem de nascimento
dos doze filhos de Jacó; e agora vou novamente listar esses filhos e a filha
Diná, inclusive com suas mães respectivas.
59
No livro do Gênesis 29:31-35 e 30:1-24;
tem-se o registro do nascimento de onze filhos (homens) e a filha de Jacó (que
é também Israel), na seguinte ordem: De Leia (a filha primogênita de Labão,
primeira esposa de Jacó), nasceram Rúben
(o primogênito, que perde a primogenitura para Judá; por ter se
relacionado sexualmente com sua madrasta Bila, concubina de seu pai, conforme
Gênesis 35:22), Simeão, Levi, Judá (de quem descende o rei Davi, que é o
seguimento da genealogia ou dinastia do Senhor Jesus), Isacar (que como já
informamos não foi o quinto dos de Jacó, o quinto dele com Leia), Zebulom (que
de igual modo não é o sexto de Jacó, mas o sexto de Leia) e por fim, com relação
a Leia, temos o seu último abrir de madre, que é a sua filha Diná (que é o
décimo primeiro de Jacó, considerando filhos e filhas e é Diná o sétimo filho (a)
de Leia); também são atribuídos (coisas da cultura judaica) à Leia os filhos de
sua criada Zilpa, que são: Dã e Aser (respectivamente, o sétimo e oitavo filhos
de Jacó). Os filhos de Raquel (a esposa mais amada de Jacó), José (o jovem que
deve ser o referencial e exemplo para todos os jovens em todo o mundo e em todo
o tempo; sendo ele o primeiro de Raquel e considerando também a Diná, filha de
Leia, José é o décimo primeiro dos filhos homens e o décimo segundo de todos os
filhos), Benjamim ─ o último, caçula de Jacó; ao nascer, pela
complicação do parto, sua mãe Raquel morreu
─; também Benjamim é o irmão que José só veio conhecer após ter se
tornado governador do Egito, pois quando Benjamim nasceu José já havia sido
vendido pelos seus irmãos aos mercadores de escravos. Também ─ como
no caso de Leia e sua criada Zilpa), os filhos de Jacó com Bila, criada de
Raquel; são atribuídos a ela ─, Dã e Naftali são filhos de Bila e também são
respectivamente os sétimo e oitavo filhos de Jacó.
60
Creio que essas avaliações e outras que
continuarei a fazer sobre as genealogia e as
descendências irão em muito nos ajudar a entender questões
importantíssimas de como valorizar o estudo bíblico e buscar o efetivo conhecimento que o Senhor
nosso Deus quer tenhamos do texto sagrado.
61
Como disse anteriormente, início do
primeiro livro das crônicas fala de genealogias e de descendências e também
praticamente disse que a oração de Jabez é conseqüência de uma manobra do
cronista para colocar Jabez em evidência no texto sagrado; no que, entenda
decididamente que não estou caminhando na direção de negar esse texto, todavia,
quero sim trabalhar de maneira séria a improcedência da interpretação e
valorização que se têm dado a esse texto e a forma distorcida como se
popularizou o indevido uso da oração contida no texto dessa genealogia.
62
A questão genealogia no primeiro livro
das crônicas, é muito complicada (não estou dizendo que seja difícil de
entender), por envolver interesses claramente particulares (que Deus permitiu
que se perpetuassem, justamente porque Deus é verdade), que fizeram com que os
registros de descendências que começam em I Crônicas 1:1 e seguem até o final
do capítulo oito, não tivessem a devida consistência de ordenação ─ havendo
inclusive uma inserção (todo capítulo quatro) intencionalmente clara com fins
particulares, pois além de tudo é redundante e constrói uma outra descendência
para Judá que não tem contextura no texto bíblico... Voltarei detalhadamente a
essa questão específica.
63
No meu primeiro livro, Ceia, sim! Cruz, não!, no qual discorro
sobre os 144.000 (registrado Em Apoc. 7:3-8 e Apoc. 14:1-5), ponderei que no
registro de Apoc. 7:3-8, em que, o número 144.000 é construído a partir do
vínculo desse número com as doze tribos de Israel, que para uns é literal, e para
outros é totalmente simbólico (não é literal quanto às tribos e também quanto
ao número 144.000, que também seria simbólico), sendo que a constatação desses
outros, é por demais aleatória... O que está nesse nosso livro anterior é que o
número 144.000 é literal, pois o texto de Apoc. 14:1-5 informa quem são 144.000,
cujo perfil é primeiramente de celibatários e que eles formarão um grupo
especifico de sacerdotes do Cordeiro (o Senhor Jesus) e quanto ao capítulo sete, provei que a
retirada do nome de Dã e inserção do
nome de Manassés é a clara evidência de ser simbólico o nome e as tribos; para
o qual argumentei que o registro do nome de Manassés ao invés do nome de
Efraim, prova que é simbólica a relação quanto às tribos, pois embora Manassés
seja o primogênito por nascimento, Jacó, seu avô atribui proeminência a Efraim,
seu irmão, sobre ele, Manassés conforme Gênesis 48:8-14.
64
Voltando à questão descendência
registrada até o capítulo oito do livro das crônicas tem-se a omissão de quatro
dos filhos de Jacó, que são: Simeão, Zebulom, Dã e José, todavia, de alguma
forma, a descendência de José está presente, pois são incluídas no texto as
descendências de Manassés e Efraim, que foram
filhos de José.
65
Tem-se com relação à descendência de
Levi nesse texto (todo o capítulo seis, que é bem extenso), na qual há
ponderações importantes, porquanto essa tribo tem de fato grande importância,
pois era a tribo sacerdotal de Israel de onde veio o grande líder Moisés.
66
No capítulo 7:6-12 vemos uma
descendência de Benjamim, que é pouco trabalhada pelo cronista sem muito
interesse, mas ele a bem da verdade diz que foram contadas pelas suas
genealogias vinte e dois mil e trinta e quatro homens... No capítulo oito (todo
o capítulo), temos outra descendência de Benjamim, cujo objetivo foi chegar ao
primeiro rei de Israel, Saul e a sua descendência.
67
Dentro ainda dessa questão
descendência, tem-se no capítulo dois do livro de I Crônicas (todo o capítulo)
a descendência de Judá, que é que de fato segue a linha de descendência a
partir dos primogênitos, entretanto vemos também em I Crônicas 4:1-43 (todo o
capítulo), que traça outra descendência para Judá, a partir de um quarto filho, dos que não têm nenhuma
relação com os cinco filhos listados no livro do Gênesis (três da cananéia filha de Suá e dois de Tamar), cujo objetivo
claro no texto é o de através de Sobal chegar ao ilustre Jabez.
68
Antes de chegar ao efetivo detalhamento
das considerações quanto à oração de Jabez, vou voltar ao livro de Gênesis e
estudar com detalhes a vida de Judá e seus filhos... No livro de Gênesis 38:1-5
- Neste tempo Judá desceu de entre seus irmãos e entrou na casa dum
adulamita, que se chamava Hira, e viu Judá ali a filha de um cananeu, que se
chamava Suá; tomou-a por
mulher, e esteve com ela. Ela concebeu e teve um filho, e o pai chamou-lhe Er.
Tornou ela a conceber e teve um filho, a quem chamou de Onã. Teve ainda mais um filho, e
chamou-lhe Selá. Estava Judá em
Quezibe, quando ela o teve. Como já informei acima; esses são os três
filhos da primeira mulher de Judá, a filha do cananeu Suá. .
69
Antes de listar os outros dois filhos
de Judá com Tamar, que também era sua nora, vou abordar os fatos que motivaram
essa relação de Judá com ela, suas implicações, conseqüências e
desdobramentos... Para ser mais preciso vou reproduzir outra parte desse texto
de Gênesis 38:6-10 ─ Depois Judá tomou
para Er, o seu primogênito, uma mulher, por nome Tamar. Ora, Er, o
primogênito de Judá, era mau aos
olhos do Senhor, pelo que o Senhor o matou. Então disse Judá Onã: Toma a mulher do teu irmão, cumprindo-lhe o dever de cunhado,
suscita descendência a teu irmão ─ essa
ordem de Judá à Onã corresponde ao que está prescrito em Deut. 25. 5-6. Onã, porém, sabia que tal descendência
não havia de ser para ele; de modo que, toda vez que se unia à mulher de seu
irmão, derramava o sêmen no chão para não dar descendência a seu irmão. E o que
ele fazia era mau aos olhos do Senhor, pelo que o matou também o Senhor.
70
O que Onã praticou no passado, é o que conhecemos hoje
como coito interrompido (que é também
um método anticoncepcional); o qual leva também (numa contextura plena) o nome
contemporâneo ao fato gerador de “onanismo”,
relacionando-o ao que fora feito por Onã. Morrendo Onã, e sendo Selá o terceiro
filho de Judá ainda de tenra idade; Judá diz a Tamar que aguarde que Selá
atinja à idade para que possa tomá-la como esposa... Entretanto, Judá se
esqueceu da situação de espera de sua nora Tamar... Voltemos ao texto de
Gênesis 38:12-29 - Com o correr do tempo, morreu a
filha de Suá, Mulher de Judá. Depois
de consolado, Judá subiu a Timnate para ir ter com os tosquiadores das ovelhas,
ele e Hira seu amigo, o adulamita. E deram aviso a Tamar, dizendo: Eis que teu sogro sobe a Timnate para tosquiar as
ovelhas. Então ele se despiu dos seus
vestidos da sua viuvez e se cobriu com
véu, e assim envolvida, assentou-se à porta de Enaim que está no caminho de
Timnate; porque via que Selá já era
homem, e ela lhe não fora dada por mulher.
Ao vê-la, Judá julgou que era
uma prostituta, porque ela havia coberto o rosto. E dirigiu-se para ela no
caminho, e disse: Vem, deixa-me estar contigo; porquanto não sabia que era sua
nora. Perguntou-lhe ela: Que me darás, para estares comigo? Respondeu ele: eu
te enviarei um cabrito do rebanho. Perguntou ela ainda: Dar-me-às um penhor até
que o envies? Leia todo o texto,
todavia reproduzirei os versículos
24, 27, 29 e 30 - Passados quase três messes,
disseram a Judá: Tamar, tua nora, se prostituiu e eis que está grávida da sua
prostituição. Então disse Judá:
Tirai-a para fora, e seja ela queimada (versículo 24). Reconheceu-os, pois Judá, e disse: Ela mais justa do que eu, porquanto
não a dei a meu filho Selá. E nunca mais a conheceu (versículo 26). Sucedeu que, ao tempo de ela dar à luz, havia gêmeos em seu vente (versículo 27). Mas recolheu ele a mão, e eis que seu irmão saiu; pelo que ela disse:
como tens tu rompido! Portanto foi chamado Pérez
(versículo 29). Depois saiu o seu o
seu irmão, cuja mão estava o fio encarnado; e foi chamado Zerá (versículo 30)... Essa
descendência de Judá registrada no livro do Gênesis capítulo trinta e oito, é a
de fato descendência de Judá, pois é legitimada pela regra de sistematização
judaica das duas testemunhas, que nós, no nosso livro anterior, “O mover do Espírito”, identifiquei no texto
bíblico, e a apresentei como regra e a denominei de SIMETRIA de SISTEMATIZAÇÃO,
que de igual modo é legitimada e sistematizada pelo Senhor Jesus em João
8:13-18; sendo que essa descendência é justamente confirmada e também
legitimada no livro de I Crônicas 2:1-55 e o mais importante é que nos
versículos três e quatro ─ principalmente o quarto versículo, que diz,
que os filhos de Judá foram cinco: Er, Onã e Selá (filhos da cananéia, filha de
Suá) e Péres e Zará (filhos de Tamar).
71
O que tenho feito até agora é detalhar
estritamente a partir do texto sagrado o quanto é improcedente o uso da oração
de Jabez como referencial, modelo ou
amuleto a ser citado pelas pessoas nas suas orações à Deus; numa flagrante
deturpação do seja as informações bíblicas
─ que na comparação proposta por
mim neste pequeno estudo mostra de maneira clara e objetiva que esta dita
oração não poderia de maneira alguma ser considerada como algo de valor e muito
menos como referencial a ser seguido.
72
Creio que você que está lendo esse meu
livro; quando nos textos que informei ser a transcrição de parte do meu livro
anterior; tenha valorizado e tenha também dado muita atenção ao que
exaustivamente procurei ali informar, entretanto se não o fez; bom seria que
você retornasse ao que estou sugerindo, pois será muito útil em todas as
considerações que já comecei a fazer e farei ainda mais sobre essa oração e o
seu pouco valor como ensinamento espiritual, porque embora a chamada oração de
Jabez já tenha tido várias interpretações que a valorizam de maneira exacerbada
e o que se escreveu sobre ela já tenha se tornado best-seller há que se fazer
um estudo profundo sobre a mesma para que se constate todas essas ponderações
sérias que estou fazendo.
73
Agora analisando efetivamente a
descendência atribuída à Judá (que está no texto de I Crônicas capítulo
quatro); vou ponderar ou de fato fazer de uma avaliação detalhada entre a
genealogia de Jacó, registrada no livro de Gênesis 29:31-35 e 30:1-24 (que tem
dentro de si a descendência de Judá), também a específica de Judá (registrada
em I Crônicas capítulo dois), na qual, embora já tenha sido detalhada a de Jacó
e a primeira de Judá (também capítulo dois de I Crônicas), nesta fase de trabalhar
essas questões, farei um batimento ou avaliação entre elas.
74
Como já foi trabalhado quanto aos dois
registros da descendência de Judá; ficou objetivamente claro e legitimado pela
regra de sistematização bíblica (das duas testemunhas ou no mínimo dois textos
sobre a questão) que os de fato filhos de Judá foram: Er, Onã e Selá (filhos da
cananéia, filha de Suá) também, Pérez e Zará (filhos de Tamar), sendo que esses
são os filhos de Judá que constam nessas duas genealogias ou descendência de
Judá (as de Gênesis cap. Vinte nove, cap.
trinta e a de I Crônicas cap. dois).
75
Já fiz três referências a essa descendência
de Judá registrada em I Crônicas capítulo quatro, e aproveito para informar que
todo esse meu procedimento é intencional, dentro da visão de que estou falando
ou estudando genealogias ou efetivamente uma sucessão de nomes que se
interligam por grau de parentesco; sendo isto pouco comum nos nossos estudos do
texto sagrado, demandando, portanto um aprofundamento didático e detalhado para
que se possa chegar ao efetivo entender com clareza todas essas questões.
76
O primeiro filho de Judá foi Er (o Senhor
o matou, diz o texto sagrado), o segundo foi Onã (o Senhor também o matou,
pelos motivos que já temos informado); sendo que dos três filhos de Judá com a
cananeia filha de Suá, restou Selá (que era de pouca idade quando Onã
morreu)... Do posterior relacionamento de Judá e Tamar nasceram Pérez e Zará;
do que se conclui que Selá era mais velho que Pérez e Zará...
77
Se você está acompanhando com seriedade
a leitura desse livro, certamente já observou, que na descendência de Judá
registrada em I Crônicas capítulo quatro; o escriba (ou cronista) respeitou a
proeminência de Pérez e construiu outra descendência para Judá, atribuindo-lhe
a paternidade de mais quatro filhos a partir de Hezrom, depois Carmi, Hur e
Sobal... Nós (eu e você) estamos acompanhando essa avaliação sobre as três
descendências de Judá registradas no Antigo Testamento; e observamos, também (temos
ainda na mente), que Pérez foi filho de Judá com Tamar e quanto aos outros
quatro filhos atribuídos à Judá o escriba (cronista) não informa quem foi a mãe
desses quatro filhos, havendo inclusive o evitar o registro dos nomes de Selá
(mais velho), Pérez e Zerá ─ talvez para
não tornar o texto muito extenso e ao mesmo tempo preparar o caminho para o brilho
(notoriedade) que ele (o escriba) pretendia dar à pessoa do dito ilustre
Jabez.
78
Acompanhado agora mais objetivamente
essa descendência atribuída à Judá (I Crônicas capítulo quatro), temos que: No
registro dessa descendência aparecem quatro filhos atribuídos à Judá (já
listados por nós) que não estão presentes nas genealogias de Gênesis 29:31-35, 30:1-24, 38:6-10, 48:8-14 e I
Crônicas 2:1-37. Também essa descendência de Judá (I Crônicas capítulo quatro),
que o cronista não informa quem é a mãe; lista Sobal (o quinto, considerando
Pérez, todavia o quarto dessa mulher cujo nome não é revelado) como a sucessão,
e diz que Reaías foi filho de Sobal, e pai de Jaate... Daí para frente, não
houve precisão na sucessão (ou não se interessou em reproduzir a sucessão) e
sim a menção de cabeças de famílias; assim acontecendo até o final dos
registros (desse capítulo quatro)... Tanto que, no versículo quinze há uma
menção aleatória de filhos de Calebe (o espia da tribo de Judá, que junto a
Josué confiaram em Deus), alguém que reconhecidamente merece ser lembrado e
tido como exemplo, conforme Números 13:30, 14:6-9 também Josué 14:6-14; como
também no versículo vinte e um, há uma outra inserção aleatória (sem seqüência
de descendência), dos filhos do terceiro filho de Judá com a cananeia filha de
Suá (que foi, Selá), sendo as demais inserções desse capítulo do mesmo modo
aleatórias... Como disse, quanto à evolução sucessória ou a efetiva
descendência ou seguimento das sucessões de pais e filhos; não se consegue
efetivamente nesse texto (I Crônicas capítulo quatro) vincular Jabez à Judá.
79
A questão objetiva com relação a essa
descendência ou genealogia (a do capítulo quatro), é que a construção de todo o
texto, mostra de maneira inequívoca que a intenção do cronista foi a de
intencionalmente registrar nomes para a posteridade, tendo como objetivo
principal o de Jabez; ficando tão clara essa intenção, pois sendo o texto
basicamente de genealogia... O cronista (escriba) esquece de estabelecer a
relação de parentesco de Jabez com os nomes citados (ou de fato não há), mas
diz que Jabez foi mais ilustre que seus irmãos. Quais irmãos?.. Não há como
concluir que Jabez seja descendente de Judá ou de qualquer outro cujo nome é
citado no texto; mas é possível
especular que Jabez era alguém importante e influente, e é possível também se
concluir que se tratava de alguém de certa forma vaidoso, ou teria mais ou
menos o perfil do personagem da oração do
fariseu.
80
Quem estuda de fato as Escrituras (a
Bíblia) sabe; que dentro da visão da revelação progressiva (os ensinamentos
desde os Patriarcas até o Apocalipse; temos desde o período patriarcal até o
início do Império Medo-Persa; quando
Daniel (603-534 a.C.), no capítulo doze, versículo dois, diz ─ E muitos dos que dormem no pó da terra
ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para a vergonha e desprezo
eterno; embora o profeta Isaías (760-698 a.C.), fale de ressurreição,
conforme Isaías 26:19 - Os teus mortos viverão, os seus
corpos ressuscitarão; despertai e exultai, vós que habitais no pó; pois o teu
orvalho é orvalho de luz, e sobre a terra das sombras fá-los-ás cair; fica
evidente, que a idéia de ressurreição, só começa a ser considerada a partir de
Daniel e se consolida na ressurreição do Senhor Jesus e os ensinamentos dos
apóstolos; tanto que uma das máximas incorporadas ao epicurismo, fazia parte da cultura judaica e é citada pelo profeta
Isaías 22:13.
81
Um entendimento anterior a esse momento em
que Daniel fala que todos ressuscitarão, para a honra ou perdição eterna; era a
de que a morte terminava no Sheol (lugar dos mortos), e o que efetivamente
contava era o anelo e a esperança da perpetuação ou lembrança do nome; sendo
isto muito importante para o povo judeu, conforme Gênesis 48:15-16 - E abençoou a
José, dizendo: O Deus em cuja presença andaram os meus pais Abraão e Isaque, o
Deus que tem sido o meu pastor durante toda a minha vida até este dia, o anjo
que me tem livrado de todo esse mal, abençoe
estes mancebos, e seja chamados neles o meu nome, e o nome de
meus pais Abraão e Isaque; e multiplique-se abundantemente no meio da
terra; sendo isto uma exigência constante da lei como no
caso de Onã (filho de Judá), que teve que casar com Tamar, esposa do seu irmão
Er que morrera... Mais importante ainda que perpetuar o nome, era o registro de
algum feito digno de menção, em contrapartida ninguém gostara, gostou, gosta ou
gostará de ser lembrado em algo que tenha feito que não tenha sido correto ou
algo que possa vir a ser motivo de escárnio (mofa, gozação), conforme I Samuel
17:6-8 ─ Sucedeu porém que, retornando eles, quando Davi voltava de ferir os o
filisteus, as mulheres de todas as cidades de Israel saltaram ao encontro de
Saul, cantando e dançando alegremente com tamboris, e com instrumentos de
música. E as mulheres, dançavam cantavam umas para as outras, dizendo: Saul
feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares. Então Saul se indignou
muito, pois aquela palavra pareceu mal aos seus olhos, e disse: Dez milhares
atribuíram a Davi, e a mim somente milhares; que lhe falta, senão o reino?
82
Como disse, a idéia de ressurreição, só começa a ser
considerada a partir de Daniel (já no Império
Medo-Persa), e o não acreditar em
ressurreição ainda era vigente no momento do início da Igreja primitiva através
de uma liderança importante (a dos saduceus,
que não criam em anjos e que os mortos pudessem ressuscitar, conforme Atos
23:6-10); também era fortíssima (nessa época) a filosofia epicurista, que inclusive contaminou a igreja de Corinto, conforme
I Coríntios 15:32 ─ comamos e bebamos,
porque amanhã morreremos, que aparece em Isaías 22.13b, e a máxima coroemo-nos de rosas enquanto elas não
murcham (legitimamente grega epicurista),
as quais correspondem ao nosso materialismo de hoje, cuja máxima é gozar a vida
enquanto estamos vivos... Naquela visão anterior do judaísmo que contemplava
como o epicurismo, o não haver
ressurreição, reiterando, havia o interesse exacerbado pelo perpetuar o nome e
atos realizados por alguém.
O VALOR DO QUE É BÍBLICO I
83
Quanto à oração de Jabez, não há como
estranhar no que se diz respeito ao seu conteúdo (tanto que, o livro que
defende o seu uso como amuleto é best-seller); porquanto estamos no limiar da
volta do Senhor Jesus, sendo este o momento, que segundo Paulo, escrevendo em
II Timóteo 4:3 ─ Porque virá tempo em
que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas
agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não
só desviarão os ouvidos, da verdade, mas se voltarão às fábulas.
84
Isto é hoje um fato, pois por todos os lados ouvimos
este “canto da sereia”; do evangelho do deus provedor de todas as coisas,
que está lá na porta do depósito da benção esperando pacientemente que venhamos
pedir tudo aquilo que nos vier à cabeça, e isto devidamente exigido em nome do
Senhor Jesus; sendo exatamente esses os elementos egoístas construídos para a
oração de Jabez (que também o é). Essas construções indevidas ainda
contemplam uma daquelas “historiazinhas” de ilustração, que diz: No céu há um
depósito onde estão guardadas as bênçãos que Deus quer nos dar (contradizendo o
que ensina o Senhor Jesus em Mateus 6:31-34), e adverte de que se nós não as
pedirmos especificamente; elas ficarão lá guardadas, e teremos a decepção em
saber que as nossas prósperas bênçãos que não pedimos estiveram sempre lá
guardadas (nos depósitos de Deus), e não a recebemos porque não as pedimos
(isto pareceria muitíssimo com a saudade
sentida pelo povo judeu quanto aos temperos do Egito).
85
O fato da oração de Jabez ter esses
componentes radicalmente humanos, não seria de se estranhar; pois nem tudo o que está escrito
no texto sagrado é para se seguir ou copiar; sendo que em alguns casos são
exatamente ao contrário ou se constituem em exemplos de avaliação do que não se
deve efetivamente praticar ou fazer; sendo a oração de Jabez uma experiência
peculiar e específica (dele com Deus), cujos componentes da forma como ela é
apresentada e não ter os elementos da regra bíblica de legitimação, usado no
Antigo e Novo Testamento, e aprovada pelo Senhor Jesus, conforme João 8:13-18;
a coloca como algo específico e intransitável, podendo tão-somente ser usada de
maneira alegórica em homilética (discurso, pregação), e de maneira alguma como
doutrina ou regra a ser seguida e muito menos como amuleto de recitação; que
nenhuma oração, contida no texto sagrado ou fora dele e nem mesmo a oração do
Pai Nosso (que é um modelo de informações de pontos a serem respeitados e
observados); que, por exemplo: No momento das refeições; usamos um desses
pontos que é darmos graças a Deus pelo o alimento, conforme Lucas 22:19.
86
Pelo estudado até agora temos
comprovado e entendido, que embora Jabez e sua oração estejam dentro da
descendência de Judá; não há como vinculá-lo efetivamente à Judá; pois as
sucessões de pais e filhos não o unem ou o vinculam a Judá ou aos seus
descendentes... Se voltarmos ao que já estudamos e lembrarmos que o próprio
cronista diz em I Crônicas 2:4, que os filhos de Judá eram cinco; surge a
necessidade de explicar o porquê o mesmo cronista atribui (no capítulo quatro)
à Judá mais quatro filhos: Hezrom, Carmi, Hur e Sobal (como já listei
anteriormente)... Decididamente não creio nem digo que o afirmar do cronista,
que atribui também a Judá a paternidade desses outros quatro filhos seja
mentira (por estar no texto sagrado e também a avaliação via hermenêutica é
contundente quanto à veracidade disto); porquanto se o cronista lista esses
quatro nomes como filhos de Judá (é porque eles também eram filhos de Judá!); e
o seriam; talvez de uma mulher não judia, possivelmente, por isto; o nome da
mãe é omitido, como aconteceu com a cananeia, filha de Suá (chamada assim e não
pelo nome), mãe de Er, Onã e Selá.
87
Após ter estudado de maneira
considerável as genealogias e descendências possivelmente relacionadas com
Jabez; resta-nos agora analisar efetivamente o texto da oração, mas antes de
fazê-lo gostaríamos de reproduzir duas outras descendências de Judá que estão
no texto bíblico, e que também como as outras nada têm com o ilustre Jabez; as
descendências são: A partir de Pérez até Davi, a descendência de Judá está
assim no livro de Rute 4:18-22 - São essas as gerações de Pérez:
Pérez gerou a Hezrom; Hezrom
gerou a Rão; Rão gerou a Aminadabe; Aminadabe gerou a Nasom; Nasom gerou a Salmom; Salmom gerou a Boaz; Boaz gerou a Obede; Obede gerou a Jessé, e
Jessé gerou a Davi. Também a de abraão até o Senhor Jesus
(que tem dentro de si, a de Judá), conforme Mateus 1:2-16 - A Abraão
nasceu Isaque; a Isaque nasceu Jacó; a Jacó nasceram Judá e seus irmãos; a Judá nasceram,
de Tamar, Faréz (Pérez) e Zerá; a Férez nasceu Esrom; a Esrom nasceu Arão (Rão); a Arão nasceu Aminadabe; a Aminadabe nasceu Nasom; a Nasom nasceu Salmom; a Salmom nasceu, de Raabe, Boaz; a Boaz nasceu, de Rute, Obede; a Obede nasceu Jessé; E a Jessé nasceu o rei Davi. A Davi nasceu Salomão, da que fora mulher de Urias; a Salomão nasceu Roboão; a Roboão nasceu Abias; a Abias nasceu Asafe; A Asafe nasceu Josafá; a Josafá nasceu Jorão; a Jorão nasceu Ozias; a Ozias nasceu Jotão; a Jotão nasceu Acaz; a Acaz nasceu Ezequias; a Ezequias nasceu Manassés;
a manassés nasceu Amom; a Amom nasceu Josias; e a Josias nasceram Jeconias e seus irmãos, no tempo da deportação para a
Babilônia. Depois da deportação para
nasceu a Jeconias, Salatiel; a Salatiel nasceu Zorobabel;
a Zorobabel nasceu Abiúde; a Abiúde nasceu Eliaquim; a Eliaquim
nasceu Azor; a Azor nasceu Sodaque
nasceu Aquim; a Aquim nasceu Eliúde; a Eliúde nasceu Eleazar; a Eleazar nasceu
Matã; a Matã nasceu Jacó; e a Jacó nasceu José, marido de Maria, da
qual nasceu Jesus, que se chama
Cristo.
88
Nos relatos dessa genealogia (a de Mateus), são
omitidos os nomes de Acazias, Joáz e Amazias, que constam do registro da
descendência de Davi em I Crônicas 3:11-12; também, tanto em uma como na outra
(a de I Crônicas e a de Mateus) é omitido o nome do rei Uzias (filho de
Amazias), que reinou em Judá durante 52 anos; sendo dito sobre ele em II Crônicas
26:4-5 - Ele fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera
Amazias seu pai. E buscou a Deus enquanto viveu Zacarias, que o instruiu no
temor de Deus; e enquanto buscou ao Senhor, Deus o fez prosperar; também
26:16 ─ Mas, quando ele se havia tornado
poderoso, o seu coração se exaltou de modo que se corrompeu, e cometeu
transgressões contra o Senhor, seu Deus; pois entrou no templo do Senhor para
queimar incenso no altar do incenso... Por essa intromissão indevida no
templo; o Senhor o faz ficar leproso; sendo talvez esse o motivo da omissão do
seu nome na genealogia de Davi.
89
Voltando à questão objetiva sobre o texto da oração de
Jabez; vamos buscar analisá-lo nas suas de fato informações e o seu nível de
valorização (tanto quanto ao seu exemplo e legitimação canônica de ser ou não
ela regra a ser seguida).
90
Como já disse, não há registro no texto
(capítulo quatro) de nenhum vínculo (parentesco) de Jabez quanto à paternidade
ou filiação com os que o antecedem e com os o sucedem, e no que se diz respeito
à irmãos; há tão-somente a afirmação aleatória e de auto-afirmação sobre esses
seus irmãos, que o cronista não diz quem são... Essa auto-afirmação de Jabez
sobre os seus não identificados irmãos; pela sua inconsistência de informação,
suscita a especulação do grau de brilho do ilustre Jabez. Primeiro ─ Os irmãos
de Jabez seriam pessoas de ótima índole, dignos e também ilustres, todavia
Jabez, ─ como afirma o cronista, seria mais ilustre que eles... Segundo ─ Os
irmãos de Jabez seriam tão-somente pessoas normais sem muito brilho (sendo esta a conclusão mais plausível, pois
esses irmãos são omitidos pelo cronista, que os coloca no eterno anonimato), e
Jabez sendo mais ilustre que eles; não seria “tão ilustre assim, pois o seu
brilho e notoriedade (segundo o que registrou o cronista) está a partir do
contraponto ou auto-afirmação sobre esses
irmãos.
O NOSSO EGOÍSMO
91
No texto do preâmbulo (introdução), trabalhei
a constatação de que nós seres humanos somos naturalmente egoístas; e também
constatamos que, na maioria dos casos; nas nossas orações é que revelamos essa
nossa forte tendência para primeiramente tudo para mim e depois tudo para mim
também; que é exatamente diferente do - Tudo eu?.. Tudo eu?.. Aqui quando reivindicam de nós
alguma coisa que tenhamos que fazer ou dar; sendo que os defensores da oração
de Jabez como amuleto defendem como legítimo esse egoísmo, que eu tenho, você tem e eles têm; que
entretanto devemos ardentemente buscar evitar que assim sejamos no nosso
proceder.
92
O ilustre Jabez (ser humano como nós),
na sua oração procedeu exatamente assim (com todo esse grau de egoísmo), como
temos procedido nas nossas orações; e o pior disto é que muitas lideranças que
são também consideradas como ilustres, nos ensinam (com toda carga de
massificação do poder da mídia) que o nosso Deus é o “deus provedor de todas as
coisas, do qual eu, você e quem quer que seja, pode dizer eu quero, eu exijo
que tu me abençoes” e tu (Deus), não tens como dizer não a nenhum de nós, pois
é em nome de Jesus que estamos exigindo!.
93
Quanto a Jabez ter sido mais ilustre
que seus irmãos (como já detalhei), houve por parte do cronista o flagrante
interesse de assim registrar, entretanto, não lhe foi possível dar detalhes
claros e objetivos quanto a isso; o que já mostra a priori a improcedência dessa oração como modelo ou referência a ser
seguida, e também nos permite advertir de maneira grave; que se deva tomar o
devido cuidado com o estudo bíblico, sua sistematização e a conseqüente valorização
e uso prático de certos ensinamentos, como no caso dessa oração, que é de muito
pequeno valor e de uso indevido.
94
Quanto à valorização do duvidoso brilho do ilustre
Jabez; gostaria de Apresentar-lhes alguém realmente, digno, justo, paciente,
amoroso, conciliador, respeitador, perdoador, realmente obediente a Deus de
maneira plena e “verdadeiramente comprovado e devidamente registrado como um
ilustre no seu mais alto sentido e de fato, acima de seu pai, sua mãe e todos
os seus irmãos”, conforme Gênesis capítulos 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45,
46, 47 e 48; que mostra toda a trajetória da vida desse, desde jovem; servo
fiel de Deus e que veio a se tornar o segundo no grande império egípcio
contemporâneo àquela época em que este grande homem viveu: Ele foi bisneto de
Abraão, neto de Isaque, filho de Jacó,
irmão de Judá, pai de Manassés e Efraim, e também Governador do Egito; sim, é ele mesmo “José”;
cujo o exemplo de vida vale a pena ser
imitado por qualquer um de nós.
95
Embora tenha explicado no texto da apresentação; que
esse nosso livro não é exatamente uma contraposição à oração de Jabez e sim
toda uma carga contra a interpretação contemporânea dessa oração; que
principalmente no caso da mais famosa obra sobre ela; a maneira como é
incentivado o seu uso e os mecanismos (métodos de praticá-la) para a sua
efetiva e indevida prática, são de fato à luz do texto sagrado a mais clara
heresia... Aqui neste meu livro, que pretende objetivamente comparar a oração de
Jabez com a de Salomão (a feita por ele no início do seu reinado), buscando
tirar lições que nos sejam úteis; acabou
─ por conseqüência da coerência responsável como estou tratando esse assunto
─ sendo necessário trabalhar de maneira efetiva e num estudo de aprofundamento
sério, as descendências de Judá, o quem foi de fato Jabez e também avaliar a
sua oração; entendo, e rogo que assim seja entendido, o que está sendo
reproduzido aqui é exatamente amor e respeito pelo texto sagrado e a sua fiel
interpretação, pois não convivi com Jabez e decididamente não tenho nada
pessoal contra ele.
96
O cerne ou o objetivamente claro com relação à oração
de Jabez; é que o seu componente claramente egoísta (o pedir somente para si e
objetivar o essencialmente material, “a dita benção”); não era impróprio
naquela época, no grau que o é hoje; que dependendo do que se peça; além de
impróprio pode se constituir em claro pecado, pois pedir riquezas hoje é
idolatria ou literalmente adoração a Mamon
(Mateus 6:24-34)... Naquela época não havia a idéia de ressurreição, a atuação
e aprovação de Deus era entendida tão-somente como sucesso e crescimento
econômico, entretanto no início da era cristã; o Senhor Jesus veio a dizer: Ai
de vós ricos, Lucas 6:24; é mais fácil (...), Mateus 19:23; parábola do rico e
Lázaro, Lucas 16:19-31; os que querem ser ricos, I Timóteo 6:5-10; e a regra
áurea quanto ao que se pede à Deus, Mateus 6:33 ─ Mas
buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão
acrescentadas; sendo esse o texto sinopse da nossa relação com Deus, quanto
aos nossos anelos e desejos nesse nosso conviver com Ele e o seu Filho, o
Senhor Jesus.
97
Considerando as minhas ponderações anteriores,
enseja-se a necessidade de informar algo importantíssimo em estudo bíblico, que
é contemplar e levar em conta a trajetória do ensinamento progressivo
(revelação progressiva) existente no desenvolver, acontecer e sistematizar registrado desde Gênesis até o Apocalipse;
onde se constata um total desconhecimento ou esquecimento disto por parte
das chamadas importantes lideranças
evangélicas; que não têm conseguido identificar textos específicos (que não
transitam ou se universalizam), e o tão grave como isto; não conseguem ponderar
informações dentro da visão da revelação progressiva, que é exatamente onde
esbarram os profetizadores, abençoadores e os famosíssimos prosperizadores de
plantão.
98
Estou fazendo essas sucessivas ponderações porque é
justamente dentro desse vazio de como interpretar corretamente as Escrituras
(teologia) que a chamada teologia da prosperidade encontra campo para se
fundamentar, sendo que a difundida interpretação e valorização da oração de
Jabez se inserem dentro desse vazio do conhecimento pleno do texto sagrado.
99
Voltando às questões finais e específicas quanto à
oração de Jabez, agora no que diz respeito às informações do seu texto...
Lembrando-os que já comentei sobre a pessoa de Jabez e a sua condição de
ilustre informada no texto. Jabez na sua oração começa pedindo que Deus o
abençoe; que naquela época, considerando não somente a Jabez, mas todo o
período que compreende todos os relatos do Antigo Testamento... Esse pedido,
com esse componente (benção) era aceitável (em função da fase inicial do
conhecimento pleno das coisas de Deus), entretanto, o Senhor Jesus veio nos
informar através do Evangelho segundo Mateus 6:33 ─ Mas buscai primeiro seu reino a sua justiça, e todas estas coisas vos
serão acrescentadas.
100
Para aguçar a sua mente quanto à questão pedir a
chamada benção, considere e busque lembrar que a doutrina da prosperidade tem a
sua fundamentação básica em textos do Antigo Testamento, nos quais, os
defensores dessa deformação doutrinária, só conseguem fundamentá-la (de maneira capenga e indevida)
no texto de João 10:10 ─ O ladrão não
vem senão cara roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a
tenham em abundância... Não há no Novo Testamento; promessas específicas do
baú da felicidade (prosperidade), e nesse texto acima; a “vida em abundância”
informada pelo Senhor Jesus é a vida eterna e não essa vida neste mundo, tanto
que já ponderei quanto a isto anteriormente no subtítulo O NOSSO EGOISMO, no
qual citei vários endereços onde o Senhor Jesus faz afirmações e advertências
quanto à busca de riquezas neste mundo por parte de alguns de nós, e o Mestre
procura nos fazer entender através do texto de Mateus 6:33, e o apóstolo João,
demonstrando ter absorvido todo esses ensinamentos dados por Jesus, ele
reproduz parte desse ensinamento, quando diz em I João 2:15 ─ Não ameis o mundo, nem o que há no mundo.
Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.
101
No seguimento da sua oração, Jabez pede que o Senhor
alargue os seus termos (os marcos ou limites de suas propriedades), ou
literalmente que o Senhor aumente os seus bens imóveis, sendo isto o que está
implicitamente no texto, com os componentes de egoísmo admissíveis para aquele
estágio da revelação progressiva a nós seres humanos... Sendo que a construção
de exegese (explicação) feita para essa parte da oração; nas famosas obras já
publicadas; Jabez quer que seus termos sejam ampliados, para assim poder melhor
fazer a vontade de Deus e também melhor ajudar às pessoas... Como homilética
(discurso de ensino) é até aceitável (embora não o seja de fato), entretanto do
ponto de vista da efetiva verdade sobre o texto; não cabe de maneira alguma
especular esse ou outro qualquer caminho efetivamente definitivo diferente do
que de fato o texto informa, que é ter seus bens aumentados ─ como dizem os
avarentos de hoje, prosperar e prosperar
─, e ainda, o ser ilustre não
contempla necessariamente ser alguém interessado no crescimento do reino ou que
pratique a beneficência.
102
Por fim, Jabez pede que o Senhor o livre do mal... No
período do Antigo Testamento havia a preocupação exacerbada quanto aos
inimigos; e nisto podemos concluir com toda a segurança; que ao pedir que o
Senhor não permita que ele do mal seja afligido, isso implica literalmente
dizer que o Senhor o defenda dos seus inimigos, sendo esse um dos senões da
oração de Salomão que iremos contrapor a essa de Jabez, conforme I Reis 3:11 ─ Pelo que Deus lhe disse: Porquanto pediste
isto, e não pediste para ti muitos dias, nem riquezas, nem a vida de teus
inimigos, mas pediste entendimento para discernireis o que é justo. O texto acima é parte da oração de
Salomão, que será o segundo e último capítulo desse livro, no qual, do mesmo modo como estou avaliado a
oração de Jabez, também farei o mesmo com a de Salomão.
103
Agora para concluir, não só a questão genealogia e
descendências e também o texto da oração de Jabez, como já fiz; vou trabalhar a
questão maior quanto a essa oração, que é o ponto ou fator que possibilitou a
sua valorização contemporânea; que é a conclusão ou informação que nos é dada
pelo escriba (cronista) que redigiu os escritos do livro das crônicas; que pelo
período que abrange: Quarenta anos do reino de Davi, quarenta anos do reino de Salomão ─ levando-se em conta o reino de Judá, que
começa com a divisão; tendo o de Israel dez tribos e o de Judá duas ─, e considerando que o de Judá é o último a
ser conquistado; teríamos para esses dois reinos um período de 432 anos, que
somados aos 80 anos; dos 40 de Davi e os 40 de Salomão; seriam 512 anos de
relato dos livros das crônicas (tendo também dentro desses relatos os 241 anos
do reino de Israel)... Como mencionei no início desse parágrafo o fator ou
ponto que tem sido a base da valorização exacerbada dessa oração, é a
informação do cronista (que está na parte final do texto), que diz: E Deus lhe concedeu o que o que lhe pedira.
104
Dentro de parte do início desse meu livro, que é transcrição
do livro também de minha autoria Ceia,
sim! Cruz, não!; ali, já informei
que os livros das crônicas são um só livro no cânon judaico e também que ele ou
eles são a repetição dos livros dos reis... Na LXX ─ tradução do Antigo
Testamento para o grego, chamada setuaginta
─, os livros das crônicas levam o nome de PARALEIPONEMA (o que não foi
dito, ou o que faltou dizer).
105
Concluindo as ponderações e informações
sobre os livros das crônicas; agora para finalizar quanto ao fato de Deus ter
atendido à oração de Jabez; concluo (para a informação pormenorizada dos que
estão lendo esse livro), que obviamente, os livros das crônicas foram
paulatinamente escritos por vários escribas ou uma espécie de revisão e
compilação de parte do livro de II Samuel e dos livros dos I e II Reis; também
mais para o final do período das monarquias provavelmente, foi feita outra
compilação, pois no primeiro e no segundo livros de reis, há a menção da
existência específica de livro das crônicas dos reis de Israel (sete vezes) e
dos reis de Judá (também sete vezes), como esta de I Reis 22:39 ─ Quanto ao restante dos atos de Acabe, e a
tudo quanto fez, e à casa de marfim
que construiu, e a todas as cidades
que edificou, porventura não estão escritos no livro das crônicas dos reis
de Israel? Também conforme II Reis 21:17 ─ Quanto
ao restante dos atos de Manassés, e tudo quanto fez, e ao pecado que cometeu,
porventura não estão escritos no livro das crônicas dos reis de Judá?.. A
ponderação quanto a essa evolução na compilação, está no fato de existir essas
informações sobre os livros de reis, e por constatar que nos livros de I
Crônicas; informações sobre o reinado de
Davi e o de Salomão (terceiro e último do reino único) e no de II Crônicas,
ainda o de Salomão e depois, até o final do livro, constar informações sobre os
reinos de Judá e o de Israel, numa inserção concomitante (paralela e ao mesmo
tempo).
106
Na parte final da oração de Jabez, é
informado pelo cronista que: E Deus lhe
concedeu o que lhe pedira.
Procure lembrar as obras (livros) sobre a oração de Jabez, você constatará que
a valorização dessa oração está exatamente a partir do fato de Deus a ter
atendido... Caminhemos juntos nessa avaliação e procuremos entender o que seja
exatamente ser atendido por Deus.
107
O que se tem lido e ouvido sobre a
oração de Jabez, tem conduzido (em alguns casos através de um claro e objeto
condicionamento) a ver um poderoso e ilustre homem que consegue com que Deus
decida à seu favor; sendo que esta é a idéia ou visão hoje generalizada e nos é ostensivamente impingida
através da mídia, pelos que nos ensinam a exigir e determinar que Deus nos
atenda.
108
Parece que decididamente a grande
maioria das pessoas que dizem professar o nome do nosso Senhor Jesus não tem os
elementares conhecimentos de Deus, da sua Palavra e especificamente de oração,
quando valorizam àquele que ora em detrimento Daquele que ouve a oração... Não
é a fé ou a determinação em conseguir algo da parte de Deus que torna possível
atendimento, mas sim, as suas misericórdias, conforme Lamentações 3:22 ─ A benignidade do Senhor jamais acaba, as
suas misericórdias não têm fim.
109
Preste a atenção que não estou dizendo não ser através
da fé pela oração que se consegue algo de Deus e sim que o fato de sermos
atendidos está obviamente em razão da sua misericórdia e prévia intenção de
Deus tem uma espécie de obrigação em nos atender, sendo isto tremendamente
diferente da valorização dada aos que dizem que abençoam, que profetizam e os
chamados ditos portadores das orações fortes; também, especificamente no caso
da oração de Jabez, que ganhou status
de recitação mágica, em que, todas essas deformações pecam no não entender que
o importante não foi, não é, e nem será aquele que ora ou a oração (embora existam
orações, umas melhores que as outras, no seu conteúdo) e sim, o Deus que ouve e
atende a oração; como a oração de Ana e a do publicano, conforme I Samuel
1:12-13 ─ Continuando ela a orar perante
o Senhor, Eli observou a sua boca; porquanto Ana falava no seu coração; só se
moviam os seus lábios, e não se ouvia a sua voz; pelo que Eli a teve como
embriagada. A do fariseu e a do publicano, conforme Lucas 18:13 ─ Mas o publicano, estando em pé de longe,
nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus,
sê propício a mim, o pecador!
110
Estou fazendo essas ponderações, quanto
ao entender plenamente essa nossa relação, nós os pedintes, e Deus, o doador da
vida e de todas as coisas; no que, essa relação não se mede e se realiza a
partir dessa fé egoísta, imediatista e popularesca apregoada aí por aproveitadores
em todos os cantos, porquanto, a fé de que trata as Escrituras, não é algo
parecido com ter pago a passagem e ter certeza que o meio de transporte nos
levará a um determinado destino preestabelecido... Voltarei a falar da fé
ensinada na Bíblia no capítulo seguinte sobre a oração de Salomão.
A ORAÇÃO DE JABEZ E A DE SALOMÃO
CAPÍTULO SEGUNDO ─ A ORAÇÃO DE SALOMÃO
111
Como o título sinaliza, e tenho já informado, no
anterior; esse capítulo, que tem como base a primeira oração de Salomão, é de
fato um contraponto à oração de Jabez e principalmente uma veemente avaliação
de contestação de como ela é ensinada e valorizada; e também como nos é
impingida com componentes de condicionamento, que decididamente não têm nada a
ver com o Evangelho e os ensinamentos do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.
112
A oração de Salomão a qual nos referimos
consta do texto de I Reis 3:5-15 (texto detalhado e extenso), também essa
oração está presente (e reproduziremos esse texto) em II Crônicas 1:7-13 ─ Naquela mesma noite Deus apareceu a
Salomão, e lhe disse: Pede o que queres que eu lhe dê. E Salomão disse a Deus:
Tu usastes de grande benevolência para com meu pai Davi, e a mim me fizeste rei
no seu lugar. Agora, pois, ó Senhor
Deus, confirme-se a tua promessa, dada a meu pai Davi; porque tu me fizeste rei
sobre um povo numeroso como o pó da terra. Dá-me, pois, agora sabedoria
e conhecimento, para que eu possa sair e entrar perante este povo; pois
quem poderá julgar este teu povo, que é tão grande? Então Deus disse a Salomão:
Porquanto houve isto no teu coração, e não pediste riquezas, bens ou honra, nem
a morte de dos que te odeiam, nem tampouco pediste muitos dias de vida, mas
pediste para ti sabedoria e conhecimento para poderes julgar o
meu povo, sobre o qual te fiz reinar, sabedoria e conhecimento te são dados;
também te darei riquezas, bens e honra, qual não teve nenhum rei antes de ti,
nem haverá depois de ti rei que tenha coisas semelhantes. Assim Salomão
veio a Jerusalém, do alto que estava em Gibeão, de diante da tenda da
revelação; e reinou sobre Israel.
113
A primeira ponderação que vou fazer quanto a oração de
Salomão está na direção da
legitimação de importância dada pela regra de sistematização sancionada no
texto de Isaías 28:9-13 e João 8:13-18, conforme já detalhei no capítulo
anterior.
114
A oração de Jabez, só é presente no
texto de I Crônicas 4:10 ou um único texto; não sendo contemplada pela regra de
legitimação e importância dos dois testemunhos ou dois textos sobre o assunto;
em contrapartida a oração de Salomão é consagrada nesta regra; nos seus dois
textos registrados em I Reis 3:5-15 e em II Crônicas 1:7-13, e ainda no seu
conteúdo traz ponderações e um pedido que se enquadram plenamente nos ensinos
contemporâneos do Senhor Jesus.
115
Salomão; todos nós conhecemos de
maneira clara e objetiva, pois o texto bíblico informa toda a vida e trajetória
desse homem que soube começar a sua vida de relacionamento com Deus...
Informado de maneira clara na Bíblia como descendente de Judá, filho de Davi
com Bate-Seba; de quem nós conhecemos os irmãos e filhos, e também é aquela
pessoa que Deus permitiu lhe erguer um templo; daí, fazer essa ponderação,
porquanto como já detalhei no capítulo anterior; não nos foi possível
determinar de maneira objetiva os parentes anteriores e posteriores de Jabez, e
sim tão-somente que tinha irmãos (que não sabemos os seus nomes), e que esses
não eram ilustres como ele.
116
Agora começando efetivamente a avaliação da oração de
Salomão... Somos informados no início do texto que fala desta oração (tanto no
de I Reis, como no de II Crônicas), que o Senhor nosso Deus apareceu à Salomão
em sonhos e lhe disse que pedisse o que quisesse. No início do texto da oração
de Jabez somos informados, que ele era mais ilustre que seus irmãos e que
invocou (orou, pediu) a Deus; diferentemente somos informados no início do
texto da oração de Salomão que a iniciativa fora do Senhor nosso Deus; como somos informados em vários textos bíblicos;
o Senhor está sempre solícito em nos atender, conforme Isaías 59:1-2 ─ Eis que a mão do Senhor não está
encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para que não
possa ouvir; mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso
Deus; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, de modo que não vos
ouça.
117
Nesse meu primeiro contraponto entre essas duas
orações, surge a priori a
possibilidade de caminhar no entendimento de que existe a oração cujo texto
(como a de Salomão cujo pedido, foi sabedoria), Deus está vivamente interessado
e ansioso que a façamos, pois o que Deus disse (colocando as nossas palavras),
poderia ser: “Salomão peça imediatamente isto que está em tua
mente, pois este é
para mim, um dos melhores pedidos que alguém possa Me
fazer”.
118
No seguimento do texto, Salomão faz ponderações de
agradecimento a Deus, pela maneira misericordiosa como tratou a Davi seu pai, e
lembra a promessa feita por Deus a seu pai, e arrazoa que sendo ele Salomão o
seguimento dessa promessa; pede a Deus que lhe conceda sabedoria para governar
de maneira correta e justa o numeroso povo de Israel.
119
Esse único pedido (o de sabedoria) feito por Salomão
foi muito bem recebido por Deus, conforme detalharei; mas, antes disso gostaria
de tecer alguns comentários sobre essa questão maravilhosa que é a sabedoria,
ou o temor e a submissão incondicional à Deus, que se traduz no conhecê-lo
plenamente.
A SABEDORIA QUE VEM DE DEUS
120
No quinto livro da Bíblia já somos
informados que o princípio da sabedoria está no conhecimento das leis de Deus,
e mais ainda no conhecimento do próprio Deus da lei e do amor; comecemos por
esse texto de Deuteronômio 4:5-7 ─ Eis
que vos ensinei estatutos e preceitos, como o Senhor meu Deus me ordenou, para
que os observeis no meio da terra na qual estais entrando para possuirdes. Guardai-os
e observai-os, porque isso é a vossa sabedoria e o vosso entendimento
à vista dos povos, que ouvirão todos esses estatutos, e dirão: Esta grande
nação é deveras povo sábio e entendido. Pois que grande nação há
que tenha deuses tão chegados a si como o é a nós o Senhor nosso Deus todas as
vezes que o invocamos.
121
Também o Salmo 19:7-11 ─ a lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do
Senhor é fiel, e dá sabedoria aos simples. Os preceitos do Senhor são
retos, e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e alumia os
olhos. O temor do Senhor é limpo, e permanece para sempre; os juízos
do Senhor são verdadeiros e
inteiramente justos. Mais
desejáveis são que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doce que o mel e
o que goteja dos favos. Também por eles teu servo é advertido; e
em os guardar há grande recompensa. Ainda
o Salmo 111:10 ─ O temor do Senhor é o
princípio da sabedoria; têm bom entendimento todos os que cumprem
seus preceitos; o seu louvor subsiste para sempre.
122
Tiago, o apóstolo “pavio curto”, e de palavras
objetivas e duras; no começo de sua epístola, fala da necessidade de sermos
perseverantes e nos incita e ensina a buscarmos a sabedoria, conforme Tiago1:5 ─
Ora, se algum de vós tem falta de
sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não censura, e
ser-lhe-á dada.
123
O interessante na avaliação dessas duas orações, é
que, tendo a oração de Jabez dentro de si, três pedidos objetivos, e a de
Salomão; um pedido apenas: a de Jabez e de iniciativa do próprio Jabez,
contemplando três pedidos como já disse; diferentemente, a de Salomão; Deus
manda que ele a faça (mandou que pedisse); e ele a tendo feito, coloca nesse
pedido (oração), um único pedido; que é desejar ou querer sabedoria... Observem
que, como se fora exatamente um contraponto, Deus pondera que Salomão foi
inteligente no seu pedido, porquanto não fez a oração ou pedido como “os Jabez”
as faziam (também os Jabez de hoje o fazem), ou seja, pediam e pedem benção,
aumento dos seus termos (mais bens imóveis, prosperidade) e que o livrasse do
mal (como era comum naquela época, que o livrasse dos seus inimigos). Nisto,
sinto-me muito feliz por constatar, que tendo eu proposto escrever esse
contraponto à oração de Jabez; neste fazer, aparece de maneira conclusiva o
contraponto detalhado do próprio Deus; na qual, de forma objetiva somos
remetidos para “o buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça
(Mateus 6:33), ensinado por Jesus”; e ao mesmo tempo a exata reprovação ou
chamamento de atenção para a pouca pertinência (embora Deus os tenha atendido)
dos pedidos dos Jabez de ontem e os de hoje, conforme a observação sobre esses
pedidos feita em I Reis 3:5-15 e II Crônicas 1:11-12 ─ Então Deus disse a Salomão: Porquanto houve isto no teu coração, e não
pediste riquezas, bens ou honra, nem morte dos que te odeiam,
nem tampouco pediste muitos anos de vida, mas pediste para ti sabedoria e
conhecimento para poderes julgar o meu povo, sobre o qual te fiz reinar, sabedoria
e conhecimento te são dados; também te darei riquezas, bens e
honra, quais não teve nenhum rei antes de ti, nem haverá depois de ti rei
que tenha coisas semelhantes.
124
No capítulo anterior, ponderei que os componentes da
oração de Jabez, são incompatíveis com os ensinamentos do Senhor Jesus (por
terem transitado no tempo); pois há no conjunto de ensinamentos do texto
sagrado, o que é entendido pelos que estudam a bíblia, a de fato, revelação
progressiva (por exemplo: com o sacrifício do Senhor Jesus; cessa o imolar
animais como oferta pelos pecados), que abrange a tudo na nossa relação com Deus...
Tanto que, como já tenho ponderado; o pedir riquezas e prosperidade (que são os
componentes básicos da oração de Jabez); naquele momento dessa relação humana
com Deus (considerando a progressão da revelação de ensinamentos) era de algum
modo correto se pedir riquezas; entretanto o Senhor Jesus veio ensinar
exatamente ao contrário, conforme Mateus 6:33 (regra áurea) e agravando quanto
à questão riquezas, quando diz que querer enriquecer corresponde a idolatria,
conforme Mateus 6:24 e Lucas 16:13; que no entendimento dos evangelistas, dos
apóstolos e todas as lideranças; os levaram a grafar nos Evangelhos; não
(grego, πλϋτος = PLUTO), para
riquezas, e sim MAMON (deus das
riquezas, Μαμωνας), que em algumas Bíblias consta dos textos, e em outras, é
reproduzido riquezas, e informado no rodapé que o correto seria MAMON.
125
Outra coisa importantíssima quanto a essa ponderação
do capítulo anterior; é que nos livros sobre a oração de Jabez; cometem erros
gravíssimos de interpretação bíblica, inclusive induzindo o leitor a entender o
direito de fazer homilética barata de alienação, sem o compromisso efetivo de interpretar
o que o texto de fato informa para o crescimento espiritual..
126
A oração de Jabez tem dentro de si três pedidos, cujo
segundo (que estendas ou alargues os meus termos); é literalmente, que
aumentes os meus bens imóveis (sendo isto o que exatamente diz o texto), sendo
esse ou qualquer um outro texto usado num discurso ou pregação; caberá de
alguma forma (como têm sido feito) que se use determinado texto como base ou
tema para homilética; entretanto, decididamente isto não legitima entender que
essas construções de homilética (pregação, discurso) sejam a real interpretação
do texto nas suas reais informações.
O VALOR DO QUE É BÍBLICO II
127
No caso específico desse segundo pedido constante da
oração de Jabez; os livros já escritos sobre essa oração; trabalham a idéia de
que quando Jabez pedira que Deus alargasse os seus termos; deve ser entendido
(segundo a visão desses escritores) como se ele estivesse pedindo mais
oportunidades ou que Deus lhe desse mais
espaço para melhor difundir os seus ensinamentos... Especular sobre isto e nesta direção, se
constitui em uma grave agressão ao texto bíblico e também um desserviço ao
entendimento do que realmente a Bíblia ensina; porquanto de fato (como já
ponderei anteriormente), não é isto precisamente que esse texto informa ou o
que Jabez realmente pediu.
128
Continuando a minha contraposição e efetiva comparação
entre as duas orações, trabalhei a identificação de Jabez e a sua oração;
reitero que embora nesse caminhar tenha de alguma forma ofuscado o brilho da
pessoa de Jabez, ─ na verdade não o temos ofuscado, e sim, mostrado que o
verdadeiro Jabez é aquele do texto
sagrado, e não o construído pelos que usam a Bíblia para temas de manipulação
de suas idéias... Com já disse anteriormente: não tenho nada de pessoal contra
Jabez; até porque estou a alguns milhares de anos depois da morte dele...
129
O fato é que na principal obra (livro)
sobre a oração de Jabez, cujas observações e ponderações sobre a sua
improcedência constam no subtítulo o
valor do que é bíblico I (do
capítulo anterior) e também sobre historiazinhas de ilustração existentes
nessas obras (que da mesma forma como as experiências dos chamados grandes
líderes; acabam prevalecendo como regra ou doutrina, em detrimento do que
preceitua o texto sagrado), que diz:: “no depósito de bênçãos dos céus; estão
armazenadas as bênçãos de cada um de nós; que se não a pedirmos
especificamente, elas lá ficarão para a nossa decepção futura (diz a
ilustração)”.
130
Creio que a oração de Salomão responde categoricamente
a isto, quando o Senhor nosso Deus diz a Salomão em sonhos (parafraseando): Salomão
Eu quero que você seja o homem mais sábio, rico e o mais honrado em
todos os tempos, pois Eu não tenho,
nem preciso de depósitos para guardar essas coisas; pede! Pois Eu já determinei lhe dar tudo
isto.
131
Paulo escrevendo aos crentes de Roma, diz em Romanos
8:26-28 ─ Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não
sabemos o que havemos de pedir como convêm, mas o Espírito mesmo intercede por
nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que esquadrinha os corações sabe qual é
a intenção do Espírito; que ele, segundo a vontade de Deus, intercede pelos
santos. E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a
Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.
132
Devemos tomar todo o cuidado com historiazinhas de
ilustração (que ganham força de doutrina), e muito mais com as experiências de
líderes chamados importantes, que têm se tornado em uma espécie de outra Bíblia
ou como se ela (sendo incompleta) estivesse se completando nas “revelações”
contemporâneas dessas importantes lideranças.
133
Após essas duas abordagens sobre a questão que eu
tenho chamado de historiazinhas de ilustração, possivelmente você tenha a
vontade de me perguntar: O Senhor Jesus não pregou e ensinou em todo o tempo do
seu ministério, usando ilustrações através de parábolas, que são
historiazinhas? Sim, é verdade; as parábolas usadas pelo Senhor Jesus quando
ensinava, eram e continuam sendo (pois estão no texto sagrado) historiazinhas
de ilustração; também no Antigo Testamento temos dramatizações e parábolas:
Dramatizações Isaías 20:2-5 e Jeremias 13:1-11; alegoria Ezequiel 16:1-34;
parábola II Samuel 12:1-4... A questão substantiva é que as dramatizações,
alegorias e parábolas do texto sagrado: são as que chamamos de canônicas ou as
que efetivamente têm de fato a condição e direito de servirem de referencial
para a construção de doutrinas ou efetivamente como base para a sistematização
teológica.
134
Estranhamente vemos aqui e ali (de
maneira muito freqüente em literatura e falas) o uso do texto bíblico canônico
tão-somente como uma espécie de tema, com o concomitante trabalhar exacerbado
de historiazinhas contemporâneas ─ que não teria nada de mal, se não colidissem
com a verdade bíblica ou, como é feito; não funcionassem como uma pseuda nova
revelação ou como alguns defendem; a atualização para os dias de hoje.
135
A questão que nós chamamos de historiazinhas, como
você deve ter observado. Está a partir de duas vertentes que consideramos
perigosas: A primeira ─ quando a partir
do direito de se fazer exegese (explicar) ou homilética (discurso, pregação)
usam-se historiazinhas se sobrepondo ao
texto bíblico. (Como no caso do depósito de bênçãos relacionando-o à oração de
Jabez). O qual foi usado como um tênue Tema para a historiazinha ou para concluir o que
foi fundamentado por ela... A segunda ─ se refere à adulteração (perdoem, mas é
literalmente isto) de vários outros textos e das parábolas; como o que é dito
sobre a parábola da ovelha perdida ─ que
o pastor ao resgatar a perdida; quebra uma das suas patas, para que ela não
volte a fugir e a carrega nos ombros... A figura pastor versus ovelha é algo muito presente no texto sagrado; até porque o
gado (pecuária), como também a agricultura eram a base principal da economia e
das riquezas naquela época, e ainda o é nos dias de hoje, esses setores
continuam tendo esse grande peso na
economia em todo o mundo.
136
No livro dos Salmos, precisamente o de número vinte e
três, no seu primeiro verso, diz ─ O Senhor é o meu pastor; nada me faltará. O
Senhor nosso Deus, usando o profeta Ezequiel para falar da sua relação (do
Pai), promete a vinda do Filho, o Senhor Jesus (como o bom Pastor, João 10:11)
e faz uma severa repreensão aos pastores, aos quais Ele delega o apascentar
pequenos rebanhos, que são parte do seu universal rebanho, conforme todo o
capítulo trinta e quatro do livro do profeta Ezequiel.
137
Voltando especificamente à questão quebrar a patinha
da ovelha para impedir que ela volte a se desgarrar ─ se
este era o procedimento dos pastores no passado, decididamente não tem nada a
ver com as inserções bíblicas sobre isto
─; o que temos no texto bíblico quanto a quebrar ficou a cargo de outros
elementos de alegoria, conforme Jeremias 18:4 ─ Como o vaso, que ele fazia de barro, se
estragou na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme pareceu bem
aos seus olhos fazer. Também, o escritor aos hebreus, lembrando o que
Salomão havia dito em Provérbios 3:11-12, diz em Hebreus 12:6-8 ─ Pois
o Senhor corrige ao que ama, e açoita a todo o que recebe por filho. É para
disciplina que sofreis; Deus vos trata como a filhos; pois qual é o filho a
quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos se têm
tornado participantes, sois então bastardos, e não filhos.
138
Diferentemente, a relação (alegoria e parábola) pastor
e ovelha no texto bíblico é totalmente distante da visão do quebrar e
tornar a ovelha um negócio inútil que
precisa ser carregado (embora, como diz o escritor aos hebreus; o Senhor nos
repreende com amor para o nosso bem); sendo necessário da parte dos que ensinam
sobre a Bíblia (a Palavra de Deus), tenham e tenhamos o máximo cuidado em
respeitar o texto e buscar informar exatamente o que o escritor bíblico
concluiu (sistematizou) a mando de Deus, senão vejamos como o pastor no texto
sagrado deve tratar a ovelha desgarrada, Ezequiel 34:16 ─ A perdida buscarei, e a desgarrada voltarei a trazer; a quebrada
ligarei, e a enferma fortalecerei; e a gorda e a forte vigiarei.
Apascentá-las-ei com justiça. Também Lucas 15:3-6 ─ Então ele lhes propôs esta parábola: Qual de vós é o homem que,
possuindo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no
deserto, e não vai após a perdida até que a encontre? E achando-a, põe-na nos ombros, cheio de
júbilo; e chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos e lhes diz: Alegrai-vos
comigo, porque achei a minha ovelha que se havia perdido... É assim que o
texto bíblico vê a relação pastor e ovelha; consequentemente é assim que devemos
usar essas figuras, alegorias e parábolas quando ensinamos coisas concernentes
à Palavra de Deus; seja na exegese ou homilética, e é claro que temos o direito
de trabalhar no vazio e espaço histórico ou da informação de uma metáfora ou
parábola, todavia temos a obrigação de nada produzirmos que colida com o texto
sagrado, ainda que essa nossa contemporânea construção possa parecer
maravilhosa.
139
O substantivo quanto a essas ponderações, é que Deus
nos permite usar de toda a nossa habilidade lingüística e conhecimentos outros,
quando escrevemos ou falamos sobre o texto sagrado, entretanto o nosso
parâmetro (que de fato existe); especificamente sobre as revelações finais, nos
conduz ao livro de Apocalipse 22:18-19, nessa grave advertência; e Paulo
escrevendo à igreja de Corinto, na Grécia; quando objetivamente se contrapunha
às filosofias gregas (o estoicismo, o
gnosticismo e o epicurismo e ainda a tradição judaica na visão dos judaizantes) que
eram difundidas e mescladas com os
ensinamentos do Evangelho ─ conforme o livro de Atos mostra de maneira
textual, pelo menos duas dessas filosofias, Atos 17:18, quando da estada de
Paulo em Atenas, que foi exatamente anterior ao início da evangelização dos de
Corinto, Atos 18:1-11 ─, ele adverte de
maneira grave em I Coríntios 3:10-11 ─ Segundo
a graça de Deus que me foi dada, lancei eu, como sábio construtor, o
fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele.
Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual
é Jesus Cristo.
140
Não estou sendo muito severo ou pragmático demais ao
caminhar de maneira objetiva nesta direção, pois existe uma clara advertência
bíblica quanto às novidades e coisas agradáveis aos ouvidos, conforme o Senhor
Jesus adverte em Mateus 24:24 ─ Porque
hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e
prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos; e
Paulo chama a atenção para o perigo dessas “coisas atraentes” em II Timóteo
4:3-4 ─ Porque virá tempo em que não
suportarão a sã doutrina, mas “tendo o desejo de ouvir coisas agradáveis” (tradução
literal do original, tendo comichão dos
ouvidos), ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não só
desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas.
141
Reiterando literalmente, não estou sendo muito severo
ou pragmático demais quanto a essa minha postura, inclusive rememorando o
contraponto de Paulo às filosofias helênicas, conforme I Coríntios 3:10-11, e
também a advertência do Senhor Jesus quanto ao engano vindo por parte de
pessoas cujo o compromisso não seria exatamente com as verdades do Evangelho,
conforme Mateus 24:24, que é trazida por Paulo novamente escrevendo sua segunda
carta a seu filho na fé, conforme II Timóteo 4:3-4; na qual, essa nossa ponderação reiterada; tem o
objetivo de nos alertar quanto ao não sermos “inocentes úteis” na divulgação de
coisas que não representam exatamente a verdade bíblica, que fomos
comissionados pelo Senhor Jesus a pregar e ensinar.
A SABADORIA COMO ALEGORIA DE JESUS
142
Voltando ao Salomão da oração de contraponto a de
Jabez; consideremos que no seu livro de provérbios, ele o começa prefaciando-o
(Prov. 1:1-6) com o elenco (lista) de pressupostos para se chegar à sabedoria
(até o versículo seis), e no versículo sete (precisamente), ele indica e
identifica a fonte e como se consegue ou como alguém pode se tornar sábio,
conforme seu pai, o rei Davi, já havia dito no Salmo 111:10 ─ O temor do Senhor é o princípio da
sabedoria; têm bom entendimento todos os que cumprem seus preceitos.
143
No capítulo oito desse livro de provérbios, Salomão é
usado poderosamente por Deus para identificar ou efetivamente começar a
construir esse arcabouço maravilhoso das idéias, do conhecimento, da realidade,
da racionalidade (que é o efetivo conhecer a Deus, que é também a de fato
sabedoria)...
144
De fato esse
capítulo oito de provérbios (Prov. 8:1-21) é o mostrar através de
Salomão que Deus é o artífice da sabedoria; e a partir do versículo vinte e
dois, até o trinta e seis (Prov. 8:22-36) busca a construção já começada pelos
salmistas, quando se referiram inconscientemente à pessoa do Senhor Jesus,
conforme o escritor aos hebreus identifica nos dois primeiros capítulos dessa
sua epístola escrita em forma de midrash: Heb. 1:5 (Salmo 2:7), Heb. 1:7 (Salmo
104:4), Heb. 1:8 (Salmo 45:6-7), Heb. 1:10 (Salmo 102:26-27), Heb. 1:13 (Salmo
110:1), Heb. 1:14 (Salmo 103:20), Heb. 2:6 (Salmo 8:4-6), Heb. 2:12 (Salmo
22:22-23), Heb. 2:13 (Salmo 71:1-3), mostrando que vários dos Salmos eram
profecias, e esse capítulo oito do livro de provérbios sobre a sabedoria, é uma
alegoria profética da pessoa do Senhor Jesus, que é o LOGOS (Palavra), também
nas traduções o “verbo”, conforme João 1:1-3 - No princípio era
o verbo, e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus.
Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio
dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Também Apocalipse 19:11-13 - E vi o céu
aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava montado nele chama-se Fiel e
Verdadeiro; e julga e peleja com
justiça. Os seus olhos eram como chama de fogo; sobre a sua cabeça havia muitos
diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo. Estava vestido de um manto salpicado de sangue; e o nome pelo qual se
chama é o Verbo de Deus. Sobre a palavra logos (grego, λόγος) ver no
meu Blog sobre igrejas em células,
endereço ─ www.igrejasemcelulas.blogspot.com o porquê ela é maximizada no Novo Testamento.
145
Observe agora o texto profético de Provérbios e dê uma
especial atenção aos versículos de trinta e quatro a trinta e seis, conforme
Provérbios 8.22-36 ─ o Senhor me criou
como uma das suas primeiras obras o princípio dos seus feitos mais antigos.
Desde a antigüidade fui constituída, desde o princípio antes de existir a
terra. Antes de haver abismo, fui gerada, e antes ainda de haver fontes cheias
d’água. Antes dos montes fossem firmados, antes dos outeiros eu nasci, quando
ele ainda não tinha feito a terra com seus campos, nem sequer o princípio do pó
do mundo. Quando ele preparava os céus, aí estava eu; quando
traçava um círculo sobre a face do abismo, quando estabelecia
o firmamento em cima, quando se firmavam as fontes do abismo,
quando ele fixava ao mar o seu termo, para que as águas
não traspassassem o seu mando, quando traçava os fundamentos
da terra, então eu estava ao seu lado como arquiteto, e
era cada dia as suas delícias, alegrando-me perante ele por
todo o tempo; folgando no seu mundo habitável, e achando
as minhas delícias com os filhos dos homens. Agora,
pois, filhos. Ouvi-me; porque felizes são os que guardam
os seus caminhos. Ouvi a correção, e sede sábios; e não
rejeiteis. Feliz é o homem que me dá ouvidos, velando
cada dia às minhas entradas, esperando junto as
ombreiras da minha porta. Porque o que me achar achará a vida, e alcançará
o favor do Senhor. Mas, o que pecar contra mim fará
mal à sua própria alma; todos os que me odeiam
amam a morte.
146
Antes de caminhar novamente de modo mais específico
sobre a sabedoria, bom seria e
necessário é que lembremos do que o Senhor Jesus disse, conforme João 10:9 ─ Eu sou a porta; se alguém entrar por
mim, será salvo; entrará e sairá, e achará pastagens. Também lembremos do que está em João
14:6 ─ Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o
caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por
mim.
147
Para que você possa entender melhor a dinâmica
profética da Bíblia, compare os dois textos acima, com o anterior de Provérbios
8:34-36.
148
Tem-se na oração de Jabez, em I
Crônicas 4:10 ─ Porque Jabez invocou o
Deus de Israel, dizendo: Se me abençoares muitíssimo, e os meus termos
ampliares, e tua mão for comigo, e fizeres que do mal não seja afligido!.. E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido.
Novamente, tomando como referência os três pedidos dos feitos por Jabez; que nele
pede que o Senhor o abençoe, aumente os seus termos e o livre do mal; quero
agora de maneira mais efetiva (embora já o tenha feito) mostrar o modo como o
Senhor nosso Deus abençoou a Salomão; sem que ele lhe tenha pedido.
A BENÇÃO
QUANDO SE BUSCA EM PRIMEIRO LUGAR A DEUS
149
No livro de I Reis, do capítulo três ao
capítulo nove; também no livro de II Crônicas capítulo primeiro até o capítulo
oito, temos toda a trajetória do início do reinado de Salomão, a partir da sua inteligente oração; que contempla alguns
principais eventos... A construção do templo, a sua dedicação e a promessa do
Senhor nosso Deus; que inclusive é confirmada através do profeta Isaías 56:7 ─ Sim, a esses levarei ao meu santo monte, e
os alegrarei na minha casa de oração; os meus holocaustos e os seus sacrifícios
serão aceitos no meu altar; porque a minha casa será chamada casa de oração
para todos os povos. Também o Senhor Jesus, quando da purificação do
templo, legitima o chamar o templo de casa de oração.
150
A benção a que nos referimos sobre a
vida de Salomão, é informada em I Reis capítulo dez e II Crônicas capítulo nove
mostram o encontro da rainha de Sabá, que veio para ouvir a sabedoria dele e
lhe trouxe muitos presentes; somos também informados que lhe era trazido a cada
ano, ouro, com o peso de seiscentos e sessenta e seis talentos, e outros
presentes que ele recebia continuamente;
também como aumentou os termos (território) do seu reino e como também teve paz
até o final do seu reinado, cujo reino foi dividido somente após a sua morte.
151
Para melhor visualização de como Deus
fez Salomão prosperar ─ tendo ele pedido sabedoria e não riquezas,
como Jabez ─, reproduzo o texto de II
Crônicas 9:20-24 ─ Também todos os vasos
de beber do rei Salomão eram de ouro, e todos os utensílios da casa do bosque
do Líbano, de ouro puro; a prata reputava-se sem valor nos dias de Salomão.
Pois o rei tinha navios que iam a Társis com os servos de Hurão; de três em
três anos os navios voltavam de Társis, trazendo ouro, prata, marfim, bugios
e pavões. Assim excedeu o rei Salomão
todos os reis da terra, em riquezas e sabedoria. E todos os reis da terra buscavam
a presença de Salomão para ouvirem a sabedoria que Deus lhe tinha posto no
coração. Cada um trazia o seu presente, vasos de prata, vasos de ouro, vestidos,
armaduras, especiarias, cavalos e mulos, uma cota de ano em ano.
152
Prosseguindo sobre Salomão e a sabedoria, tem-se que principalmente
avaliar o livro de Eclesiastes, que é de sua autoria, como o livro de
Provérbios, o Salmo setenta e dois e o livro dos Cânticos dos Cânticos... Quando digo que devemos avaliar o
principalmente o livro de Eclesiastes; é porque este livro mostra de maneira
reflexiva toda a trajetória da vida de Salomão, contada pelo próprio; trazendo
dentro de toda a narrativa uma autocrítica
─ e este é o grande instrumento
usado por Deus, para dar a plena visualização do é de fato ter tudo na vida; e
o que normalmente fazemos com todo esse poder e
benefícios ─, de quem pôde ou poderia gozar e ter na vida tudo o que um
ser humano possa imaginar e desejar.
153
Já há algum tempo, estava gritando
dentro de mim o desejo de falar sobre o livro de Eclesiastes; porquanto via com
tristeza várias citações desse livro, feitas de maneira aleatória e sem a
devida ponderação quanto ao objetivo do todo o conjunto do livro; coisa que
ponderei como necessária para uma interpretação séria de livros e textos
bíblicos, quando do meu terceiro livro, O
Mover do Espírito.
154
A questão extremamente séria, quanto à
sabedoria (capacidade para avaliar com seriedade e profundidade questões
múltiplas e complicadas) e o efetivo vivenciar de tudo na vida; fez com que
Salomão produzisse nesse seu “livro desabafo” (como ele diz em Eclesiastes 1:1-18:
vaidade de vaidades); toda a plenitude da vulnerabilidade do saciar-se e estar
bem por parte do ser humano, quando do seu egoísmo e o amor pelo o que é carnal
e terreno se realiza plenamente... Sendo que no caso de Salomão, não houve por
parte dele aquela inicial ambição “jabeniana”, tão comum nos nossos dias, no
meio chamado evangélico; que é o buscar desenfreadamente a saúde e a prosperidade,
pois como já tenho ponderado, ele pediu a Deus tão-somente sabedoria para
reinar de maneira justa.
155
Salomão sem o saber foi usado tremendamente
por Deus (o livro de Eclesiastes mostra
isto) para deixar claro, para todos nós, os Jabez de hoje que se dizem servos
do Senhor Jesus, simplesmente, que tudo é vaidade! Vaidade esta, que ele repete
vinte e nove vezes nesse seu livro; e que para você entender melhor o que seja
isto; primeiro leia todo o livro de Eclesiastes,
e quanto à carga etimológica ─ o que Salomão quer dizer efetivamente quanto a
vaidade ou o real valor que ele dá ao termo vaidade ─; poderia ser simplesmente: Não adiantou
nada, tudo isto foi bobagem e efemeridade ou exatamente o que o Senhor Jesus
declara enfaticamente em Lucas 12:19-21.
156
Meu querido irmão em Cristo, e também você
que ainda não o aceitou como salvador; reprove e não permita que a
sua mente seja contaminada pelo amor ao mundo e o que no mundo há, não se
deixe envolver por esses que pregam o prosperar neste mundo como regra básica
de relação com Deus, e ainda mais, seja inteligente e também não aceite que
líderes se apresentam para você como os reais procuradores de Deus (esses são os
mercenários de João 10. 10-14); para recebem o seu dinheiro e viabilizar
através disso, que Deus venha lhe abençoar.
157
Para que você possa entender e
compreender me apoiar, nessa nossa caminhada séria que tenho proposto quanto o
melhor estudar a Bíblia, transcrevo a seguir parte do meu segundo livro, A Noiva
Aprovada por Ele... Início da
transcrição. A questão objetiva, é
que de fato, não há por parte da maioria dos crentes o desejo da volta do
Senhor Jesus, ou literalmente, o que existe na mente da maioria dos que se
dizem crente, é um grande amor pelo mundo, e o “tudo de bom” que ele possa
oferecer... Não estou defendendo a tese
masoquista; que não devamos buscar ser felizes, de não caminhar na busca
de nos aperfeiçoarmos (estudar), enfim, de não querer progredir; não, não é
assim. Só que o buscar isto, deve ser a conseqüência do ter Deus em primeiro
lugar.
NÃO DEVEMOS AMAR O MUNDO
158
Nesse entender o amor pelo mundo, o
Senhor Jesus informa de maneira clara e objetiva, como avaliar e proceder em
relação a esse assunto; e o faz, através de Mateus 6:33 ─ Mas buscai primeiro o
reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.
159
O amar ao mundo, é algo muito sério,
pois assim temos agido sem nos darmos conta de tal procedimento; e é fácil constatar isto
através da vida e do posicionamento da grande maioria dos crentes e
principalmente de muitos púlpitos (lideranças), que só falam de benção e da
busca de um mundo de paz, saúde, felicidade e prosperidade; que motivou João
(lá no passado), a advertir aos irmãos daquela época, e profeticamente também a
nós, quando diz em I João 2:15-17 ─ Não ameis o mundo, nem o que há no mundo.
Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo que há no
mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da
vida, não vem do Pai, mas sim do mundo. Ora, o mundo passa, e a sua
concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para
sempre.
160
Essa fora (sentimento anterior a era da
graça) a postura e expectativa das pessoas, conforme nos diz o Senhor Jesus:
Porquanto assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e
davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Essa também foi a
postura e expectativa de muitos crentes no passado (na época de João), pois ele
disse: Não ameis o mundo, nem o que há no mundo... Será que essas advertências,
não têm nenhum sentido para nós hoje, ou será que temos crido em vão, ou ainda;
o nosso Jesus é lenda judaica de religião que todo ser humano deve ter, ou a
grande realidade, é que verdadeiramente ama-se muito mais a esse mundo?
161
Agora
caminhando efetivamente no que Paulo nos ensina sobre a maravilhosa volta do
Senhor Jesus; que segundo ele seria motivo de tristeza, se assim não fosse
acontecer; pois diz em I Tessalonicenses 4:13-14 ─ Não queremos, porém, irmãos,
que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais
como os outros que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e
ressurgiu, assim também aos que dormem, Deus, mediante Jesus, os tornará a
trazer juntamente com ele. Paulo, que escreve esta carta aos tessalonicenses
depois de uma visita de Timóteo a eles, constata (assim está reproduzido nestes
dois versículos) que os irmãos de Tessalônica estavam preocupados com a questão
arrebatamento; o que devia ser motivo de vergonha para nós hoje, pois já
passados dois mil anos, a maioria de nós não têm tido a mesma preocupação, que
Paulo esclarece no texto acima haver entre aqueles irmãos... A riqueza de
informação feita por Paulo aos tessalonicenses é tão objetiva e esclarecedora
que vou reproduzir o texto nas suas melhores informações, I Tessalonicenses
4:15-18 ─ Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor; que nós, os que
ficarmos vivos para a vinda do Senhor, de modo algum precederemos aos que já
dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com grande brado, à voz do
arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão
primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com
eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre
com o Senhor. Também I Tess. 5:1-6 ─ Mas, irmãos, acerca dos tempos e das
épocas não necessitais de que se vos escreva; porque vós mesmos sabeis
perfeitamente que o dia do Senhor virá como vem o ladrão de noite; pois quando
estiverem dizendo: Paz e segurança! Então lhes sobrevirá repentina destruição,
como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão. Mas
vós, irmãos, não estais em trevas, para que aquele dia, como o ladrão, vos
surpreenda; porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos
da noite nem das trevas; não durmamos pois, como os demais, antes vigiemos e
sejamos sóbrios.
162
Lindo e maravilhoso esse texto da carta
de Paulo aos tessalonicenses e também muitíssimo esclarecedor; que nos leva a
ponderar, que é difícil de entender, como hoje há tanta ignorância sobre o
arrebatamento; se os textos na Bíblia são riquíssimos em ensinar sobre esse
assunto; tanto que na primeira carta de Paulo aos Coríntios (todo o capítulo
quinze), ele pormenorizadamente fala sobre ressurreição e arrebatamento, como
ele já havia ponderado aos tessalonicenses.
EPICURISMO GOSPEL OU AMOR PELO
MUNDO
163
Paulo, nesta primeira carta aos
coríntios, fala de maneira veemente aos de Corinto, pois de fato,
diferentemente dos de Tessalônica, os de Corinto tinham dificuldade de crer na
ressurreição, e entre eles havia pessoas com forte tendência da filosofia
epicurista (tudo termina na sepultura), porquanto Paulo, nos versículos 32 e
33, bate nessa deformação e é veemente quanto a isto ─ Se como homem, combati
em Éfeso com as feras, que me aproveita isso? Se os mortos não são
ressuscitados, “comamos e bebamos, porque amanhã morreremos”. Não vos enganeis.
As más companhias corrompem os bons costumes. O que Paulo critica e busca
informar ao dizer; comamos e bebamos, porque amanhã morreremos, é que essa
expressão corresponde a uma “máxima” ou chamamento, ou ainda uma identificação
quanto a esta filosofia epicurista de viver, que contempla buscar atender tudo
o que nos possa dar prazer (em todos os sentidos, dependendo do padrão moral de
cada um), no que, essa filosofia nega a vida pós morte (principalmente a
ressurreição) e em conseqüência, aponta o buscar ter saúde, ser feliz, ser
próspero e perseguir todos os prazeres; sejam: O do poder, o gastronômico ou o
sexual, porquanto aproveitemos a vida porque em breve morreremos.
164
Embora essa filosofia (o epicurismo)
tenha sido fundamentada por Epicuro (310-270 a.C.), essa idéia já estava
presente até mesmo no povo a muito tempo, conforme Isaías 22:13, a cerca de
setecentos anos antes de Cristo ─ que é a máxima reproduzida por Paulo
acima ─, e quanto a máxima do epicurismo
ela é: coroemo-nos de rosas enquanto elas não murcham. Possivelmente, alguns se
escandalizarão com o que estou dizendo, e outros dirão veementemente que
decididamente não praticam isto... Será que de fato estamos sendo sinceros e
coerentes (para com os outros) com o que está dentro de nós e principalmente
com Deus, porquanto a linha que divide o legítimo direito de buscar progredir e
ser feliz e o efetivo buscar a Deus em primeiro lugar é muitíssimo tênue e
frágil, na qual, a definição quanto a isto passa invariavelmente por uma
confissão sincera que façamos a nós mesmos, e com a ação plena do Espírito
Santo do Senhor... Digo que é necessário a priori uma avaliação introspectiva e
a nossa confissão verdadeira; porque a maioria de nós somos bombardeados pela
mídia e várias igrejas que insistem (e confesse que você tem aceitado isto)
nessa heresia epicurista do Deus provedor do baú da felicidade, quando
dificilmente se conseguirá abrir espaço para a atuação do Espírito Santo,
porque na realidade não estamos interessados em permitir que Deus faça a sua
vontade em nós e no nosso conseqüente
proceder.
165
Essa questão de buscar a plenitude do
viver (que é legítima, quando na visão de prioridades estabelecida por Deus), é
de fato muitíssimo importante e também muito oportuno que se discuta isto
exaustivamente; porque é exatamente isto que comercialmente nos é ensinado de
maneira ostensivamente alienante através da mídia e de lideranças sem
compromisso efetivo com a Palavra de Deus, e sim do enriquecer-se com o
dinheiro dos crédulos inocentes.
166
Paulo nesse extenso texto do capítulo
quinze da sua carta aos de Corinto, mostra de maneira contundente (assim o
Senhor o inspirou, para que essas ponderações chegassem até nós, hoje) o perigo
dessa visão carnal, que infelizmente tem contaminado a muitos que dizem que
amam ao Senhor Jesus e desejam a sua volta... Quando de maneira incisiva nessa
preocupação ele, na menção ao epicurismo é irônico, e aqui, sobre o efetivo
amar o mundo, é até provocativo,
conforme I Coríntios 15:17-19 ─ E, se Cristo não foi ressuscitado, é vã a vossa
fé, e ainda estais nos vossos pecados. Logo, também os que dormiram em Cristo
estão perdidos. Se é só para essa vida que esperamos em Cristo, somos de todos
os homens os mais dignos de lástima.
167
Irei concluir sobre o capítulo quinze
dessa primeira carta de Paulo aos coríntios mais a frente; porquanto entendo a
necessidade de ponderar mais sobre essa questão que agora chamarei
pejorativamente de epicurismo gospel; a
qual corresponde a essa busca frenética da maioria dos evangélicos, quando em
primeiro lugar, se busca; paz, saúde, felicidade afetiva, afastamento dos
inimigos e a procurada e muito desejada prosperidade financeira.
168
Se formos pesquisar e avaliar os
componentes da filosofia de Epicuro (341-270 a.C.) constatar-se-á que ela é
exatamente essa visão do evangelho cujo Deus e o Deus provedor de todas as
coisas aqui neste mundo, que é literalmente amar o mundo e também a filosofia
epicurista... O epicurismo contempla (com já informei) o buscar satisfazer os
anelos que julgamos irão nos dar prazer no nosso viver enquanto seres humanos;
sendo essa visão mais atenuada, a que tem conseguido contemporização dos
“evangélicos”; mas epicurismo é epicurismo, que dependendo do padrão moral do
epicurista, há a liberdade de satisfazer-se no que ele ache que é bom e
prazeroso, sendo esse o apelo maior dessa filosofia no decorrer da história.
169
Não sei se você observou, que a base do
epicurismo é o não acreditar na vida pós morte, conseqüentemente também não
aceitar a ressurreição, daí, não existir a possibilidade do epicurismo gospel
(que é uma provocação pejorativa minha); tão praticado hoje pelos evangélicos;
que também tem outro complicador; que é a avidez pela prosperidade financeira;
que corresponde literalmente à adoração de Mamon o deus da riqueza.
O AMOR AO QUE É MATERIAL
170
Paulo diz no versículo dezenove
que ─ Se é só para esta vida que esperamos em
Cristo, somos de todos os homens os mais dignos de lástima; entretanto parece
que essa palavra não encontra eco nos nossos ouvidos, pois convivemos
tranqüilamente em assim fazer, e o pior é que defendemos veementemente que isto
tem respaldo bíblico... Definitivamente entendo que estamos no limiar da volta
do Senhor Jesus, pois essa atitude se ajusta plenamente com o que Paulo diz em
I Timóteo 6:9-10 - Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em
muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína
e na perdição. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e nessa
cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas
dores. Ainda também o texto de II Timóteo 4:2-4 - Prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo,
admoesta, repreende, exorta, com toda a longanimidade e ensino. Porque virá
tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir
coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos,
e não só desviarão os seus ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas.
171
Conforme Paulo conclui (aqui profetizando
que isto também aconteceria hoje, no nosso tempo), e o Senhor Jesus já havia
dito que ninguém pode servir a dois senhores... É claro que se alguém tem em
seu coração o ávido desejo de ficar rico e gozar dessa riqueza em toda a sua
plenitude; com certeza não haverá lugar no coração dessa pessoa para amar a
Jesus e desejar a sua volta; sendo que ainda existe uma possibilidade
indesejável e muito grave que é a morte prematura dessa pessoa, que Jesus
adverte quanto a ela em Lucas 12:19-21 ─ e direi a minha alma: Alma tens em
depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe, regala-te. Mas
Deus lhe disse: Insensato, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens
preparado, para quem será? Assim é
aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.
172
Seguindo a linha de raciocínio
percorrido por nós até agora, também considerando objetivamente, que nós
crentes no Senhor, temos tido uma dificuldade muito grande em aceitar e viver
segundo o verdadeiro Evangelho do Senhor Jesus; onde, quando e no que (como já
disse), estamos literalmente agindo segundo essa profecia de Paulo escrevendo a
Timóteo; na qual ele diz que nos últimos tempos (nós estamos vivendo os últimos
tempos), os crentes não suportariam a sã doutrina, e teriam o desejo de ouvir
coisas agradáveis e ajuntariam para si mestres segundo esses desejos... Não é
exatamente isto que estamos vendo?.. Pastores que abandonam os verdadeiros
ensinamentos da Palavra de Deus, e falam exatamente aquilo que as pessoas
querem ouvir; para lhes serem agradáveis e torná-las receptivas ao controle das
suas lideranças; sendo que não sou eu que estou criando isto, e sim
reproduzindo o que Paulo profetizou a cerca de dois mil anos por meio da sua
segunda carta a Timóteo (II Timóteo 4:3).
173
Antes da hegemonia (supremacia) romana,
tivemos a hegemonia do Império Grego Macedônio; que foi o maior momento e
também o motor de aceleração da evolução cultural da humanidade... É nesse
berço cultural que a filosofia passa efetivamente a existir; sendo que algumas
delas (embora algumas tenham se comprovado cientificamente) acabaram se
contrapondo às verdades do Evangelho; como no caso do gnosticismo (combatido
veementemente por João) e o epicurismo, que é uma séria heresia, que foi até
absorvida pelos saduceus (combatido por Paulo, e que estou apreciando).
174
Com relação ao epicurismo e ao que a
sua construção filosófica projeta, devemos considerar que essa filosofia ou
idéia contempla o anseio de sobrevivência e o desejo de prazer humano (Freud
que o diga detalhadamente); entretanto, isto colide de alguma forma com os
ensinamentos do Evangelho que é basicamente o viver plenamente (abundantemente)
a vida eterna pós-ressurreição; que mostra a vida aqui no mundo como
circunstancial e passageira (não estou dizendo que a bíblia estabeleça o
masoquismo como regra) e com a visão de ter a Deus em primeiro lugar.
175
Não é improcedente essa minha pequena
ponderação sobre essa questão filosófica, porquanto o procedimento da maioria
dos crentes contemporâneos é exatamente o de um epicurista (possivelmente de
maneira inconsciente ou por total ignorância bíblica); que coloca a Deus em
segundo plano, e tudo o que o mundo possa oferecer, em primeiro lugar; e pasmem!
Tudo isto é avidamente pedido a Deus em nome do Senhor Jesus... Daí, essas
ponderações me deram o direito de dizer que o que é praticado hoje pela maioria
dos crentes, sem sombra de dúvidas é literalmente o que se pode chamar de epicurismo
gospel.
176
Voltemos agora ao capítulo quinze da carta
de Paulo aos coríntios; na qual ele fala de maneira veemente sobre ressurreição
e do maravilhoso evento do arrebatamento da Igreja. Nos cinqüenta e oito
versículos do capítulo quinze da carta de Paulo aos coríntios, ele fala
especificamente do assunto ressurreição
e do arrebatamento, no qual, ele trabalha isto com pormenores e ênfases quanto
a constituição dos corpos dos que ressuscitarão e depois quanto ao momento em
que se dará o evento do arrebatamento. Como já disse o texto se constitui em
cinqüenta e oito versículos, portanto extenso, todavia sugiro a sua leitura total
com calma e interesse espiritual.
177
Para concluir sobre o texto da primeira
carta de Paulo aos coríntios capítulo quinze, vou reproduzir o texto de I
Coríntios 15:50-52 ─ Mas digo isto, irmãos, que a carne e o sangue
não podem herdar o reino de Deus; nem a corrupção herda a incorrupção. Eis aqui
vos digo um mistério; nem todos dormiremos mas seremos transformados, num
momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a
trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos
transformados. Após falar do arrebatamento nesses versículos, ele continua a
discorrer sobre a vitória sobre a morte (ressurreição), e por fim, ele conclui
que todas essas informações sobre ressurreição e arrebatamento, deviam servir
de conforto e estímulo para continuarem a levar avante a obra do Senhor,
conforme I Coríntios 15:58 ─ Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e
constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho
não é vão no Senhor.
178
Você que está efetivamente envolvido
com os trabalhos da sua igreja e que também é parte integrante dos que
trabalham em encontro de casais; já conhece de cor esse versículo (o acima)
cinqüenta e oito do capítulo quinze da carta aos coríntios, pois ele é sempre
citado, com a função de incentivar o trabalho dos irmãos... Esse texto, na carta de Paulo, tem também a função
de incentivo ao trabalho na causa de Deus; só que, o motivo apontado por Paulo
para incentivar os irmãos de Corinto e também a nós hoje, é o fato que assim
como o Senhor Jesus ressuscitou, nós também ressuscitaremos para sermos
arrebatados, sendo isto um ótimo motivo (segundo Paulo) para trabalharmos com
todo afinco na sua obra. Fim da transcrição.
179
Creio que após todas as minhas
considerações sobre a oração de Jabez, sua improcedência como exemplo a ser
seguido; e até a heresia de se recitar essa ou aquela oração como uma espécie de
receituário já pré-aprovado ─ valendo o que estamos dizendo, também para a
oração de Salomão e de igual modo para a oração do Pai nosso, cuja importância
consiste nos princípios contidos nela, como expliquei no início. Consideremos agora
que a primeira coisa mais importante na oração que qualquer um de nós possa
fazer; será o de ter nela o contorno e a qualidade da nossa atitude com relação
ao Deus, Pai e o Seu Filho, o Senhor Jesus; essa mesma grandeza e qualidade
deverão estar contidas na nossa oração e principalmente com os nossos anseios,
objetivos e com nossas palavras, e não as de Salomão e de maneira nenhuma as de
Jabez ou de outros que pensem como ele pensou.
180
Finalizando este livro, quero pedir a
você que esqueça a oração de Jabez, consequentemente do seu conteúdo, e se você
não conseguir esquecê-la, lembre-a como exemplo que não deva ser seguido;
lembre, sim, da oração de Salomão, entretanto não a recite, e sim considere que
Deus aprova de maneira clara o pedir sabedoria; inclua isto nos seus pedidos,
mas faça-os com as suas palavras e as expectativas do seu coração, porquanto
oração é exatamente isto: falar com Deus.
JORGE
VIDAL
GLOSSÁRIO
181
CONCOMITÂNCIA DO CONTRADITÓRIO:
(neologismo meu) É a responsabilidade, de ao se interpretar um determinado
texto; também expliquemos o que lhe é aparentemente contrário. Na prática
eqüivale a estudar o que queremos fundamentar, e ao mesmo tempo preocupemo-nos
com a elucidação do contraditório. Dessa valorização do contraditório; que é na
realidade o ponto de apoio para uma interpretação correta, resulta dizer; “do”
(e não com o ou a o, como seria correto) contraditório, como se subordinássemos
o que queremos fundamentar ao ter que também explicar o aparente contraditório.
182
EXEGESE: É explicar, interpretar,
detalhar, ou mais especificamente (se levarmos em conta a maneira exacerbada
como é valorizada hoje), seria até próprio dizer que “exegese é a filosofia do
texto”.
183
EPICURISMO: Filosofia sistematizada por
Epicuro (310-270 a.C.) na Grécia, que consistia a priori na negação da vida pós
morte; quando se deve buscar viver a plenitude da vida e os seus prazeres... Paulo
escrevendo aos de Corinto ─ em todo capítulo quinze, se contrapõe a essa
filosofia, e especificamente no versículo trinta e dois, ele cita uma das
máximas dessa filosofia, que é: Comamos e bebamos porque amanhã morreremos
(sendo essa máxima anterior a Epicuro e popular entre o povo judeu, pois é
citada no livro de Isaías 22:13, 760-698 a.C.); também a genuinamente grega:
Coroemo-nos de rosas enquanto ela não murcham. Esta filosofia é o que hoje
chamamos popularmente de materialismo, e é também um verdadeiro contraponto à
doutrina do Evangelho do Senhor Jesus, que contempla a ressurreição e a vida
eterna como regra básica.
184
HERMENÊUITICA (do grego ερμηνεύω,
interpretar): É a arte ou habilidade (não ciência) de interpretar textos
antigos; quando se recorre a várias fontes, históricas, arqueológicas e
científicas; contemporâneas ou não, que de alguma forma tragam
insofismavelmente ajuda ao melhor construir a verdade sobre o texto. Dentro do
direito em suas várias áreas (também em investigações policiais), a
hermenêutica é um instrumento indispensável na elucidação de questões
importantíssimas.
185
MIDRASH (busca, procura): É a técnica
ou método de exegese e homilética desenvolvido pelos rabinos judeus, que
consiste em aglutinar textos de obras diferentes, dos mesmos ou outros autores
bíblicos; onde resultaria dessa aglutinação uma nova obra com construção
pedagógica objetiva de uma informação ou ensinamento que se busca transmitir. Essa
construção, que usa parte de textos específicos ou não; com relação ao que se
pretende construir ao final, o novo texto (da construção do midrash) se torna
pleno e enxuto sem interferência das partes dos textos que o compõem,
entretanto, toda a força e credibilidade estarão nos textos que lhe foram
emprestados. No midrash podem estar presentes diversos midrashim.
BIBLIOGRAFIA
ARRUDA, José Jobson de Andrade. História Antiga e Medieval, São Paulo, Ática, 1976.
BOYLER, Orlando. Pequena
Enciclopédia Bíblica. Imprensa Metodista, São Paulo, 1970.
COMBY, Jean e
Jean-Pierre Lemonon. Roma em face a
Jerusalém. Edições Paulinas. São Paulo, 1987.
COMBY, Jean e
Jean-Pierre Lemonon. Vida e Religião no
Império Romano. Edições Paulinas. São Paulo, 1988.
D, Ana e Dr. S.
L. Watson, Conciso Dicionário Bíblico,
ilustrado, traduzido e ampliado. 23a Ed., Imprensa Bíblica
Brasileira, 1994.
GUNDRY, Roberto. Panorama do Novo Testamento. Editora Vida Nova. São Paulo, 1981.
GUSDORF, Georges.
Mito e Metafísica. Tradução de Hugo di Prímio Paz. São Paulo. Editora Convívio.
São Paulo, 1979.
MC DANIEL, G. W. As Igrejas do Novo Testamento. Tradução de F. M. Edwards. Quinta Edição, Rio de
Janeiro. Junta de Educação Religiosa Publicações, 1989.
POTTER, Charley
Francis. História das Religiões. Trad. J.
Sampaio Ferraz, São Paulo, Ed. Universitária 1944.
TELES, Antônio
Xavier. Psicologia Moderna. Ática,
São Paulo, 1975
TELES, Antônio
Xavier. Introdução ao Estudo de
Filosofia. Antônio 16a Ed. Xavier Teles - 16a ed. rev. e aum., São Paulo, Ática, 1979.
VIDAL, Jorge. Ceia, sim! Cruz, não!. Jorge Vidal. Rio
de Janeiro, Líteris Ed. KroArt, 2003.
Outros
BÍBLIA SAGRADA
TEXTO DA CONTRA CAPA (sinopse)
Este livro, a Oração de Jabez e a Oração de Salomão é de fato um contraponto à
maneira como é interpretada e usada a oração de Jabez...
Neste trabalho, que é o meu quarto livro, buscarei de
maneira coerente (como foi nos trabalhos anteriores) o aprofundamento bíblico
necessário, quando se quer ser efetivamente útil no motivar que se busque o
estudo sério da Bíblia. E estou certo que este pequeno livro trará informações
que você nunca imaginou que lhe interessariam; também chamará a sua atenção
para uma melhor avaliação do que qualquer um de nós (os autores como eu e até
mesmo os leitores), nós os que buscamos influir como formadores de
opinião; também se motivará maior
cuidado quanto à questão de interpretação de textos bíblicos (hermenêutica),
que neste meu trabalho é estimulado de maneira didática.
Como disse, este livro é uma avaliação
da oração de Jabez, e por conseqüência, um estudo de como melhor entender o que
o texto sagrado ensina sobre oração; que é esse nosso falar com Deus, que está
sendo muito deturpado nos dias de hoje.
Acredite que após lê-lo, em muito a sua
vida será edificada e a motivação advinda desse trabalho sério, como já disse,
lhe será muito útil.
O autor
ENDEREÇOS DOS BLOGS
A DOUTRINA
DA TRINDADE É HERESIA II E O MANDATO DE JESUS
CARTA
ÀS INSTITUIÇÕES E AUTORIDADES
O QUE É O PLC 122 OU A DITA
LEI HOMOFÓBICA? (sinopse do anterior) www.sinteserespeitoejustica.blogspot.com
O DITO CASAMENTO
GAY, A ADOÇÃO E O ENSINO HOMOSSEXUAL NAS ESCOLAS
CARTA ABERTA AO
EXCELENTÍSSIMO SENADOR PAULO PAIM SOBRE O PLC 122
NÃO EXISTE, ABSOLUTAMENTE,
ORIGEM GENÉTICA DO
HOMOSSEXUALISMO
ESTATUTO DA HOMOSSEXUALIDADE OU ESBOÇO
DE SUGESTÃO À FEITURA DE
LEI SOBRE O ASSUNTO
A DOUTRINA DAS IDÉIAS E/OU A
IDÉIA QUE SE TEM DAS PALAVRAS ─ MEU OITAVO SOBRE HOMOSSEXUALIDADE
A LEI SECA E SUAS CONTROVÉRSIAS DITAS LEGAIS, E PAI OU
MÃE SÃO LEGALMENTE SOMENTE UM ─ www.leialcoolemiaseca.blogspot.com
DEMAIS
BLOGS
SEXO ANAL NO
CASAMENTO É PECADO?
EXISTE
MALDIÇÃO HEREDITÁRIA? (inclui um estudo sobre crimes dolosos contra a vida) ─ www.maldicaosatanasepessoas.blogspot.com
SÓCRATES VERSUS PLATÃO
VERSUS MACHADO VERSUS O AMOR www.socratesplataomachado.blogspot.com
Sobre o amor
Eros (lesbianismo, pederastia e o heterossexual) nas obras Fedro e O Banquete de
Platão, e Machado de Assis, a obra Dom Casmurro, que é também sobre o amor
(heterossexual); Estudo este, com intrínseca relação com o PLC 122 no que tange
ao amor Eros.
DOUTRINA
DA ILUMINAÇÃO DIVINA E PREDESTINAÇÃO ABSOLUTA VERSUS LIVRE-ARBÍTRIO
www.iluminacaodivinaepredestinacao.blogspot.ccm
IGREJA
MIL
MEMBROS OU O
EVANGELHO HORIZONTAL (+ sete fragmentos: sinopse sobre
Escatologia) ─ www.igrejamilmembros.blogspot.com
O
DÍZIMO II OU QUERO A BENÇÃO E FICAR RICO
A
NECESSÁRIA TEOLOGIA CRISTOCÊNTRICA DAS CITAÇÕES E EVENTOS DO ANTIGO TESTAMENTO
E DO EVANGELHO ─ www.esdraseneemias.blogspot.com
CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE O ESPIRITISMO NA VERTENTE SEGUNDO ALLAN
KARDEC
A DOUTRINA DA TRINDADE É HERESIA - - - THE DOCTRINE OF THE TRINITY IS HERESY
FINAL
I
Esse é o meu décimo Blog, de uma
série de muitos outros sobre vários assuntos que pretendo postar. Sendo o
seguinte a ser postado (o décimo primeiro), cujo Tema ainda não defini, se
sobre a TRINDADE ─ entendida e estudada no decorrer da história
como tri-unidade ─, o ESPIRITISMO ou DÍZIMOS. Com relação aos meus Blogs já
existentes e os futuros quando forem postados. A maneira mais fácil de
acessá-los é a de estando em qualquer um deles; com um clique no link perfil geral do autor (abaixo do meu retrato), a lista de todos os
Blogs aparecerá, bastado para acessar cada um clicar o título correspondente.
FINAL
II
Quanto ao conteúdo do
Blog anterior, deste e dos futuros; no caso do uso de parte das informações dos
mesmos; peço-lhe, usando a mesma força de expressão usada nos Blogs anteriores:
Desesperadamente me dê o devido crédito de tudo o que for usado não
tão-somente em função do direito autoral, mas, para que, por meio da sua citação, o anterior,
este, e os futuros sejam divulgados por seu intermédio de maneira justa e de
acordo com a lei.
Jorge Vidal Escritor Batista
autodidata
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