sábado, 12 de abril de 2014



Este livro  ─ aqui transformado em Blog ─, é um objetivo contraponto ao vício cultural de valorizar essa ou aquela oração, como que, uma espécie de instrumento validador do certo atendimento da parte de Deus para tudo aquilo que desejamos.



AGRADECIMENTO


Aproveito de igual modo, para agradecer de todo meu coração à forma receptiva e carinhosa como os meus atuais treze Blogs (agora catorze) de estudos estão sendo visitados por milhares de pessoas no Brasil, e em mais vinte e sete (27) países ─ alguns dos Temas, mais visitados no exterior do que no Brasil. Isto enseja o meu muito obrigado, e ouso ainda lhes pedir mais, que divulguem esses meus estudos sobre Temas (assuntos) específicos, porquanto, como pode ser constatado nos mesmos, eles foram e são produzidos com a máxima seriedade na direção de ser útil a todos nós seres humanos... Também lhes informo que estou aberto às contestações sérias que visem ajudar esse intercâmbio de idéias e conseqüentemente a todos nós como indivíduos... Para acessar os demais, dos atuais catorze Blogs, clique no link perfil geral do autor (abaixo da minha foto) e a lista aparecerá, bastando clicar no título de cada um para acessá-lo. 

 


CONSIDERAÇÕES INICIAIS

 

Nos Estudos que tenho postado sobre Teologia é fácil constatar a minha preocupação com a correta interpretação e aplicação do que se estuda na Bíblia. Nesta visão e entendimento tenho buscado Temas (assuntos), que, ao meu juízo, possa vir interessar aquelas pessoas afeitas a informações bem fundamentadas e tratadas com o máximo de seriedade... No caso especifico desse estudo: A ORAÇÃO de JABEZ e a ORAÇÃO DE SALOMÃO; tive inclusive, que fazer até detalhamentos sobre genealogias; coisa essa que imaginava nunca ser necessário ter que fazê-lo.

Aí está este trabalho, que é exatamente a transcrição deste pequeno livro que pretendia editar; colocado aqui na sua real diagramação, para que ao ler este meu décimo Blog se tenha a sensação de estar de fato lendo este meu livrinho.    

      

A ORAÇÃO de JABEZ e a ORAÇÃO de SALOMÃO


                                                       SUMÁRIO


Prefácio .................................................................................................

Apresentação .........................................................................................

Preâmbulo ....................-....................
1 ─ Nós amamos a nós  mesmos sim

Capítulo I ─ A oração de Jabez ................
1 ─ A questão Simetria de Sistematização
2 ─ Isto é Simetria de Sistematização ......
3 ─ Genealogias e Descendências ...........
4 ─ O valor do que é Bíblico I ................
5 ─ O nosso Egoísmo .............................

Capítulo II ─ A Oração de Salomão .......
1 ─ A Sabedoria que Vem de Deus ........
2 ─ O Valor do que é Bíblico II .............
3 ─ A Sabedoria como alegoria de Jesus
4 ─ A Benção em ter Deus em primeiro lugar
5 ─ Não Devemos Amar o Mundo ................
6 ─ Epicurismo Gospel ou Amor pelo Mundo
7 ─ O Amor ao que é Material .......................




A ORAÇÃO de JABEZ e a ORAÇÃO de SALOMÃO



                                             APRESENTAÇÃO

1
         Este pequeno livro, não é exatamente um contraponto à oração de Jabez, mas é sim, um chamamento de atenção quanto à sua interpretação e o valor que lhe é creditado, principalmente quanto às conseqüências dessa valorização, como temos visto e ouvido sobre essa oração de pouquíssimo valor, em todos os lugares.

2
         A questão estudo bíblico é uma coisa muitíssimo importante; para a qual, as lideranças evangélicas não têm dado a devida atenção e importância no que se diz respeito às conclusões que se podem tirar do que se lê e estuda sobre o texto sagrado. Sem estar dizendo que se devam estabelecer dogmas; todavia todos nós que professamos o nome do Senhor Jesus; temos a responsabilidade de buscar influir de alguma maneira (com toda a sinceridade de um estudo guiado pelo Espírito Santo do Senhor) na construção e conclusão de interpretações para assuntos ligados ao estudo de textos bíblicos, que sejam verdadeiramente o que o Senhor quer nos informar.

3
         Isto efetivamente quer dizer, que temos compromisso com a verdade das Escrituras quanto ao que é informado por qualquer um de nós, ou seja, esse nosso compromisso e responsabilidade correspondem exatamente ao que nos é ordenado pelo nosso Senhor e salvador Jesus Cristo, quando nos diz, conforme escreveu Mateus 28:19:20    Portanto ide, fazei discípulos de todas as nações, batizando-os em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo. Ensinando-os a observar todas as coisas que eu vos tenho mandado; e eis que estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos.

4
         O texto acima do final do Evangelho de Mateus informa de maneira muito clara, que o Senhor Jesus manda irmos e anunciarmos a salvação e a vida eterna em seu nome, e “que também ensinemos tudo sobre as Escrituras conforme o seu mandado”.   

5
         Não querendo ser repetitivo; mas já o sendo: temos o mandado, o compromisso e a responsabilidade de pregar e ensinar a Palavra maravilhosa do Senhor; que neste pequeno livro, o farei sobre o assunto oração, que neste fazer teremos como base: a oração de Jabez e uma do rei Salomão (a primeira feita no início do seu reinado).

                                                                                                                                       O autor



             
A ORAÇÃO de JABEZ e a ORAÇÃO de SALOMÃO

                                      
PREÂMBULO

6
         Todos nós sabemos que nos textos bíblicos, orar significa literalmente falar com Deus... Todavia, muitos de nós não sabemos exatamente o que é falar com Deus, ou pior ainda, não buscamos tomar consciência de que devemos como prioridade, e também com racionalidade e sabedoria, estabelecer essa comunicação com Deus, nesse nosso falar com Ele, em nome do seu Filho, o Senhor Jesus.

7
         Ainda com relação a oração ou o falar com Deus, há que se considerar que podemos dizer muitas coisas nessa nossa oração (como considerei acima), “que é, em última análise,  o simplesmente falar com Ele”...

8
Ostensivamente temos sido ensinados, que orar é pedir alguma coisa a Deus, e em alguns casos (como é ensinado por certas lideranças), devemos determinar e exigir; que aquilo que estamos querendo tem que acontecer, pois o que estamos exigindo é em nome do Senhor Jesus.

9
         Nesta visão do “deus provedor de todas as coisas”, é enfatizada a fé (que de fato é o primeiro pressuposto para chegarmos a Deus, conforme Hebreus 11:6), que biblicamente é exigida nessa nossa relação com Ele. O ruim é  que a partir desse início de caminho correto, enveredam por posturas e reivindicações que nada têm  a ver com o que o texto bíblico ensina e efetivamente com as coisas concernentes a Deus e a sua vontade.

10
         Como disse, a maioria de nós têm priorizado nesse falar com Deus chamada oração: Pedir, pedir e pedir; quando o que nos é ensinado pelo Senhor Jesus sobre oração; é que antes de tudo (nesse nosso falar com Deus), reconheçamos a Sua soberania: Pai nosso que estais nos céus; desejemos que Ele exerça sobre nós o seu domínio e que sejamos seus servos: Venha a nós o teu reino; a despeito do tenhamos pedido ou venhamos pedir ou ainda, do que venha a acontecer em nossa vida: Seja feita a tua vontade, assim na terra como no céu; considerando o que Jesus veio a dizer neste mesmo capítulo (Mateus 6:25), não estejamos solícitos quanto ao que havemos de comer ou vestir, mas peçamos a Ele: O Pão nosso de cada dia danos hoje; que possamos considerar em nossas mentes; que antes de pedirmos perdão a Deus, devemos perdoar àqueles que nos ofenderam, para que possamos ser perdoados: E perdoa-nos as nossas dívidas, assim como temos perdoado aos nossos devedores; antes de pedirmos que o Senhor nos livre do mal, tenhamos a preocupação de pedir que Ele nos ajude a não praticarmos o mal: Não nos deixe entrar em tentação, mas livrá-nos do mal.

11
         Há muitos livros escritos sobre oração; que abordam várias questões sobre o assunto... Buscarei (como já expliquei no texto da apresentação) abordar ou efetivamente estudar, do ponto de vista genuinamente bíblico a oração de Jabez, comparando-a a de Salomão... Também, o meu balizamento (ou a maneira como nortearei esse estudo ou comparação), estará a todo o tempo sendo medido pelo padrão estabelecido pelo Senhor Jesus na oração modelo do “Pai Nosso” (reproduzida acima em fragmentos de compatibilidade de assuntos) e outras  vertentes quanto a oração (falar com Deus) que foram proferidas por Jesus durante o seu ministério e também pelos seus discípulos, e de igual modo a primeira oração de Salomão.

12
         Nós seres humanos somos muito egoístas... E não há momento mais revelador dessa nossa tendência, senão o momento em que estamos orando; pois até o motor motivador da nossa oração (querer falar com Deus para pedir alguma coisa) é egoísta, pois só nasce a partir do entender que necessitamos ser socorrido, dificilmente para agradecer e em ato de adoração.

 



NÓS AMAMOS A NÓS  MESMOS  SIM


13
         Há coisas maravilhosas no saber e nas ciências, principalmente na psicologia (a qual amo muito, e sempre dela falo); que quando inconseqüentemente são mescladas com conceitos e ensinamentos do Evangelho, produzem heresias e absurdos que até a filosofia não consegue construir argumentos plausíveis para as tais; isto acontece quando lideranças que praticam esse negócio chamado cura interior, dizem que para se amar ao próximo, é necessário que tenhamos amor a “nós mesmos primeiro”... Heresiazinha absurda essa!.. Não há precedente em nenhum texto bíblico para isto, porquanto o que o Senhor Jesus ensina de maneira categórica, é que nós os seres humanos somos por natureza egoístas, ou seja, todos nós amamos ardorosamente a nós mesmos em detrimento de outrem; por esse motivo o Senhor Jesus nos manda amarmos ao nosso próximo como a nós mesmos. Sendo que este entendimento e ordem já faziam parte da lei, conforme Levítico 19:18 ─ Não te vingarás nem guardarás ira contra os filhos do teu povo; mais amarás o teu próximo como a ti mesmo, Eu sou o Senhor. Esse texto diz de maneira clara e objetiva, que não existe o pressuposto de alguém não amar a si mesmo; e vou reproduzir vários endereços bíblicos nos quais essa informação é novamente reproduzida. Mas antes gostaria de responder a uma possível indagação que possa haver quanto a pessoas que estejam em depressão e querendo se autodestruir. Respondo a essa possível pergunta dizendo, que até o masoquista (aquele que sofre e nos causa dó) sente prazer em sofrer, sendo isto um ato de gostar de si mesmo, pois o seu prazer está sendo egoisticamente saciado; e o que sofre efetivamente de depressão se constitui em um caso patológico (doença), que não terá nada a ver com o que estamos ponderando...  Reiterando, a Palavra de Deus ensina categoricamente que o ser humano é por natureza egoísta (ama a si mesmo); sendo isto claro no texto reproduzido acima e nesses outros textos: Mateus 22:39, Marcos 12:31, Romanos 13:9-10 e Tiago 2:8. 
                                              
14
         Quando disse que o texto sagrado ensina de maneira clara, que não existe o pressuposto de nós seres humanos não amarmos a nós mesmos; usando textos que dizem que devemos amar ao nosso próximo como a nós mesmos; entendo com isto que, se Deus diz enfaticamente através do texto sagrado que o modelo de amor que Ele quer que pratiquemos para com o nosso próximo é o que temos para com a nossa própria pessoa, fica objetivamente claro que Deus entende que o amor, que eu, que você, que ele e eles; devo, devamos e devam ter para com o nosso próximo, é um amor muito grande e de ótima “qualidade” no que se diz respeito a querer tudo de bom (nessa grandeza cheia de egoísmo que temos para nós mesmos); só que Deus quer que transfiramos tudo isto (com essa qualidade e bom desejo) para o nosso próximo.

15
         O que estamos querendo concluir com toda essa ponderação sobre o amor ao próximo, é que fica objetivamente claro do ponto de vista bíblico; que nós seres humanos somos de fato primeiramente egoístas.

16
         Estou dizendo isto porque, o tomarmos conhecimento dessa nossa realidade, em muito nos ajudará na nossa relação com o Senhor nosso Deus e o seu Filho, o Senhor Jesus, principalmente quando essa nossa relação for por intermédio da oração.

17
         Creio que após as ponderações iniciais sobre o que somos e como deve ser a nossa relação com Deus Pai e o seu Filho Jesus; já poderemos entrar em considerações efetivas sobre a oração de Jabez e a oração de Salomão. Também, desde já, peço a você que está lendo esse nosso livro, que tenha toda a paciência e aplicação na leitura, pois esse nosso livro, é um trabalho sério de estudo bíblico e de respeito e busca do que efetivamente o Senhor nosso Deus quer nos informar e ensinar.



A ORAÇÃO de JABEZ e a ORAÇÃO de SALOMÃO


CAPÍTULO PRIMEIRO    A ORAÇÃO DE JABEZ

18
No capítulo quatro, versículos nove e dez do livro de I Crônicas, têm-se a famosa oração de Jabez; que infelizmente é repetida literalmente por pessoas, como se fora um amuleto; sendo que o terrível disso é que lideranças com peso de formação de opinião, estimulam e até aconselham o recitá-la, seguindo o modelo católico romano.
19
O texto desta oração (I Crônicas 4:9-10) é: ─  Jabez foi mais ilustre do que seus irmãos; e sua mãe chamou o seu nome Jabez, dizendo: Porquanto com dores o dei a luz.  Porque Jabez invocou o Deus de Israel, dizendo: Se me abençoares muitíssimo, e meus termos ampliares, e a tua mão for comigo, e fizeres que do mal eu não seja afligido!.. E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido.

20
         Conforme o título desse livro; sendo repetitivo mais uma vez, o que buscarei fazer será uma avaliação (comparação) dessa oração com a de Salomão quando da sua unção como rei de Israel.

21
         O versículo nove do texto dessa oração carrega na sua construção a nítida preocupação do cronista em resgatar ou querer claramente enaltecer a este homem “ilustre” chamado Jabez, conforme procurarei detalhar.

22
         Antes de efetivamente trabalhar de maneira ampla o que está relacionado com esta oração e especificamente com relação à genealogia de Judá que é o seu invólucro (onde ela pretende estar contida)... Vou considerar inicialmente algo importantíssimo a ser levado em conta, que é a regra bíblica de sistematização (como interpretar textos da Bíblia), que no final do livro, está detalhada no glossário; dê uma olhada antes de prosseguir na leitura.                    

23
         Disse e reitero nos meus dois livros anteriores; que estudo bíblico é coisa muitíssimo séria, e quero reiterar mais uma vez neste trabalho sobre essa oração, que houve, como procurarei mostrar, a plena falta de seriedade e aprofundamento bíblico quando da avaliação e uso indevido da famosa oração de Jabez.

24
         Para que você já tenha efetivamente uma visão do que é sistematização teológica e as suas implicações graves como a do texto dessa oração; vou reproduzir ou de fato transcrever parte do livro O Mover do Espírito, que trata também do assunto sistematização teológica ou com verdadeiramente se interpreta a Bíblia.


A QUESTÃO SIMETRIA DE SISTEMATIZAÇÃO

25
         O subtítulo acima é o que dá nome à parte específica do que me referi no parágrafo anterior do meu terceiro livro (ainda não editado); que vou reproduzi-la por já ter ponderado sobre essa questão naquele trabalho... O texto que estou transcrevendo é este: Início da transcrição de parte do nosso livro, O Mover do Espírito ─ Não era nossa intenção fazer essa abordagem que envolve questões profundas de Teologia Sistemática neste estudo; entretanto, quando nos deparamos com questões que levianamente foram aculturadas como polêmicas, surge o impasse ─ ou as ignoramos, ou então as estudamos com paciência, efetivamente com profundidade, muita seriedade e inspiração do Espírito Santo do Senhor.

26
         Embora se fale muito de hermenêutica (que tem que ser anterior a exegese), na prática, o que se faz ostensivamente é raiz lingüistica e posterior exegese (embora quando se faz a exegese se recorra a dados conseguidos via hermenêutica), que nesse conjunto de aplicação dessa regra de sistematização (pratica, evolução do processo); apontam para a regra ser Hermenêutica e posterior exegese, porquanto a questão lingüística é de pouca importância e se insere dentro dos elementos ou fatores da hermenêutica.

27
         É senso comum entre os teólogos e todos nós que estudamos a Bíblia; que ela se auto-interpreta, ou seja, textos de diferentes autores, de alguma forma se ajustam a compor uma idéia central, que é a informação que o Senhor nosso Deus objetiva nos dar através de um estudo sério da Bíblia...

28
         Esse senso comum (na prática), estranhamente parece que está muito longe de todos nós, pois nem achamos ainda a verdadeira regra que deva nortear a interpretação (sistematização) de doutrinas (mandamentos, preceitos, regras e normas), quando a quase totalidade das nossas doutrinas básicas está dentro do rol das coisas chamadas polêmicas...

29
         Não estou sendo dispersivo nem dando voltas em torno do assunto, quando resolvo abordar neste estudo questões de sistematização teológica, porquanto será necessário um importante aprofundamento na contraposição que farei à Doutrina da Trindade em estudo longo e bem fundamentado; quanto à Teologia  Sistemática dê uma olhada no Blog SÓCRATES VERSUS PLATÃO VERSUS MACHADO VERSUS O AMOR, endereço  www.socratesplataomachado.blogspot.com  .

30
         A questão objetiva que quero colocar é que existe de maneira cristalina no texto bíblico a normalização da regra de interpretação para se chegar à sistematização correta de doutrinas bíblicas...

31
         O texto básico dessa regra está em Isaías 28:9-13 ─  Ora, a quem ensinará ele o conhecimento? E a quem fará entender a mensagem? Aos desmamados, e aos arrancados dos seios? Pois é preceito sobre preceito, preceito sobre preceito; regra sobre regra, regra sobre regra; um pouco aqui, um pouco ali. Na verdade por lábios estranhos e por outra língua falará a este povo. Ao qual disse: Este é o descanso, daí descanso ao cansado; e este é o refrigério; mas não quiseram ouvir.  Assim, pois a palavra do Senhor lhes será preceito sobre preceito, preceito sobre preceito; regra sobre regra, regra sobre regra; um pouco aqui, um pouco ali; para que vão, e caiam para trás, e fiquem quebrantados, enlaçados, e presos.

32
         Não há informação de que o método MIDRASH utilizado pelos rabinos judeus, e que aparece no livro de Atos, epístolas aos Romanos, aos Hebreus e a primeira de Pedro; tenha sido motivado a partir do texto de Isaías 28:9-13, entretanto o midrash é exatamente o que propõe esse texto... Uma avaliação desse método (aglutinação de textos de vários autores, para fundamentar plenamente uma idéia) mostra (reiterando) exatamente o que o texto de Isaías postula como regra para interpretação. Igualmente a contextura, que está presente no midrash, que é o que manda o texto de Isaías, está presente nas ações do Senhor Jesus, e também nas pregações dos apóstolos e nas demais epístolas.

33
         O Senhor Jesus quando ensinava e pregava usou amplamente o método de contextura, João 10:33-36 ─  Respondeu-lhe os judeus: Não é por nenhuma boa obra que vamos apedrejar-te, mas por blasfêmia; e por tu sendo homem, te dizes Deus. Tornou-lhes Jesus: Não está escrito na vossa lei: Eu disse: Voz sois deuses? Se a lei chamou a deuses àqueles a quem a palavra de Deus foi dirigida (e a escritura não pode ser anulada), àquele a quem o Pai santificou, e enviou ao mundo, dizeis vos: Blasfemas; porque eu disse: Sou Filho de Deus? Há muitos outros textos nos evangelhos nos quais o Senhor Jesus usa o método de contextura, e também os discípulos usaram essa regra de ensino quando da pregação da Palavra.

34
         A Bíblia através do texto de Isaías 28:9-13 mostra inequivocamente que o ensinado neste texto é a regra que se deva usar para interpretação, ou melhor, dizendo; para se normalizar (sistematização) preceitos e doutrinas, ou ainda; não há como fazer sistematização teológica, sem levar em conta o que preceitua esse texto, que é a regra para tal...

35
         Uma evidência quanto à pertinência objetiva disso; é primeiramente o desenvolvimento do método midrash pelos rabinos; que nada mais é que a contextura no seu mais pleno sentido (pois aglutina textos de diversos autores para compor um novo ensinamento ou idéia); de igual modo a contextura é usada amplamente no Novo Testamento; pelo Senhor Jesus e posteriormente pelos apóstolos.

36
         Ainda há que se ressaltar algo importantíssimo na vida desse homem (Isaías), que o Senhor nosso Deus usou para normalizar essa regra... Isaías diferentemente de todos os outros servos importantes do nosso Deus, que escreveram o Antigo Testamento; é ele o único que passou por um ritual de purificação (alegoria), Isaías - Então disse eu: Ai de mim! Pois estou perdido; porque sou homem de lábios impuros, e habito no meio dum povo de impuros lábios; e meus olhos viram o rei, o Senhor dos exércitos! Então voou para mim um dos serafins, trazendo na mão uma brasa viva, que tirara do altar com uma tenaz; e com a brasa tocou-me na boca, e disse: Eis que isto tocou os teus lábios; e a tua iniquidade foi tirada, e perdoado o teu pecado.  Depois disto ouvi a voz do Senhor, que dizia: A quem enviarei, e quem irá por nós? Então disse eu: Eís-me aqui envia-me a mim; e também essa chamada objetiva (ver. oito b) para um determinado trabalho.

37
         Se atentarmos com seriedade para o que o Senhor determina que Isaías faça; veremos que literalmente o Senhor manda o profeta avisar ao povo de Israel e também a nós, pois o Senhor Jesus citou esse texto de Isaías cap. seis (6) em Mat. 13:14-15 e João 12:40-41, advertindo sobre a resistência que se tem contraposto ao que realmente é correto (a vontade de Deus) em todos os sentidos; também Paulo, quando em Roma, buscando provar aos judeus que ali estavam, que o Senhor Jesus era o Messias prometido, conforme o texto de Atos 28:25-28 ─ E estando discordes entre si, retiraram-se, havendo Paulo dito esta palavra: Bem falou o Espírito Santo aos vossos pais pelo profeta Isaías, dizendo: Vai a este povo e dize: Ouvindo, ouvireis, e de maneira nenhuma entendereis; e, vendo, vereis, e de maneira nenhuma entendereis. Porque o coração desse povo se endureceu, e com os ouvidos ouviram tardamente, e fecharam os olhos; para que não vejam com os olhos, nem ouçam com os ouvidos, nem entendam com o coração, nem se convertam e eu os cure.

38
         Essa purificação simbólica dos lábios do profeta Isaías sinaliza de maneira muito clara, a prerrogativa dada a ele por Deus para sistematizar a regra de interpretação de textos bíblicos (sistematização) e também estão em função das informações importantíssimos que ele daria sobre o Messias (todos nós o chamamos de o profeta messiânico),  cujas informações do profeta Isaías são o marco da “gestação” da era da graça e da regra de sistematização teológica.


ISTO  É  O QUE CHAMO DE SIMETRIA  DE  SISTEMATIZAÇÃO
                 
39
         Após o estabelecimento dessa regra (Isaías 28:9-13); que foi de alguma forma seguida pelos judeus através do midrash; o Senhor Jesus a sanciona pela prática da contextura, e apresenta outro elemento; que é o parâmetro óbvio dessa forma de interpretação, que está em João 8:16-18 ─ E, mesmo que  eu julgue, o meu juízo é verdadeiro; porque não sou eu só, mas eu e o Pai que me enviou. Ora, na vossa lei está escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Sou eu que dou testemunho de mim mesmo, e o pai, que me enviou, também dá testemunho de mim.
40
         Este texto diz claramente que para se fundamentar alguma coisa relacionada à palavra de Deus, há que se ter pelo menos duas citações... Para que não se diga que há incoerência neste argumento; o Senhor anteriormente já havia ponderado sobre essa regra, quando ensina a como inquirir a um irmão em erro, Mateus 18:16 ─ mas se não te ouvir, leva contigo um ou dois, para que pela boca de duas ou três testemunhas toda palavra seja confirmada. Também Paulo escrevendo a sua Segunda carta aos Coríntios,  evocou essa mesma regra, II Cor. 13:1 ─ É esta a terceira vez que vou ter convosco. Por boca de duas ou três testemunhas será confirmada toda a palavra...  De igual modo, João nas suas informações sobre o fim de todas as coisas; fala de duas testemunhas; que no nosso livro Ceia, sim! Cruz, não!, nós as identificamos como sendo Miguel e Gabriel (os dois ungidos que assistem diante de Deus, Zacarias 4:11-14), no sentido alegórico e o Antigo Testamento e Novo Testamento (o rolo, Ezequiel 3:1-3 e o livrinho, Apocalipse 10:8-11), no sentido literal, sendo esses as duas testemunhas que também ajudam a validar essa regra, conforme Apocalipse 11:3-4 - E concederei às minhas duas testemunhas que, vestidas de saco, profetizem por mil duzentos e sessenta dias. Estas são as duas oliveiras e os dois candeeiros que estão diante do Senhor de toda a terra.  Há que se considerar ainda com relação a essa regra; que assim como Isaías não tinha a consciência de que estava fundamentando... Anteriormente esse outro vetor (ao qual demos o nome de SIMETRIA de SISTEMATIZAÇÃO), que é parte dessa regra; já estava em curso desde o quinto livro do Pentateuco (o Deuteronômio), que basicamente é a reiteração das leis ou a repetição necessária, que viria a incorporar essa regra a ser estabelecida posteriormente... Dentro dessa visão, temos também de maneira clara e objetiva a reiteração ou efetivamente a repetição da lei maior, os dez mandamentos; que é a síntese de princípios, de obrigações e comprometimentos para com Deus (quatro mandamentos) e para com os homens (seis mandamentos), estando grafado o primeiro texto em Êxodo 20:1-17 e o texto da reiteração ou repetição em Deuteronômio 5:7-21.

41
         Neste período, que compreende a caminhada do Egito para a terra prometida; tive-se infelizmente a covardia e o retrocesso de dez dos doze espias (que contaminaram todo o povo de Israel com as suas faltas de fé); entretanto, foram duas testemunhas verdadeiras (Josué e Calebe) que garantiram ao texto sagrado o registro de dois (duas testemunhas) daqueles doze mandados para espiar a terra, esses dois mantiveram acesa a fé que agrada a Deus.

42
         No período dos Reis, tivemos os relatos desse período registrados nos livros dos Reis e reiterados ou repetidos nos das Crônicas; embora no cânon judaico não sejam quatro e sim dois, entretanto, o livro das Crônicas (Atas), que na LXX (setuaginta), são chamados de PARALEIPONEMAS (o que não foi dito ou aquilo que faltou dizer); todavia é a repetição do livro dos reis (um livro) ou são as repetições dos livros dos reis (dois livros).                                   

43
         No meu primeiro livro Ceia, sim! Cruz, não! informei que o livro de Daniel mostra o roteiro de todo o plano de Deus para a redenção de toda a raça humana; quando identifiquei como roteiro o existir dos quatro macropoderes; quando simplesmente isto já estava identificado pelos judeus (antes mesmo do início da era cristã); com o nome de Quarta Filosofia... O que quero concluir com isto é que a informação sobre os quatro macropoderes está a partir da duplicidade de informações contidas no livro de Daniel, sendo que a primeira é a da estátua do sonho de Nabucodonozor, conforme Daniel 2:36-48, e a segunda, que é a dos quatro animais simbólicos, conforme Daniel 7:1-8 e Daniel 7:15-28. Esses três textos; um sobre o sonho de Nabucodonozor, capítulo dois (cuja interpretação é a dos quatro macropoderes) e os dois textos da visão de Daniel, capítulo sete (que corresponde aos mesmos quatro macropoderes), mostram claramente que essas inserções não foram aleatórias e sim metodicamente planejadas para serem estudadas.

44
         Dentro dessa questão macropoderes, cujo último é o Império Romano, representado no livro de Daniel 2:36-48 (a estátua do sonho de Nabucodonozor), também Daniel 7:1-8 e 7:15-28 (o animal terrível visto por Daniel);  no desdobramento temos no Novo Testamento a primeira besta (Apocalipse 13:1-10, a besta que subiu do mar) que é também o Império Romano e o seu desdobramento (a igreja católica romana); consolidando mais uma vez a regra das duas testemunhas, temos a segunda besta (Apocalipse 13:11-18, a besta que subiu da terra), cujos dois chifres correspondem: um, ao Império Romano do ocidente e o papa de Roma, e o outro ao Império Romano do oriente e o patriarca da igreja ortodoxa grega, conforme já detalhamos no nosso primeiro livro Ceia, sim! Cruz, não!

45
         Têm-se também as duas grandes tribulações (que os ditos estudiosos bíblicos insistem que acontecerá  imediatamente pré o milênio ou pós-milênio, e ser só uma); entretanto o texto bíblico mostra de maneira objetivamente clara, ser a principal grande tribulação, conforme o descrito em Mateus 24:15-22, Marcos 13:14-20 e Lucas 21:20-24, cujo relato é detalhado e claro quanto à sua identificação com a destruição de Jerusalém... Tivemos também outra grande tribulação, que foi o período da “chamada santa inquisição, sancionada pelo Concílio de Verona em 1184”; objetivamente (como o texto sagrado ensina) não existe o pressuposto de “pós-milênio”, pois é claro nos Evangelhos (Lucas 21:20-24, principalmente) e na história, já terem acontecido essas duas grandes tribulações, onde seria mais correto dizer jocosamente pré-pré-milênio.

46
Em Apocalipse 7.4-8 é mostrado os 144.000 sacerdotes (que são identificados em Apocalipse 14:1-5), conforme ponderei no meu primeiro livro Ceia, sim! Cruz, não! Cujo dois registros mostram mais uma vez a regra de validação através de no mínimo duas citações; e  quanto ao efetivo falar sobre escatologia, escreveremos futuramente sobre o assunto.         

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 Convêm também ressaltar, que embora do ponto de vista humano (não o de Deus, que detalhadamente o planejou); o julgamento e todo o desdobramento que culminou com a crucificação do Senhor Jesus fora aleatório em alguns pontos; mas no momento da crucificação; ali estavam também duas testemunhas (os ladrões, ao seu lado esquerdo e ao direito), que são de igual modo parte desse arcabouço comprobatório das duas testemunhas, conforme Mateus 27:38 ─ Então foram crucificados com ele dois salteadores, um à direita, e outro à direita.

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         Tem-se também, dentro dessa visão de parâmetro de simetria de sistematização, os dois eventos da volta do Senhor Jesus, que são: O arrebatamento; que é amplamente identificado na Bíblia, inclusive nesses textos: Mat. 24:36-40, Mat. 25: 1-12, I Tess. 4:13-18, I Cor. 15:50-52 e Apoc. 20:4-6; e o juízo final (que já é senso comum), conforme Mat. 25:31-46 e Apoc. 20:11-15... Aproveito para chamar a sua atenção para um estudo sério desses dois temas dentro do texto bíblico (no qual, você se surpreenderá, do quanto a Bíblia fala sobre o arrebatamento; que poucos conhecem), porque isto é muito importante, e tenho certeza que você irá se edificar e sentir um grande prazer em entender melhor este assunto... De igual modo, lhe sugiro a leitura de outro livro meu, A Noiva Aprovada por Ele, que no seu quinto capítulo tem um estudo muito bem fundamentado sobre esse importante primeiro evento da volta do Senhor Jesus (o Arrebatamento da Igreja), que deveria ser o pleno desejo de todos os que se dizem servos do Senhor Jesus, MARANATA!

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         No início da era cristã, após o ministério do Senhor Jesus, teve-se a feitura dos evangelhos    digo evangelhos em função dos vários escritos, todavia todos os escritos do Novo Testamento formam o Evangelho no singular  ─; onde três desses escritos, são chamados de sinópticos em função das suas semelhanças de relato; três reiterações ou repetições, que consagram essa regra estabelecida por Deus.

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         Dentro dessa visão de regra; de no mínimo duas citações, gostaria de citar algo que nos parece caminhar nessa direção; levando em conta os escritos de Mateus; e se fazendo uma avaliação da vida de Mateus, vamos constatar uma forte cultura judaica (tanto que, ser admitido como cobrador de impostos indica uma relação estreita com a classe religiosa dominante)... Lucas diz no prefácio do seu Evangelho, que pesquisou com todo cuidado para fazer os seus escritos sobre o ministério do Senhor Jesus; Marcos possivelmente foi informado por Pedro que fora testemunha ocular desses fatos, e Mateus, também como Pedro fora testemunha ocular desses acontecimentos... O que quero ponderar, é que lendo o relato de Lucas 8:26-39 e o relato de Marcos 5:1-20, nos é informado da existência de um endemoninhado e o de Mateus 8:28-34, informa que eram dois os endemoninhados.

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         Esse relato sobre o gadareno, consta do início dos três evangelhos; onde nos parece que Mateus, pela sua forte cultura judaica, pretendeu duplicar os personagens do milagre em função da regra das duas testemunhas, tendo posteriormente abandonado a idéia de assim o fazer; e pondero ainda, que Deus permitiu esse relato se perpetuar, com a finalidade de motivar o caminhar na direção dessa avaliação.

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         Dito isto, entendam que tudo que temos fundamento neste estudo estão segundo as normas e parâmetros dessa regra que entendo ser a forma ditada por nosso Deus através de Isaías para sistematização teológica... Também somo a isto uma hermenêutica abrangente que contempla o que chamo de “concomitância do contraditório” (obrigatoriedade de explicar o porquê não do que estamos refutando). É bom que também fique claro que o meu posicionamento quanto a essa regra é estritamente a partir de textos bíblicos; não tendo nada a ver com o que foi usado por Joseph Smith fundador dos Mórmons em 1830, que para validar as revelações que disse ter recebido através de duas placas metálicas (que desapareceram), se muniu de duas testemunhas para fundamentar a origem dessa sua dita revelação, no que, a fonte de comprovação de Joseph Smith foram essas duas testemunhas e não o texto sagrado canônico, também não tem nada a ver com o procedimento de Jezabel, que usou duas falsas testemunhas para condenar Nabote, e Acabe ficar com a vinha dele, entretanto essa era uma regra judaica para se aferir a verdade  ─ sancionada pela Bíblia, Deut. 17:16, também Jesus a cita em João 8.17-18    Ora, na vossa lei está escrito que o testemunho de dois homens é verdadeiro. Sou eu que dou testemunho de mim mesmo, e o meu Pai, que me enviou, também dá testemunho de mim. Do mesmo modo isto é contemplado naquilo que o profeta Isaías ensina como regra de sistematização; e porque é o texto sagrado que tem força e crédito para estabelecer princípios e também as regras que devem nortear a sua própria interpretação e é o que evocamos para tal; até consagrando o que já é senso comum para os que de fato a estudam, de que “a Bíblia interpreta a própria Bíblia”.
          
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         Fiz toda essa transcrição do meu trabalho anterior, porque como foi possível a você observar, as informações contidas nesta repetição são elementos ou parâmetros e normas estabelecidos no texto sagrado para serem observados e contemplados quando da interpretação e avaliação doutrinária (sistematização)... No decorrer de toda a fundamentação desse livro, você verá o quanto é importante e necessário seguir o que a Bíblia preceitua como regra.  

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         Conforme disse no início desse primeiro capítulo, o cronista que reproduziu para o texto sagrado todos aqueles fatos que ele descreve no livro de I Crônicas, teve estranhamente a intenção (e de fato a consumou) de notabilizar a pessoa de Jabez... Mas causa grande surpresa e até decepção, que lideranças ditas conhecedoras do texto sagrado; tenham escrito livros e através desses seus trabalhos incentivado o uso dessa oração como uma espécie de amuleto, e o mais grave é constatar que outras lideranças (também ditas conhecedoras da palavra de Deus) tidas como importantes no cenário evangélico mundial; também façam coro para esse absurdo de interpretação bíblica.

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         Temos tido (a maioria de todos nós) o péssimo habito de desprezar textos ou informações que não nos interessam e valorizarmos àqueles que de alguma forma sirvam para contemplar algum objetivo “intrinsecamente nosso” que possam ser manipulados na direção dessa nossa intenção... No caso específico da oração de Jabez, quanto à sua indevida valorização, que é apregoada de maneira coerciva e estimulado o seu uso como uma espécie de muleta espiritual; que me motiva procurar explicar isto de maneira clara e objetiva mostrando o que de fato o texto sagrado contempla com relação a essa oração.


GENEALOGIAS E DESCENDÊNCIAS


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O início do texto do livro de I Crônicas registra a genealogia de Adão até Abraão; em Isaque (filho de Abraão) é reproduzida uma incompleta descendência de Esaú (que é o primogênito de Isaque e que vendeu a primogenitura), que também é conhecido no texto bíblico como Edom (que significa vermelho)... Jacó, que comprou a primogenitura de Esaú (tendo isto se tornado fato aprovado por Deus), e que fez Esaú merecer ser chamado de devasso e profano pelo escritor aos Hebreus 12:16-17... Tem-se também a  descendência de Jacó  registrada (os seus doze filhos homens), em I Crônicas 2:1, na seguinte ordem: Rúben, Simeão, Levi, Judá (até aqui a ordem é a correta ou a de nascimento), Isacar (que não foi o quinto e sim o nono), Zebulom (que não foi o sexto e sim o décimo), Dã (que não foi o sétimo e sim o quinto), José (que não foi o oitavo e sim o décimo primeiro), Benjamim (que não foi o nono e sim o décimo segundo), Naftali (que não foi o décimo e sim o sexto), Gade (que não foi o décimo primeiro e sim o sétimo) e Aser (que de igual modo não foi o décimo segundo e sim o oitavo).

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         Tenha calma e continue lendo com todo interesse esse meu livro; porquanto o estudar a questão genealogia é de crucial importância para o estudo da oração de Jabez; que é ensejada a partir de uma genealogia, que entendemos tenha sido a causa de toda essa sua construção de valorização improcedente e sem nenhuma base efetivamente bíblica ou de fato sem um estudo sério do que verdadeiramente o texto sagrado ensina.

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         Voltando à questão genealogia; busco informar no parágrafo que antecedeu ao anterior, a de fato ordem de nascimento dos doze filhos de Jacó; e agora vou novamente listar esses filhos e a filha Diná, inclusive com suas mães respectivas.

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         No livro do Gênesis 29:31-35 e 30:1-24; tem-se o registro do nascimento de onze filhos (homens) e a filha de Jacó (que é também Israel), na seguinte ordem: De Leia (a filha primogênita de Labão, primeira esposa de Jacó), nasceram Rúben  (o primogênito, que perde a primogenitura para Judá; por ter se relacionado sexualmente com sua madrasta Bila, concubina de seu pai, conforme Gênesis 35:22), Simeão, Levi, Judá (de quem descende o rei Davi, que é o seguimento da genealogia ou dinastia do Senhor Jesus), Isacar (que como já informamos não foi o quinto dos de Jacó, o quinto dele com Leia), Zebulom (que de igual modo não é o sexto de Jacó, mas o sexto de Leia) e por fim, com relação a Leia, temos o seu último abrir de madre, que é a sua filha Diná (que é o décimo primeiro de Jacó, considerando filhos e filhas e é Diná o sétimo filho (a) de Leia); também são atribuídos (coisas da cultura judaica) à Leia os filhos de sua criada Zilpa, que são: Dã e Aser (respectivamente, o sétimo e oitavo filhos de Jacó). Os filhos de Raquel (a esposa mais amada de Jacó), José (o jovem que deve ser o referencial e exemplo para todos os jovens em todo o mundo e em todo o tempo; sendo ele o primeiro de Raquel e considerando também a Diná, filha de Leia, José é o décimo primeiro dos filhos homens e o décimo segundo de todos os filhos), Benjamim    o último, caçula de Jacó; ao nascer, pela complicação do parto, sua mãe Raquel morreu  ─; também Benjamim é o irmão que José só veio conhecer após ter se tornado governador do Egito, pois quando Benjamim nasceu José já havia sido vendido pelos seus irmãos aos mercadores de escravos. Também    como no caso de Leia e sua criada Zilpa), os filhos de Jacó com Bila, criada de Raquel; são atribuídos a ela ─, Dã e Naftali são filhos de Bila e também são respectivamente os sétimo e oitavo filhos de Jacó.    

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         Creio que essas avaliações e outras que continuarei a fazer sobre as genealogia e as  descendências irão em muito nos ajudar a entender questões importantíssimas de como valorizar o estudo bíblico e  buscar o efetivo conhecimento que o Senhor nosso Deus quer tenhamos do texto sagrado.

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         Como disse anteriormente, início do primeiro livro das crônicas fala de genealogias e de descendências e também praticamente disse que a oração de Jabez é conseqüência de uma manobra do cronista para colocar Jabez em evidência no texto sagrado; no que, entenda decididamente que não estou caminhando na direção de negar esse texto, todavia, quero sim trabalhar de maneira séria a improcedência da interpretação e valorização que se têm dado a esse texto e a forma distorcida como se popularizou o indevido uso da oração contida no texto dessa genealogia.

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         A questão genealogia no primeiro livro das crônicas, é muito complicada (não estou dizendo que seja difícil de entender), por envolver interesses claramente particulares (que Deus permitiu que se perpetuassem, justamente porque Deus é verdade), que fizeram com que os registros de descendências que começam em I Crônicas 1:1 e seguem até o final do capítulo oito, não tivessem a devida consistência de ordenação ─ havendo inclusive uma inserção (todo capítulo quatro) intencionalmente clara com fins particulares, pois além de tudo é redundante e constrói uma outra descendência para Judá que não tem contextura no texto bíblico... Voltarei detalhadamente a essa questão específica.

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         No meu primeiro livro, Ceia, sim! Cruz, não!, no qual discorro sobre os 144.000 (registrado Em Apoc. 7:3-8 e Apoc. 14:1-5), ponderei que no registro de Apoc. 7:3-8, em que, o número 144.000 é construído a partir do vínculo desse número com as doze tribos de Israel, que para uns é literal, e para outros é totalmente simbólico (não é literal quanto às tribos e também quanto ao número 144.000, que também seria simbólico), sendo que a constatação desses outros, é por demais aleatória... O que está nesse nosso livro anterior é que o número 144.000 é literal, pois o texto de Apoc. 14:1-5 informa quem são 144.000, cujo perfil é primeiramente de celibatários e que eles formarão um grupo especifico de sacerdotes do Cordeiro (o Senhor Jesus)  e quanto ao capítulo sete, provei que a retirada do nome de Dã e  inserção do nome de Manassés é a clara evidência de ser simbólico o nome e as tribos; para o qual argumentei que o registro do nome de Manassés ao invés do nome de Efraim, prova que é simbólica a relação quanto às tribos, pois embora Manassés seja o primogênito por nascimento, Jacó, seu avô atribui proeminência a Efraim, seu irmão, sobre ele, Manassés conforme Gênesis 48:8-14.

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         Voltando à questão descendência registrada até o capítulo oito do livro das crônicas tem-se a omissão de quatro dos filhos de Jacó, que são: Simeão, Zebulom, Dã e José, todavia, de alguma forma, a descendência de José está presente, pois são incluídas no texto as descendências de Manassés e Efraim, que foram  filhos de José.           

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         Tem-se com relação à descendência de Levi nesse texto (todo o capítulo seis, que é bem extenso), na qual há ponderações importantes, porquanto essa tribo tem de fato grande importância, pois era a tribo sacerdotal de Israel de onde veio o grande líder Moisés.       

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         No capítulo 7:6-12 vemos uma descendência de Benjamim, que é pouco trabalhada pelo cronista sem muito interesse, mas ele a bem da verdade diz que foram contadas pelas suas genealogias vinte e dois mil e trinta e quatro homens... No capítulo oito (todo o capítulo), temos outra descendência de Benjamim, cujo objetivo foi chegar ao primeiro rei de Israel, Saul e a sua descendência.  

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         Dentro ainda dessa questão descendência, tem-se no capítulo dois do livro de I Crônicas (todo o capítulo) a descendência de Judá, que é que de fato segue a linha de descendência a partir dos primogênitos, entretanto vemos também em I Crônicas 4:1-43 (todo o capítulo), que traça outra descendência para Judá, a partir de  um quarto filho, dos que não têm nenhuma relação com os cinco filhos listados no livro do Gênesis (três da cananéia  filha de Suá e dois de Tamar), cujo objetivo claro no texto é o de através de Sobal chegar ao ilustre  Jabez.     

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         Antes de chegar ao efetivo detalhamento das considerações quanto à oração de Jabez, vou voltar ao livro de Gênesis e estudar com detalhes a vida de Judá e seus filhos... No livro de Gênesis 38:1-5 - Neste tempo Judá desceu de entre seus irmãos e entrou na casa dum adulamita, que se chamava Hira, e viu Judá ali a filha de um cananeu, que se chamava Suá; tomou-a por mulher, e esteve com ela. Ela concebeu e teve um filho, e o pai chamou-lhe Er.  Tornou ela a conceber e teve um filho, a quem chamou de Onã. Teve ainda mais um filho, e chamou-lhe Selá. Estava Judá em Quezibe, quando ela o teve. Como já informei acima; esses são os três filhos da primeira mulher de Judá, a filha do cananeu Suá.    .            
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         Antes de listar os outros dois filhos de Judá com Tamar, que também era sua nora, vou abordar os fatos que motivaram essa relação de Judá com ela, suas implicações, conseqüências e desdobramentos... Para ser mais preciso vou reproduzir outra parte desse texto de Gênesis 38:6-10 ─ Depois Judá tomou para Er, o seu primogênito, uma mulher, por nome Tamar. Ora, Er, o primogênito de Judá, era mau aos olhos do Senhor, pelo que o Senhor o matou. Então disse Judá  Onã: Toma a mulher do teu irmão, cumprindo-lhe o dever de cunhado, suscita descendência a teu irmão ─  essa ordem de Judá à Onã corresponde ao que está prescrito em Deut. 25. 5-6. Onã, porém, sabia que tal descendência não havia de ser para ele; de modo que, toda vez que se unia à mulher de seu irmão, derramava o sêmen no chão para não dar descendência a seu irmão. E o que ele fazia era mau aos olhos do Senhor, pelo que o matou também o Senhor.

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         O que Onã praticou no passado, é o que conhecemos hoje como coito interrompido (que é também um método anticoncepcional); o qual leva também (numa contextura plena) o nome contemporâneo ao fato gerador de “onanismo”, relacionando-o ao que fora feito por Onã. Morrendo Onã, e sendo Selá o terceiro filho de Judá ainda de tenra idade; Judá diz a Tamar que aguarde que Selá atinja à idade para que possa tomá-la como esposa... Entretanto, Judá se esqueceu da situação de espera de sua nora Tamar... Voltemos ao texto de Gênesis 38:12-29 - Com o correr do tempo, morreu a filha de Suá, Mulher de Judá. Depois de consolado, Judá subiu a Timnate para ir ter com os tosquiadores das ovelhas, ele e Hira seu amigo, o adulamita. E deram aviso a Tamar, dizendo: Eis que teu sogro sobe a Timnate para tosquiar as ovelhas.  Então ele se despiu dos seus vestidos da sua  viuvez e se cobriu com véu, e assim envolvida, assentou-se à porta de Enaim que está no caminho de Timnate; porque via que Selá já era homem, e ela lhe não fora dada por mulher.  Ao vê-la, Judá julgou que era uma prostituta, porque ela havia coberto o rosto. E dirigiu-se para ela no caminho, e disse: Vem, deixa-me estar contigo; porquanto não sabia que era sua nora. Perguntou-lhe ela: Que me darás, para estares comigo? Respondeu ele: eu te enviarei um cabrito do rebanho. Perguntou ela ainda: Dar-me-às um penhor até que o envies?  Leia todo o texto, todavia reproduzirei os versículos 24, 27, 29 e 30 - Passados quase três messes, disseram a Judá: Tamar, tua nora, se prostituiu e eis que está grávida da sua prostituição. Então disse Judá: Tirai-a para fora, e seja ela queimada (versículo 24). Reconheceu-os, pois Judá, e disse: Ela mais justa do que eu, porquanto não a dei a meu filho Selá. E nunca mais a conheceu (versículo 26). Sucedeu que, ao tempo de ela dar à luz, havia gêmeos em seu vente (versículo 27). Mas recolheu ele a mão, e eis que seu irmão saiu; pelo que ela disse: como tens tu rompido! Portanto foi chamado Pérez (versículo 29). Depois saiu o seu o seu irmão, cuja mão estava o fio encarnado; e foi chamado Zerá (versículo 30)...  Essa descendência de Judá registrada no livro do Gênesis capítulo trinta e oito, é a de fato descendência de Judá, pois é legitimada pela regra de sistematização judaica das duas testemunhas, que nós, no nosso livro anterior, “O mover do Espírito”, identifiquei no texto bíblico, e a apresentei como regra e a denominei de SIMETRIA de SISTEMATIZAÇÃO, que de igual modo é legitimada e sistematizada pelo Senhor Jesus em João 8:13-18; sendo que essa descendência é justamente confirmada e também legitimada no livro de I Crônicas 2:1-55 e o mais importante é que nos versículos três e quatro    principalmente o quarto versículo, que diz, que os filhos de Judá foram cinco: Er, Onã e Selá (filhos da cananéia, filha de Suá) e Péres e Zará (filhos de Tamar).

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         O que tenho feito até agora é detalhar estritamente a partir do texto sagrado o quanto é improcedente o uso da oração de Jabez como referencial, modelo ou amuleto a ser citado pelas pessoas nas suas orações à Deus; numa flagrante deturpação do seja as informações bíblicas    que na comparação proposta por mim neste pequeno estudo mostra de maneira clara e objetiva que esta dita oração não poderia de maneira alguma ser considerada como algo de valor e muito menos como referencial a ser seguido.

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         Creio que você que está lendo esse meu livro; quando nos textos que informei ser a transcrição de parte do meu livro anterior; tenha valorizado e tenha também dado muita atenção ao que exaustivamente procurei ali informar, entretanto se não o fez; bom seria que você retornasse ao que estou sugerindo, pois será muito útil em todas as considerações que já comecei a fazer e farei ainda mais sobre essa oração e o seu pouco valor como ensinamento espiritual, porque embora a chamada oração de Jabez já tenha tido várias interpretações que a valorizam de maneira exacerbada e o que se escreveu sobre ela já tenha se tornado best-seller há que se fazer um estudo profundo sobre a mesma para que se constate todas essas ponderações sérias que estou fazendo.

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         Agora analisando efetivamente a descendência atribuída à Judá (que está no texto de I Crônicas capítulo quatro); vou ponderar ou de fato fazer de uma avaliação detalhada entre a genealogia de Jacó, registrada no livro de Gênesis 29:31-35 e 30:1-24 (que tem dentro de si a descendência de Judá), também a específica de Judá (registrada em I Crônicas capítulo dois), na qual, embora já tenha sido detalhada a de Jacó e a primeira de Judá (também capítulo dois de I Crônicas), nesta fase de trabalhar essas questões, farei um batimento ou avaliação entre elas.
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         Como já foi trabalhado quanto aos dois registros da descendência de Judá; ficou objetivamente claro e legitimado pela regra de sistematização bíblica (das duas testemunhas ou no mínimo dois textos sobre a questão) que os de fato filhos de Judá foram: Er, Onã e Selá (filhos da cananéia, filha de Suá) também, Pérez e Zará (filhos de Tamar), sendo que esses são os filhos de Judá que constam nessas duas genealogias ou descendência de Judá (as de Gênesis cap. Vinte nove, cap.  trinta e a de I Crônicas cap. dois).    

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         Já fiz três referências a essa descendência de Judá registrada em I Crônicas capítulo quatro, e aproveito para informar que todo esse meu procedimento é intencional, dentro da visão de que estou falando ou estudando genealogias ou efetivamente uma sucessão de nomes que se interligam por grau de parentesco; sendo isto pouco comum nos nossos estudos do texto sagrado, demandando, portanto um aprofundamento didático e detalhado para que se possa chegar ao efetivo entender com clareza todas essas questões.

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         O primeiro filho de Judá foi Er (o Senhor o matou, diz o texto sagrado), o segundo foi Onã (o Senhor também o matou, pelos motivos que já temos informado); sendo que dos três filhos de Judá com a cananeia filha de Suá, restou Selá (que era de pouca idade quando Onã morreu)... Do posterior relacionamento de Judá e Tamar nasceram Pérez e Zará; do que se conclui que Selá era mais velho que Pérez e Zará...

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         Se você está acompanhando com seriedade a leitura desse livro, certamente já observou, que na descendência de Judá registrada em I Crônicas capítulo quatro; o escriba (ou cronista) respeitou a proeminência de Pérez e construiu outra descendência para Judá, atribuindo-lhe a paternidade de mais quatro filhos a partir de Hezrom, depois Carmi, Hur e Sobal... Nós (eu e você) estamos acompanhando essa avaliação sobre as três descendências de Judá registradas no Antigo Testamento; e observamos, também (temos ainda na mente), que Pérez foi filho de Judá com Tamar e quanto aos outros quatro filhos atribuídos à Judá o escriba (cronista) não informa quem foi a mãe desses quatro filhos, havendo inclusive o evitar o registro dos nomes de Selá (mais velho), Pérez e Zerá ─  talvez para não tornar o texto muito extenso e ao mesmo tempo preparar o caminho para o brilho (notoriedade) que ele (o escriba) pretendia dar à pessoa do dito ilustre Jabez.  

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         Acompanhado agora mais objetivamente essa descendência atribuída à Judá (I Crônicas capítulo quatro), temos que: No registro dessa descendência aparecem quatro filhos atribuídos à Judá (já listados por nós) que não estão presentes nas genealogias de Gênesis  29:31-35, 30:1-24, 38:6-10, 48:8-14 e I Crônicas 2:1-37. Também essa descendência de Judá (I Crônicas capítulo quatro), que o cronista não informa quem é a mãe; lista Sobal (o quinto, considerando Pérez, todavia o quarto dessa mulher cujo nome não é revelado) como a sucessão, e diz que Reaías foi filho de Sobal, e pai de Jaate... Daí para frente, não houve precisão na sucessão (ou não se interessou em reproduzir a sucessão) e sim a menção de cabeças de famílias; assim acontecendo até o final dos registros (desse capítulo quatro)... Tanto que, no versículo quinze há uma menção aleatória de filhos de Calebe (o espia da tribo de Judá, que junto a Josué confiaram em Deus), alguém que reconhecidamente merece ser lembrado e tido como exemplo, conforme Números 13:30, 14:6-9 também Josué 14:6-14; como também no versículo vinte e um, há uma outra inserção aleatória (sem seqüência de descendência), dos filhos do terceiro filho de Judá com a cananeia filha de Suá (que foi, Selá), sendo as demais inserções desse capítulo do mesmo modo aleatórias... Como disse, quanto à evolução sucessória ou a efetiva descendência ou seguimento das sucessões de pais e filhos; não se consegue efetivamente nesse texto (I Crônicas capítulo quatro) vincular Jabez à Judá.

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         A questão objetiva com relação a essa descendência ou genealogia (a do capítulo quatro), é que a construção de todo o texto, mostra de maneira inequívoca que a intenção do cronista foi a de intencionalmente registrar nomes para a posteridade, tendo como objetivo principal o de Jabez; ficando tão clara essa intenção, pois sendo o texto basicamente de genealogia... O cronista (escriba) esquece de estabelecer a relação de parentesco de Jabez com os nomes citados (ou de fato não há), mas diz que Jabez foi mais ilustre que seus irmãos. Quais irmãos?.. Não há como concluir que Jabez seja descendente de Judá ou de qualquer outro cujo nome é citado no texto;  mas é possível especular que Jabez era alguém importante e influente, e é possível também se concluir que se tratava de alguém de certa forma vaidoso, ou teria mais ou menos o perfil do personagem da oração do fariseu.

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         Quem estuda de fato as Escrituras (a Bíblia) sabe; que dentro da visão da revelação progressiva (os ensinamentos desde os Patriarcas até o Apocalipse; temos desde o período patriarcal até o início do Império Medo-Persa; quando Daniel (603-534 a.C.), no capítulo doze, versículo dois, diz ─ E muitos dos que dormem no pó da terra ressuscitarão, uns para a vida eterna e outros para a vergonha e desprezo eterno; embora o profeta Isaías (760-698 a.C.), fale de ressurreição, conforme Isaías 26:19 - Os teus mortos viverão, os seus corpos ressuscitarão; despertai e exultai, vós que habitais no pó; pois o teu orvalho é orvalho de luz, e sobre a terra das sombras fá-los-ás cair; fica evidente, que a idéia de ressurreição, só começa a ser considerada a partir de Daniel e se consolida na ressurreição do Senhor Jesus e os ensinamentos dos apóstolos; tanto que uma das máximas incorporadas ao epicurismo, fazia parte da cultura judaica e é citada pelo profeta Isaías 22:13.

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           Um entendimento anterior a esse momento em que Daniel fala que todos ressuscitarão, para a honra ou perdição eterna; era a de que a morte terminava no Sheol (lugar dos mortos), e o que efetivamente contava era o anelo e a esperança da perpetuação ou lembrança do nome; sendo isto muito importante para o povo judeu, conforme Gênesis 48:15-16 - E abençoou a José, dizendo: O Deus em cuja presença andaram os meus pais Abraão e Isaque, o Deus que tem sido o meu pastor durante toda a minha vida até este dia, o anjo que me tem livrado de todo esse mal, abençoe  estes mancebos, e seja chamados neles o meu nome, e o nome de meus pais Abraão e Isaque; e multiplique-se abundantemente no meio da terra; sendo isto uma exigência constante da lei como no caso de Onã (filho de Judá), que teve que casar com Tamar, esposa do seu irmão Er que morrera... Mais importante ainda que perpetuar o nome, era o registro de algum feito digno de menção, em contrapartida ninguém gostara, gostou, gosta ou gostará de ser lembrado em algo que tenha feito que não tenha sido correto ou algo que possa vir a ser motivo de escárnio (mofa, gozação), conforme I Samuel 17:6-8 ─  Sucedeu porém que, retornando eles, quando Davi voltava de ferir os o filisteus, as mulheres de todas as cidades de Israel saltaram ao encontro de Saul, cantando e dançando alegremente com tamboris, e com instrumentos de música. E as mulheres, dançavam cantavam umas para as outras, dizendo: Saul feriu os seus milhares, porém Davi os seus dez milhares. Então Saul se indignou muito, pois aquela palavra pareceu mal aos seus olhos, e disse: Dez milhares atribuíram a Davi, e a mim somente milhares; que lhe falta, senão o reino?

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         Como disse, a idéia de ressurreição, só começa a ser considerada a partir de Daniel (já no Império Medo-Persa), e o não acreditar em ressurreição ainda era vigente no momento do início da Igreja primitiva através de uma liderança importante (a dos saduceus, que não criam em anjos e que os mortos pudessem ressuscitar, conforme Atos 23:6-10); também era fortíssima (nessa época) a filosofia epicurista, que inclusive contaminou a igreja de Corinto, conforme I Coríntios 15:32 ─ comamos e bebamos, porque amanhã morreremos, que aparece em Isaías 22.13b, e a máxima coroemo-nos de rosas enquanto elas não murcham (legitimamente grega epicurista), as quais correspondem ao nosso materialismo de hoje, cuja máxima é gozar a vida enquanto estamos vivos... Naquela visão anterior do judaísmo que contemplava como o epicurismo, o não haver ressurreição, reiterando, havia o interesse exacerbado pelo perpetuar o nome e atos realizados por alguém.
                                       


          O  VALOR  DO  QUE  É  BÍBLICO  I

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         Quanto à oração de Jabez, não há como estranhar no que se diz respeito ao seu conteúdo (tanto que, o livro que defende o seu uso como amuleto é best-seller); porquanto estamos no limiar da volta do Senhor Jesus, sendo este o momento, que segundo Paulo, escrevendo em II Timóteo 4:3 ─ Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não só desviarão os ouvidos, da verdade, mas se voltarão às fábulas.

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         Isto é hoje um fato, pois por todos os lados ouvimos este “canto da sereia”; do evangelho do deus provedor de todas as coisas, que está lá na porta do depósito da benção esperando pacientemente que venhamos pedir tudo aquilo que nos vier à cabeça, e isto devidamente exigido em nome do Senhor Jesus; sendo exatamente esses os elementos egoístas construídos para a oração de Jabez (que também o é). Essas construções indevidas ainda contemplam uma daquelas “historiazinhas” de ilustração, que diz: No céu há um depósito onde estão guardadas as bênçãos que Deus quer nos dar (contradizendo o que ensina o Senhor Jesus em Mateus 6:31-34), e adverte de que se nós não as pedirmos especificamente; elas ficarão lá guardadas, e teremos a decepção em saber que as nossas prósperas bênçãos que não pedimos estiveram sempre lá guardadas (nos depósitos de Deus), e não a recebemos porque não as pedimos (isto pareceria  muitíssimo com a saudade sentida pelo povo judeu quanto aos temperos do Egito).  

85
         O fato da oração de Jabez ter esses componentes radicalmente humanos, não seria de se  estranhar; pois nem tudo o que está escrito no texto sagrado é para se seguir ou copiar; sendo que em alguns casos são exatamente ao contrário ou se constituem em exemplos de avaliação do que não se deve efetivamente praticar ou fazer; sendo a oração de Jabez uma experiência peculiar e específica (dele com Deus), cujos componentes da forma como ela é apresentada e não ter os elementos da regra bíblica de legitimação, usado no Antigo e Novo Testamento, e aprovada pelo Senhor Jesus, conforme João 8:13-18; a coloca como algo específico e intransitável, podendo tão-somente ser usada de maneira alegórica em homilética (discurso, pregação), e de maneira alguma como doutrina ou regra a ser seguida e muito menos como amuleto de recitação; que nenhuma oração, contida no texto sagrado ou fora dele e nem mesmo a oração do Pai Nosso (que é um modelo de informações de pontos a serem respeitados e observados); que, por exemplo: No momento das refeições; usamos um desses pontos que é darmos graças a Deus pelo o alimento, conforme Lucas 22:19.

86
         Pelo estudado até agora temos comprovado e entendido, que embora Jabez e sua oração estejam dentro da descendência de Judá; não há como vinculá-lo efetivamente à Judá; pois as sucessões de pais e filhos não o unem ou o vinculam a Judá ou aos seus descendentes... Se voltarmos ao que já estudamos e lembrarmos que o próprio cronista diz em I Crônicas 2:4, que os filhos de Judá eram cinco; surge a necessidade de explicar o porquê o mesmo cronista atribui (no capítulo quatro) à Judá mais quatro filhos: Hezrom, Carmi, Hur e Sobal (como já listei anteriormente)... Decididamente não creio nem digo que o afirmar do cronista, que atribui também a Judá a paternidade desses outros quatro filhos seja mentira (por estar no texto sagrado e também a avaliação via hermenêutica é contundente quanto à veracidade disto); porquanto se o cronista lista esses quatro nomes como filhos de Judá (é porque eles também eram filhos de Judá!); e o seriam; talvez de uma mulher não judia, possivelmente, por isto; o nome da mãe é omitido, como aconteceu com a cananeia, filha de Suá (chamada assim e não pelo nome), mãe de Er, Onã e Selá.                                   

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         Após ter estudado de maneira considerável as genealogias e descendências possivelmente relacionadas com Jabez; resta-nos agora analisar efetivamente o texto da oração, mas antes de fazê-lo gostaríamos de reproduzir duas outras descendências de Judá que estão no texto bíblico, e que também como as outras nada têm com o ilustre Jabez; as descendências são: A partir de Pérez até Davi, a descendência de Judá está assim no livro de Rute 4:18-22 - São essas as gerações de Pérez: Pérez gerou a Hezrom; Hezrom gerou a Rão; Rão gerou a Aminadabe; Aminadabe gerou a Nasom; Nasom gerou a Salmom; Salmom gerou a Boaz; Boaz gerou a Obede; Obede gerou a Jessé, e Jessé gerou a Davi.   Também a de abraão até o Senhor Jesus (que tem dentro de si, a de Judá), conforme Mateus 1:2-16 - A Abraão nasceu Isaque; a Isaque nasceu Jacó; a Jacó nasceram Judá e seus irmãos; a Judá nasceram, de Tamar, Faréz (Pérez) e Zerá; a Férez nasceu Esrom; a Esrom nasceu Arão (Rão); a Arão nasceu Aminadabe; a Aminadabe nasceu Nasom; a Nasom nasceu Salmom; a Salmom nasceu, de Raabe, Boaz; a Boaz nasceu, de Rute, Obede; a Obede nasceu Jessé; E a Jessé nasceu o rei Davi. A Davi nasceu Salomão, da que fora mulher de Urias; a Salomão nasceu Roboão; a Roboão nasceu Abias; a Abias nasceu Asafe; A Asafe nasceu Josafá; a Josafá nasceu Jorão; a Jorão nasceu Ozias; a Ozias nasceu Jotão; a Jotão nasceu Acaz; a Acaz nasceu Ezequias; a Ezequias nasceu Manassés; a manassés nasceu Amom; a Amom nasceu Josias; e a Josias nasceram Jeconias e seus irmãos, no tempo da deportação para a Babilônia.  Depois da deportação para nasceu a Jeconias, Salatiel; a Salatiel nasceu Zorobabel; a Zorobabel nasceu Abiúde; a Abiúde nasceu Eliaquim; a Eliaquim nasceu Azor; a Azor nasceu Sodaque nasceu Aquim; a Aquim nasceu Eliúde; a Eliúde nasceu Eleazar; a Eleazar nasceu Matã; a Matã nasceu Jacó; e a Jacó nasceu José, marido de Maria, da qual nasceu Jesus, que se chama Cristo.

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         Nos relatos dessa genealogia (a de Mateus), são omitidos os nomes de Acazias, Joáz e Amazias, que constam do registro da descendência de Davi em I Crônicas 3:11-12; também, tanto em uma como na outra (a de I Crônicas e a de Mateus) é omitido o nome do rei Uzias (filho de Amazias), que reinou em Judá durante 52 anos; sendo dito sobre ele em II Crônicas 26:4-5 - Ele fez o que era reto aos olhos do Senhor, conforme tudo o que fizera Amazias seu pai. E buscou a Deus enquanto viveu Zacarias, que o instruiu no temor de Deus; e enquanto buscou ao Senhor, Deus o fez prosperar; também 26:16 ─ Mas, quando ele se havia tornado poderoso, o seu coração se exaltou de modo que se corrompeu, e cometeu transgressões contra o Senhor, seu Deus; pois entrou no templo do Senhor para queimar incenso no altar do incenso... Por essa intromissão indevida no templo; o Senhor o faz ficar leproso; sendo talvez esse o motivo da omissão do seu nome na genealogia de Davi.            

89
         Voltando à questão objetiva sobre o texto da oração de Jabez; vamos buscar analisá-lo nas suas de fato informações e o seu nível de valorização (tanto quanto ao seu exemplo e legitimação canônica de ser ou não ela regra a ser seguida).

90
         Como já disse, não há registro no texto (capítulo quatro) de nenhum vínculo (parentesco) de Jabez quanto à paternidade ou filiação com os que o antecedem e com os o sucedem, e no que se diz respeito à irmãos; há tão-somente a afirmação aleatória e de auto-afirmação sobre esses seus irmãos, que o cronista não diz quem são... Essa auto-afirmação de Jabez sobre os seus não identificados irmãos; pela sua inconsistência de informação, suscita a especulação do grau de brilho do ilustre Jabez. Primeiro ─ Os irmãos de Jabez seriam pessoas de ótima índole, dignos e também ilustres, todavia Jabez, ─ como afirma o cronista, seria mais ilustre que eles... Segundo ─ Os irmãos de Jabez seriam tão-somente pessoas normais sem muito brilho  (sendo esta a conclusão mais plausível, pois esses irmãos são omitidos pelo cronista, que os coloca no eterno anonimato), e Jabez sendo mais ilustre que eles; não seria “tão ilustre assim, pois o seu brilho e notoriedade (segundo o que registrou o cronista) está a partir do contraponto ou auto-afirmação sobre esses  irmãos.



          O NOSSO EGOÍSMO


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         No texto do preâmbulo (introdução), trabalhei a constatação de que nós seres humanos somos naturalmente egoístas; e também constatamos que, na maioria dos casos; nas nossas orações é que revelamos essa nossa forte tendência para primeiramente tudo para mim e depois tudo para mim também; que é exatamente diferente do - Tudo eu?.. Tudo eu?.. Aqui quando reivindicam de nós alguma coisa que tenhamos que fazer ou dar; sendo que os defensores da oração de Jabez como amuleto defendem como legítimo esse egoísmo,  que eu tenho, você tem e eles têm; que entretanto devemos ardentemente buscar evitar que assim sejamos no nosso proceder. 

92
         O ilustre Jabez (ser humano como nós), na sua oração procedeu exatamente assim (com todo esse grau de egoísmo), como temos procedido nas nossas orações; e o pior disto é que muitas lideranças que são também consideradas como ilustres, nos ensinam (com toda carga de massificação do poder da mídia) que o nosso Deus é o “deus provedor de todas as coisas, do qual eu, você e quem quer que seja, pode dizer eu quero, eu exijo que tu me abençoes” e tu (Deus), não tens como dizer não a nenhum de nós, pois é em nome de Jesus que estamos exigindo!.       

93
         Quanto a Jabez ter sido mais ilustre que seus irmãos (como já detalhei), houve por parte do cronista o flagrante interesse de assim registrar, entretanto, não lhe foi possível dar detalhes claros e objetivos quanto a isso; o que já mostra a priori a improcedência dessa oração como modelo ou referência a ser seguida, e também nos permite advertir de maneira grave; que se deva tomar o devido cuidado com o estudo bíblico, sua sistematização e a conseqüente valorização e uso prático de certos ensinamentos, como no caso dessa oração, que é de muito pequeno valor e de uso indevido.

94
Quanto à valorização do duvidoso brilho do ilustre Jabez; gostaria de Apresentar-lhes alguém realmente, digno, justo, paciente, amoroso, conciliador, respeitador, perdoador, realmente obediente a Deus de maneira plena e “verdadeiramente comprovado e devidamente registrado como um ilustre no seu mais alto sentido e de fato, acima de seu pai, sua mãe e todos os seus irmãos”, conforme Gênesis capítulos 37, 38, 39, 40, 41, 42, 43, 44, 45, 46, 47 e 48; que mostra toda a trajetória da vida desse, desde jovem; servo fiel de Deus e que veio a se tornar o segundo no grande império egípcio contemporâneo àquela época em que este grande homem viveu: Ele foi bisneto de Abraão, neto de Isaque, filho de Jacó,  irmão de Judá, pai de Manassés e Efraim, e também  Governador do Egito; sim, é ele mesmo “José”; cujo o exemplo de vida vale a pena  ser imitado por qualquer um de nós.

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Embora tenha explicado no texto da apresentação; que esse nosso livro não é exatamente uma contraposição à oração de Jabez e sim toda uma carga contra a interpretação contemporânea dessa oração; que principalmente no caso da mais famosa obra sobre ela; a maneira como é incentivado o seu uso e os mecanismos (métodos de praticá-la) para a sua efetiva e indevida prática, são de fato à luz do texto sagrado a mais clara heresia... Aqui neste meu livro, que pretende objetivamente comparar a oração de Jabez com a de Salomão (a feita por ele no início do seu reinado), buscando tirar lições que nos sejam úteis; acabou    por conseqüência da coerência  responsável como estou tratando esse assunto ─ sendo necessário trabalhar de maneira efetiva e num estudo de aprofundamento sério, as descendências de Judá, o quem foi de fato Jabez e também avaliar a sua oração; entendo, e rogo que assim seja entendido, o que está sendo reproduzido aqui é exatamente amor e respeito pelo texto sagrado e a sua fiel interpretação, pois não convivi com Jabez e decididamente não tenho nada pessoal contra ele.

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O cerne ou o objetivamente claro com relação à oração de Jabez; é que o seu componente claramente egoísta (o pedir somente para si e objetivar o essencialmente material, “a dita benção”); não era impróprio naquela época, no grau que o é hoje; que dependendo do que se peça; além de impróprio pode se constituir em claro pecado, pois pedir riquezas hoje é idolatria ou literalmente adoração a Mamon (Mateus 6:24-34)... Naquela época não havia a idéia de ressurreição, a atuação e aprovação de Deus era entendida tão-somente como sucesso e crescimento econômico, entretanto no início da era cristã; o Senhor Jesus veio a dizer: Ai de vós ricos, Lucas 6:24; é mais fácil (...), Mateus 19:23; parábola do rico e Lázaro, Lucas 16:19-31; os que querem ser ricos, I Timóteo 6:5-10; e a regra áurea quanto ao que se pede à Deus, Mateus 6:33 ─  Mas buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas; sendo esse o texto sinopse da nossa relação com Deus, quanto aos nossos anelos e desejos nesse nosso conviver com Ele e o seu Filho, o Senhor Jesus.

97
Considerando as minhas ponderações anteriores, enseja-se a necessidade de informar algo importantíssimo em estudo bíblico, que é contemplar e levar em conta a trajetória do ensinamento progressivo (revelação progressiva) existente no desenvolver, acontecer e sistematizar  registrado desde Gênesis até o Apocalipse; onde se constata um total desconhecimento ou esquecimento disto por parte das  chamadas importantes lideranças evangélicas; que não têm conseguido identificar textos específicos (que não transitam ou se universalizam), e o tão grave como isto; não conseguem ponderar informações dentro da visão da revelação progressiva, que é exatamente onde esbarram os profetizadores, abençoadores e os famosíssimos prosperizadores de plantão.      

98
Estou fazendo essas sucessivas ponderações porque é justamente dentro desse vazio de como interpretar corretamente as Escrituras (teologia) que a chamada teologia da prosperidade encontra campo para se fundamentar, sendo que a difundida interpretação e valorização da oração de Jabez se inserem dentro desse vazio do conhecimento pleno do texto sagrado.

99
Voltando às questões finais e específicas quanto à oração de Jabez, agora no que diz respeito às informações do seu texto... Lembrando-os que já comentei sobre a pessoa de Jabez e a sua condição de ilustre informada no texto. Jabez na sua oração começa pedindo que Deus o abençoe; que naquela época, considerando não somente a Jabez, mas todo o período que compreende todos os relatos do Antigo Testamento... Esse pedido, com esse componente (benção) era aceitável (em função da fase inicial do conhecimento pleno das coisas de Deus), entretanto, o Senhor Jesus veio nos informar através do Evangelho segundo Mateus 6:33 ─ Mas buscai primeiro seu reino a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.             
100
Para aguçar a sua mente quanto à questão pedir a chamada benção, considere e busque lembrar que a doutrina da prosperidade tem a sua fundamentação básica em textos do Antigo Testamento, nos quais, os defensores dessa deformação doutrinária, só conseguem  fundamentá-la (de maneira capenga e indevida) no texto de João 10:10 ─ O ladrão não vem senão cara roubar, matar e destruir; eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância... Não há no Novo Testamento; promessas específicas do baú da felicidade (prosperidade), e nesse texto acima; a “vida em abundância” informada pelo Senhor Jesus é a vida eterna e não essa vida neste mundo, tanto que já ponderei quanto a isto anteriormente no subtítulo O NOSSO EGOISMO, no qual citei vários endereços onde o Senhor Jesus faz afirmações e advertências quanto à busca de riquezas neste mundo por parte de alguns de nós, e o Mestre procura nos fazer entender através do texto de Mateus 6:33, e o apóstolo João, demonstrando ter absorvido todo esses ensinamentos dados por Jesus, ele reproduz parte desse ensinamento, quando diz em I João 2:15 ─ Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele.       

101
No seguimento da sua oração, Jabez pede que o Senhor alargue os seus termos (os marcos ou limites de suas propriedades), ou literalmente que o Senhor aumente os seus bens imóveis, sendo isto o que está implicitamente no texto, com os componentes de egoísmo admissíveis para aquele estágio da revelação progressiva a nós seres humanos... Sendo que a construção de exegese (explicação) feita para essa parte da oração; nas famosas obras já publicadas; Jabez quer que seus termos sejam ampliados, para assim poder melhor fazer a vontade de Deus e também melhor ajudar às pessoas... Como homilética (discurso de ensino) é até aceitável (embora não o seja de fato), entretanto do ponto de vista da efetiva verdade sobre o texto; não cabe de maneira alguma especular esse ou outro qualquer caminho efetivamente definitivo diferente do que de fato o texto informa, que é ter seus bens aumentados ─ como dizem os avarentos de hoje, prosperar e prosperar  ─, e ainda,  o ser ilustre não contempla necessariamente ser alguém interessado no crescimento do reino ou que pratique a beneficência.

102
Por fim, Jabez pede que o Senhor o livre do mal... No período do Antigo Testamento havia a preocupação exacerbada quanto aos inimigos; e nisto podemos concluir com toda a segurança; que ao pedir que o Senhor não permita que ele do mal seja afligido, isso implica literalmente dizer que o Senhor o defenda dos seus inimigos, sendo esse um dos senões da oração de Salomão que iremos contrapor a essa de Jabez, conforme I Reis 3:11 ─ Pelo que Deus lhe disse: Porquanto pediste isto, e não pediste para ti muitos dias, nem riquezas, nem a vida de teus inimigos, mas pediste entendimento para discernireis o que é justo.  O texto acima é parte da oração de Salomão, que será o segundo e último capítulo desse livro,  no qual, do mesmo modo como estou avaliado a oração de Jabez, também farei o mesmo com a de Salomão.

103
         Agora para concluir, não só a questão genealogia e descendências e também o texto da oração de Jabez, como já fiz; vou trabalhar a questão maior quanto a essa oração, que é o ponto ou fator que possibilitou a sua valorização contemporânea; que é a conclusão ou informação que nos é dada pelo escriba (cronista) que redigiu os escritos do livro das crônicas; que pelo período que abrange: Quarenta anos do reino de Davi, quarenta anos do reino de Salomão  ─ levando-se em conta o reino de Judá, que começa com a divisão; tendo o de Israel dez tribos e o de Judá duas  ─, e considerando que o de Judá é o último a ser conquistado; teríamos para esses dois reinos um período de 432 anos, que somados aos 80 anos; dos 40 de Davi e os 40 de Salomão; seriam 512 anos de relato dos livros das crônicas (tendo também dentro desses relatos os 241 anos do reino de Israel)... Como mencionei no início desse parágrafo o fator ou ponto que tem sido a base da valorização exacerbada dessa oração, é a informação do cronista (que está na parte final do texto), que diz: E Deus lhe concedeu o que o que lhe pedira.

104
         Dentro de parte do início desse meu livro, que é transcrição do livro também de minha autoria Ceia, sim! Cruz, não!; ali, já informei que os livros das crônicas são um só livro no cânon judaico e também que ele ou eles são a repetição dos livros dos reis... Na LXX ─ tradução do Antigo Testamento para o grego, chamada setuaginta  ─, os livros das crônicas levam o nome de PARALEIPONEMA (o que não foi dito, ou o que faltou dizer).

105
         Concluindo as ponderações e informações sobre os livros das crônicas; agora para finalizar quanto ao fato de Deus ter atendido à oração de Jabez; concluo (para a informação pormenorizada dos que estão lendo esse livro), que obviamente, os livros das crônicas foram paulatinamente escritos por vários escribas ou uma espécie de revisão e compilação de parte do livro de II Samuel e dos livros dos I e II Reis; também mais para o final do período das monarquias provavelmente, foi feita outra compilação, pois no primeiro e no segundo livros de reis, há a menção da existência específica de livro das crônicas dos reis de Israel (sete vezes) e dos reis de Judá (também sete vezes), como esta de I Reis 22:39   Quanto ao restante dos atos de Acabe, e a tudo quanto fez, e à casa de marfim que construiu, e a todas as cidades que edificou, porventura não estão escritos no livro das crônicas dos reis de Israel? Também conforme II Reis 21:17 ─  Quanto ao restante dos atos de Manassés, e tudo quanto fez, e ao pecado que cometeu, porventura não estão escritos no livro das crônicas dos reis de Judá?.. A ponderação quanto a essa evolução na compilação, está no fato de existir essas informações sobre os livros de reis, e por constatar que nos livros de I Crônicas;  informações sobre o reinado de Davi e o de Salomão (terceiro e último do reino único) e no de II Crônicas, ainda o de Salomão e depois, até o final do livro, constar informações sobre os reinos de Judá e o de Israel, numa inserção concomitante (paralela e ao mesmo tempo).                           

106
         Na parte final da oração de Jabez, é informado pelo cronista que: E Deus lhe concedeu o que lhe pedira. Procure lembrar as obras (livros) sobre a oração de Jabez, você constatará que a valorização dessa oração está exatamente a partir do fato de Deus a ter atendido... Caminhemos juntos nessa avaliação e procuremos entender o que seja exatamente ser atendido por Deus.

107
         O que se tem lido e ouvido sobre a oração de Jabez, tem conduzido (em alguns casos através de um claro e objeto condicionamento) a ver um poderoso e ilustre homem que consegue com que Deus decida à seu favor; sendo que esta é a idéia ou visão hoje  generalizada e nos é ostensivamente impingida através da mídia, pelos que nos ensinam a exigir e determinar que Deus nos atenda.

108
         Parece que decididamente a grande maioria das pessoas que dizem professar o nome do nosso Senhor Jesus não tem os elementares conhecimentos de Deus, da sua Palavra e especificamente de oração, quando valorizam àquele que ora em detrimento Daquele que ouve a oração... Não é a fé ou a determinação em conseguir algo da parte de Deus que torna possível atendimento, mas sim, as suas misericórdias, conforme Lamentações 3:22    A benignidade do Senhor jamais acaba, as suas misericórdias  não têm fim.

109
         Preste a atenção que não estou dizendo não ser através da fé pela oração que se consegue algo de Deus e sim que o fato de sermos atendidos está obviamente em razão da sua misericórdia e prévia intenção de Deus tem uma espécie de obrigação em nos atender, sendo isto tremendamente diferente da valorização dada aos que dizem que abençoam, que profetizam e os chamados ditos portadores das orações fortes; também, especificamente no caso da oração de Jabez, que ganhou status de recitação mágica, em que, todas essas deformações pecam no não entender que o importante não foi, não é, e nem será aquele que ora ou a oração (embora existam orações, umas melhores que as outras, no seu conteúdo) e sim, o Deus que ouve e atende a oração; como a oração de Ana e a do publicano, conforme I Samuel 1:12-13 ─ Continuando ela a orar perante o Senhor, Eli observou a sua boca; porquanto Ana falava no seu coração; só se moviam os seus lábios, e não se ouvia a sua voz; pelo que Eli a teve como embriagada. A do fariseu e a do publicano, conforme Lucas 18:13 ─ Mas o publicano, estando em pé de longe, nem ainda queria levantar os olhos ao céu, mas batia no peito, dizendo: Ó Deus, sê propício a mim, o pecador!     
                  
110
         Estou fazendo essas ponderações, quanto ao entender plenamente essa nossa relação, nós os pedintes, e Deus, o doador da vida e de todas as coisas; no que, essa relação não se mede e se realiza a partir dessa fé egoísta, imediatista e popularesca apregoada aí por aproveitadores em todos os cantos, porquanto, a fé de que trata as Escrituras, não é algo parecido com ter pago a passagem e ter certeza que o meio de transporte nos levará a um determinado destino preestabelecido... Voltarei a falar da fé ensinada na Bíblia no capítulo seguinte sobre a oração de Salomão.                                 


                                                                                         

A  ORAÇÃO  DE  JABEZ   E  A  DE  SALOMÃO

 


CAPÍTULO  SEGUNDO      A  ORAÇÃO  DE  SALOMÃO


111
         Como o título sinaliza, e tenho já informado, no anterior; esse capítulo, que tem como base a primeira oração de Salomão, é de fato um contraponto à oração de Jabez e principalmente uma veemente avaliação de contestação de como ela é ensinada e valorizada; e também como nos é impingida com componentes de condicionamento, que decididamente não têm nada a ver com o Evangelho e os ensinamentos do nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo.

112
         A oração de Salomão a qual nos referimos consta do texto de I Reis 3:5-15 (texto detalhado e extenso), também essa oração está presente (e reproduziremos esse texto) em II Crônicas 1:7-13 ─ Naquela mesma noite Deus apareceu a Salomão, e lhe disse: Pede o que queres que eu lhe dê. E Salomão disse a Deus: Tu usastes de grande benevolência para com meu pai Davi, e a mim me fizeste rei no seu lugar.  Agora, pois, ó Senhor Deus, confirme-se a tua promessa, dada a meu pai Davi; porque tu me fizeste rei sobre um povo numeroso como o pó da terra. Dá-me, pois, agora sabedoria e conhecimento, para que eu possa sair e entrar perante este povo; pois quem poderá julgar este teu povo, que é tão grande? Então Deus disse a Salomão: Porquanto houve isto no teu coração, e não pediste riquezas, bens ou honra, nem a morte de dos que te odeiam, nem tampouco pediste muitos dias de vida, mas pediste para ti sabedoria e conhecimento para poderes julgar o meu povo, sobre o qual te fiz reinar, sabedoria e conhecimento te são dados; também te darei riquezas, bens e honra, qual não teve nenhum rei antes de ti, nem haverá depois de ti rei que tenha coisas semelhantes. Assim Salomão veio a Jerusalém, do alto que estava em Gibeão, de diante da tenda da revelação; e reinou sobre Israel.                        

113
         A primeira ponderação que vou fazer quanto a oração de Salomão está na direção da legitimação de importância dada pela regra de sistematização sancionada no texto de Isaías 28:9-13 e João 8:13-18, conforme já detalhei no capítulo anterior.

114
         A oração de Jabez, só é presente no texto de I Crônicas 4:10 ou um único texto; não sendo contemplada pela regra de legitimação e importância dos dois testemunhos ou dois textos sobre o assunto; em contrapartida a oração de Salomão é consagrada nesta regra; nos seus dois textos registrados em I Reis 3:5-15 e em II Crônicas 1:7-13, e ainda no seu conteúdo traz ponderações e um pedido que se enquadram plenamente nos ensinos contemporâneos do Senhor Jesus.

115
         Salomão; todos nós conhecemos de maneira clara e objetiva, pois o texto bíblico informa toda a vida e trajetória desse homem que soube começar a sua vida de relacionamento com Deus... Informado de maneira clara na Bíblia como descendente de Judá, filho de Davi com Bate-Seba; de quem nós conhecemos os irmãos e filhos, e também é aquela pessoa que Deus permitiu lhe erguer um templo; daí, fazer essa ponderação, porquanto como já detalhei no capítulo anterior; não nos foi possível determinar de maneira objetiva os parentes anteriores e posteriores de Jabez, e sim tão-somente que tinha irmãos (que não sabemos os seus nomes), e que esses não eram ilustres como ele.           

116
         Agora começando efetivamente a avaliação da oração de Salomão... Somos informados no início do texto que fala desta oração (tanto no de I Reis, como no de II Crônicas), que o Senhor nosso Deus apareceu à Salomão em sonhos e lhe disse que pedisse o que quisesse. No início do texto da oração de Jabez somos informados, que ele era mais ilustre que seus irmãos e que invocou (orou, pediu) a Deus; diferentemente somos informados no início do texto da oração de Salomão que a iniciativa fora do Senhor nosso Deus;  como somos informados em vários textos bíblicos; o Senhor está sempre solícito em nos atender, conforme Isaías 59:1-2 ─ Eis que a mão do Senhor não está encolhida, para que não possa salvar; nem surdo o seu ouvido, para que não possa ouvir; mas as vossas iniqüidades fazem separação entre vós e o vosso Deus; e os vossos pecados esconderam o seu rosto de vós, de modo que não vos ouça.        

117
         Nesse meu primeiro contraponto entre essas duas orações, surge a priori a possibilidade de caminhar no entendimento de que existe a oração cujo texto (como a de Salomão cujo pedido, foi sabedoria), Deus está vivamente interessado e ansioso que a façamos, pois o que Deus disse (colocando as nossas palavras), poderia ser: “Salomão peça imediatamente isto que está em tua mente, pois este é para mim, um dos melhores pedidos que alguém possa Me fazer”.  

118
         No seguimento do texto, Salomão faz ponderações de agradecimento a Deus, pela maneira misericordiosa como tratou a Davi seu pai, e lembra a promessa feita por Deus a seu pai, e arrazoa que sendo ele Salomão o seguimento dessa promessa; pede a Deus que lhe conceda sabedoria para governar de maneira correta e justa o numeroso povo de Israel.       

119
         Esse único pedido (o de sabedoria) feito por Salomão foi muito bem recebido por Deus, conforme detalharei; mas, antes disso gostaria de tecer alguns comentários sobre essa questão maravilhosa que é a sabedoria, ou o temor e a submissão incondicional à Deus, que se traduz no conhecê-lo plenamente.



          A  SABEDORIA  QUE  VEM  DE  DEUS

120
         No quinto livro da Bíblia já somos informados que o princípio da sabedoria está no conhecimento das leis de Deus, e mais ainda no conhecimento do próprio Deus da lei e do amor; comecemos por esse texto de Deuteronômio 4:5-7 ─ Eis que vos ensinei estatutos e preceitos, como o Senhor meu Deus me ordenou, para que os observeis no meio da terra na qual estais entrando para possuirdes. Guardai-os e observai-os, porque isso é a vossa sabedoria e o vosso entendimento à vista dos povos, que ouvirão todos esses estatutos, e dirão: Esta grande nação é deveras povo sábio e entendido. Pois que grande nação há que tenha deuses tão chegados a si como o é a nós o Senhor nosso Deus todas as vezes que o invocamos.      

121
         Também o Salmo 19:7-11 ─ a lei do Senhor é perfeita, e refrigera a alma; o testemunho do Senhor é fiel, e dá sabedoria aos simples. Os preceitos do Senhor são retos, e alegram o coração; o mandamento do Senhor é puro, e alumia os olhos. O temor do Senhor é limpo, e permanece para sempre; os juízos do Senhor são verdadeiros e  inteiramente justos.   Mais desejáveis são que o ouro, sim, do que muito ouro fino; e mais doce que o mel e o que goteja dos favos. Também por eles teu servo é advertido; e em os guardar há grande recompensa.  Ainda o Salmo 111:10 ─ O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; têm bom entendimento todos os que cumprem seus preceitos; o seu louvor subsiste para sempre.      

122
         Tiago, o apóstolo “pavio curto”, e de palavras objetivas e duras; no começo de sua epístola, fala da necessidade de sermos perseverantes e nos incita e ensina a buscarmos a sabedoria, conforme Tiago1:5 ─ Ora, se algum de vós tem falta de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente e não censura, e ser-lhe-á dada.

123
         O interessante na avaliação dessas duas orações, é que, tendo a oração de Jabez dentro de si, três pedidos objetivos, e a de Salomão; um pedido apenas: a de Jabez e de iniciativa do próprio Jabez, contemplando três pedidos como já disse; diferentemente, a de Salomão; Deus manda que ele a faça (mandou que pedisse); e ele a tendo feito, coloca nesse pedido (oração), um único pedido; que é desejar ou querer sabedoria... Observem que, como se fora exatamente um contraponto, Deus pondera que Salomão foi inteligente no seu pedido, porquanto não fez a oração ou pedido como “os Jabez” as faziam (também os Jabez de hoje o fazem), ou seja, pediam e pedem benção, aumento dos seus termos (mais bens imóveis, prosperidade) e que o livrasse do mal (como era comum naquela época, que o livrasse dos seus inimigos). Nisto, sinto-me muito feliz por constatar, que tendo eu proposto escrever esse contraponto à oração de Jabez; neste fazer, aparece de maneira conclusiva o contraponto detalhado do próprio Deus; na qual, de forma objetiva somos remetidos para “o buscai em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça (Mateus 6:33), ensinado por Jesus”; e ao mesmo tempo a exata reprovação ou chamamento de atenção para a pouca pertinência (embora Deus os tenha atendido) dos pedidos dos Jabez de ontem e os de hoje, conforme a observação sobre esses pedidos feita em I Reis 3:5-15 e II Crônicas 1:11-12 ─ Então Deus disse a Salomão: Porquanto houve isto no teu coração, e não pediste riquezas, bens ou honra, nem morte dos que te odeiam, nem tampouco pediste muitos anos de vida, mas pediste para ti sabedoria e conhecimento para poderes julgar o meu povo, sobre o qual te fiz reinar, sabedoria e conhecimento te são dados; também te darei riquezas, bens e honra, quais não teve nenhum rei antes de ti, nem haverá depois de ti rei que tenha coisas semelhantes.                                   

124
         No capítulo anterior, ponderei que os componentes da oração de Jabez, são incompatíveis com os ensinamentos do Senhor Jesus (por terem transitado no tempo); pois há no conjunto de ensinamentos do texto sagrado, o que é entendido pelos que estudam a bíblia, a de fato, revelação progressiva (por exemplo: com o sacrifício do Senhor Jesus; cessa o imolar animais como oferta pelos pecados), que abrange a tudo na nossa relação com Deus... Tanto que, como já tenho ponderado; o pedir riquezas e prosperidade (que são os componentes básicos da oração de Jabez); naquele momento dessa relação humana com Deus (considerando a progressão da revelação de ensinamentos) era de algum modo correto se pedir riquezas; entretanto o Senhor Jesus veio ensinar exatamente ao contrário, conforme Mateus 6:33 (regra áurea) e agravando quanto à questão riquezas, quando diz que querer enriquecer corresponde a idolatria, conforme Mateus 6:24 e Lucas 16:13; que no entendimento dos evangelistas, dos apóstolos e todas as lideranças; os levaram a grafar nos Evangelhos; não (grego, πλϋτος = PLUTO), para riquezas, e sim MAMON (deus das riquezas, Μαμωνας), que em algumas Bíblias consta dos textos, e em outras, é reproduzido riquezas, e informado no rodapé que o correto seria MAMON.

125
Outra coisa importantíssima quanto a essa ponderação do capítulo anterior; é que nos livros sobre a oração de Jabez; cometem erros gravíssimos de interpretação bíblica, inclusive induzindo o leitor a entender o direito de fazer homilética barata de alienação, sem o compromisso efetivo de interpretar o que o texto de fato informa para o crescimento espiritual..

126
A oração de Jabez tem dentro de si três pedidos, cujo segundo (que estendas ou alargues os meus termos); é literalmente, que aumentes os meus bens imóveis (sendo isto o que exatamente diz o texto), sendo esse ou qualquer um outro texto usado num discurso ou pregação; caberá de alguma forma (como têm sido feito) que se use determinado texto como base ou tema para homilética; entretanto, decididamente isto não legitima entender que essas construções de homilética (pregação, discurso) sejam a real interpretação do texto nas suas reais informações.



O  VALOR  DO  QUE  É  BÍBLICO  II

127
No caso específico desse segundo pedido constante da oração de Jabez; os livros já escritos sobre essa oração; trabalham a idéia de que quando Jabez pedira que Deus alargasse os seus termos; deve ser entendido (segundo a visão desses escritores) como se ele estivesse pedindo mais oportunidades  ou que Deus lhe desse mais espaço para melhor difundir os seus ensinamentos...  Especular sobre isto e nesta direção, se constitui em uma grave agressão ao texto bíblico e também um desserviço ao entendimento do que realmente a Bíblia ensina; porquanto de fato (como já ponderei anteriormente), não é isto precisamente que esse texto informa ou o que Jabez realmente pediu.                                  

128
         Continuando a minha contraposição e efetiva comparação entre as duas orações, trabalhei a identificação de Jabez e a sua oração; reitero que embora nesse caminhar tenha de alguma forma ofuscado o brilho da pessoa de Jabez, ─ na verdade não o temos ofuscado, e sim, mostrado que o verdadeiro Jabez é aquele  do texto sagrado, e não o construído pelos que usam a Bíblia para temas de manipulação de suas idéias... Com já disse anteriormente: não tenho nada de pessoal contra Jabez; até porque estou a alguns milhares de anos depois da morte dele...

129
         O fato é que na principal obra (livro) sobre a oração de Jabez, cujas observações e ponderações sobre a sua improcedência constam no subtítulo o valor do que é bíblico I (do capítulo anterior) e também sobre historiazinhas de ilustração existentes nessas obras (que da mesma forma como as experiências dos chamados grandes líderes; acabam prevalecendo como regra ou doutrina, em detrimento do que preceitua o texto sagrado), que diz:: “no depósito de bênçãos dos céus; estão armazenadas as bênçãos de cada um de nós; que se não a pedirmos especificamente, elas lá ficarão para a nossa decepção futura (diz a ilustração)”.            

130
         Creio que a oração de Salomão responde categoricamente a isto, quando o Senhor nosso Deus diz a Salomão em sonhos (parafraseando): Salomão Eu quero que você seja o homem mais sábio, rico e o mais honrado em todos os tempos, pois Eu não tenho, nem preciso de depósitos para guardar essas coisas; pede! Pois Eu já determinei lhe dar tudo isto.   

131
         Paulo escrevendo aos crentes de Roma, diz em Romanos 8:26-28 ─  Do mesmo modo também o Espírito nos ajuda na fraqueza; porque não sabemos o que havemos de pedir como convêm, mas o Espírito mesmo intercede por nós com gemidos inexprimíveis. E aquele que esquadrinha os corações sabe qual é a intenção do Espírito; que ele, segundo a vontade de Deus, intercede pelos santos. E sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.

132
         Devemos tomar todo o cuidado com historiazinhas de ilustração (que ganham força de doutrina), e muito mais com as experiências de líderes chamados importantes, que têm se tornado em uma espécie de outra Bíblia ou como se ela (sendo incompleta) estivesse se completando nas “revelações” contemporâneas dessas importantes lideranças.       

133
         Após essas duas abordagens sobre a questão que eu tenho chamado de historiazinhas de ilustração, possivelmente você tenha a vontade de me perguntar: O Senhor Jesus não pregou e ensinou em todo o tempo do seu ministério, usando ilustrações através de parábolas, que são historiazinhas? Sim, é verdade; as parábolas usadas pelo Senhor Jesus quando ensinava, eram e continuam sendo (pois estão no texto sagrado) historiazinhas de ilustração; também no Antigo Testamento temos dramatizações e parábolas: Dramatizações Isaías 20:2-5 e Jeremias 13:1-11; alegoria Ezequiel 16:1-34; parábola II Samuel 12:1-4... A questão substantiva é que as dramatizações, alegorias e parábolas do texto sagrado: são as que chamamos de canônicas ou as que efetivamente têm de fato a condição e direito de servirem de referencial para a construção de doutrinas ou efetivamente como base para a sistematização teológica.

134
         Estranhamente vemos aqui e ali (de maneira muito freqüente em literatura e falas) o uso do texto bíblico canônico tão-somente como uma espécie de tema, com o concomitante trabalhar exacerbado de historiazinhas contemporâneas ─ que não teria nada de mal, se não colidissem com a verdade bíblica ou, como é feito; não funcionassem como uma pseuda nova revelação ou como alguns defendem; a atualização para os dias de hoje.   

135
         A questão que nós chamamos de historiazinhas, como você deve ter observado. Está a partir de duas vertentes que consideramos perigosas: A primeira  ─ quando a partir do direito de se fazer exegese (explicar) ou homilética (discurso, pregação) usam-se  historiazinhas se sobrepondo ao texto bíblico. (Como no caso do depósito de bênçãos relacionando-o à oração de Jabez). O qual foi usado como um tênue  Tema  para a historiazinha ou para concluir o que foi fundamentado por ela... A segunda ─ se refere à adulteração (perdoem, mas é literalmente isto) de vários outros textos e das parábolas; como o que é dito sobre a parábola da ovelha perdida  ─ que o pastor ao resgatar a perdida; quebra uma das suas patas, para que ela não volte a fugir e a carrega nos ombros... A figura pastor versus ovelha é algo muito presente no texto sagrado; até porque o gado (pecuária), como também a agricultura eram a base principal da economia e das riquezas naquela época, e ainda o é nos dias de hoje, esses setores continuam tendo  esse grande peso na economia em todo o mundo.

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No livro dos Salmos, precisamente o de número vinte e três, no seu primeiro verso, diz ─  O Senhor é o meu pastor; nada me faltará. O Senhor nosso Deus, usando o profeta Ezequiel para falar da sua relação (do Pai), promete a vinda do Filho, o Senhor Jesus (como o bom Pastor, João 10:11) e faz uma severa repreensão aos pastores, aos quais Ele delega o apascentar pequenos rebanhos, que são parte do seu universal rebanho, conforme todo o capítulo trinta e quatro do livro do profeta Ezequiel.

137
Voltando especificamente à questão quebrar a patinha da ovelha para impedir que ela volte a se desgarrar    se este era o procedimento dos pastores no passado, decididamente não tem nada a ver com as inserções bíblicas sobre isto  ─; o que temos no texto bíblico quanto a quebrar ficou a cargo de outros elementos de alegoria, conforme Jeremias 18:4   Como o vaso, que ele fazia de barro, se estragou na mão do oleiro, tornou a fazer dele outro vaso, conforme pareceu bem aos seus olhos fazer. Também, o escritor aos hebreus, lembrando o que Salomão havia dito em Provérbios 3:11-12, diz em Hebreus 12:6-8  Pois o Senhor corrige ao que ama, e açoita a todo o que recebe por filho. É para disciplina que sofreis; Deus vos trata como a filhos; pois qual é o filho a quem o pai não corrija? Mas, se estais sem disciplina, da qual todos se têm tornado participantes, sois então bastardos, e não filhos.

138
Diferentemente, a relação (alegoria e parábola) pastor e ovelha no texto bíblico é totalmente distante da visão do quebrar e tornar  a ovelha um negócio inútil que precisa ser carregado (embora, como diz o escritor aos hebreus; o Senhor nos repreende com amor para o nosso bem); sendo necessário da parte dos que ensinam sobre a Bíblia (a Palavra de Deus), tenham e tenhamos o máximo cuidado em respeitar o texto e buscar informar exatamente o que o escritor bíblico concluiu (sistematizou) a mando de Deus, senão vejamos como o pastor no texto sagrado deve tratar a ovelha desgarrada, Ezequiel 34:16 ─ A perdida buscarei, e a desgarrada voltarei a trazer; a quebrada ligarei, e a enferma fortalecerei; e a gorda e a forte vigiarei. Apascentá-las-ei com justiça. Também Lucas 15:3-6 ─ Então ele lhes propôs esta parábola: Qual de vós é o homem que, possuindo cem ovelhas, e perdendo uma delas, não deixa as noventa e nove no deserto, e não vai após a perdida até que a encontre?  E achando-a, põe-na nos ombros, cheio de júbilo; e chegando a casa, reúne os amigos e vizinhos e lhes diz: Alegrai-vos comigo, porque achei a minha ovelha que se havia perdido... É assim que o texto bíblico vê a relação pastor e  ovelha; consequentemente é assim que devemos usar essas figuras, alegorias e parábolas quando ensinamos coisas concernentes à Palavra de Deus; seja na exegese ou homilética, e é claro que temos o direito de trabalhar no vazio e espaço histórico ou da informação de uma metáfora ou parábola, todavia temos a obrigação de nada produzirmos que colida com o texto sagrado, ainda que essa nossa contemporânea construção possa parecer maravilhosa. 
                               
139
O substantivo quanto a essas ponderações, é que Deus nos permite usar de toda a nossa habilidade lingüística e conhecimentos outros, quando escrevemos ou falamos sobre o texto sagrado, entretanto o nosso parâmetro (que de fato existe); especificamente sobre as revelações finais, nos conduz ao livro de Apocalipse 22:18-19, nessa grave advertência; e Paulo escrevendo à igreja de Corinto, na Grécia; quando objetivamente se contrapunha às filosofias gregas (o estoicismo, o gnosticismo e o epicurismo e ainda a tradição judaica na visão dos judaizantes) que eram  difundidas e mescladas com os ensinamentos do Evangelho    conforme o livro de Atos mostra de maneira textual, pelo menos duas dessas filosofias, Atos 17:18, quando da estada de Paulo em Atenas, que foi exatamente anterior ao início da evangelização dos de Corinto, Atos 18:1-11  ─, ele adverte de maneira grave em I Coríntios 3:10-11 ─ Segundo a graça de Deus que me foi dada, lancei eu, como sábio construtor, o fundamento, e outro edifica sobre ele; mas veja cada um como edifica sobre ele. Porque ninguém pode lançar outro fundamento, além do que já está posto, o qual é Jesus Cristo.

140
         Não estou sendo muito severo ou pragmático demais ao caminhar de maneira objetiva nesta direção, pois existe uma clara advertência bíblica quanto às novidades e coisas agradáveis aos ouvidos, conforme o Senhor Jesus adverte em Mateus 24:24 ─ Porque hão de surgir falsos cristos e falsos profetas, e farão grandes sinais e prodígios; de modo que, se possível fora, enganariam até os escolhidos; e Paulo chama a atenção para o perigo dessas “coisas atraentes” em II Timóteo 4:3-4 ─ Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina, mas “tendo o desejo de ouvir coisas agradáveis” (tradução literal do original, tendo comichão dos ouvidos), ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não só desviarão os ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas.

141
         Reiterando literalmente, não estou sendo muito severo ou pragmático demais quanto a essa minha postura, inclusive rememorando o contraponto de Paulo às filosofias helênicas, conforme I Coríntios 3:10-11, e também a advertência do Senhor Jesus quanto ao engano vindo por parte de pessoas cujo o compromisso não seria exatamente com as verdades do Evangelho, conforme Mateus 24:24, que é trazida por Paulo novamente escrevendo sua segunda carta a seu filho na fé, conforme II Timóteo 4:3-4; na qual,  essa nossa ponderação reiterada; tem o objetivo de nos alertar quanto ao não sermos “inocentes úteis” na divulgação de coisas que não representam exatamente a verdade bíblica, que fomos comissionados pelo Senhor Jesus a pregar e ensinar.                               



           A  SABADORIA COMO ALEGORIA DE JESUS

142
         Voltando ao Salomão da oração de contraponto a de Jabez; consideremos que no seu livro de provérbios, ele o começa prefaciando-o (Prov. 1:1-6) com o elenco (lista) de pressupostos para se chegar à sabedoria (até o versículo seis), e no versículo sete (precisamente), ele indica e identifica a fonte e como se consegue ou como alguém pode se tornar sábio, conforme seu pai, o rei Davi, já havia dito no Salmo 111:10 ─ O temor do Senhor é o princípio da sabedoria; têm bom entendimento todos os que cumprem seus preceitos.

143
         No capítulo oito desse livro de provérbios, Salomão é usado poderosamente por Deus para identificar ou efetivamente começar a construir esse arcabouço maravilhoso das idéias, do conhecimento, da realidade, da racionalidade (que é o efetivo conhecer a Deus, que é também a de fato sabedoria)...

144
De fato esse  capítulo oito de provérbios (Prov. 8:1-21) é o mostrar através de Salomão que Deus é o artífice da sabedoria; e a partir do versículo vinte e dois, até o trinta e seis (Prov. 8:22-36) busca a construção já começada pelos salmistas, quando se referiram inconscientemente à pessoa do Senhor Jesus, conforme o escritor aos hebreus identifica nos dois primeiros capítulos dessa sua epístola escrita em forma de midrash: Heb. 1:5 (Salmo 2:7), Heb. 1:7 (Salmo 104:4), Heb. 1:8 (Salmo 45:6-7), Heb. 1:10 (Salmo 102:26-27), Heb. 1:13 (Salmo 110:1), Heb. 1:14 (Salmo 103:20), Heb. 2:6 (Salmo 8:4-6), Heb. 2:12 (Salmo 22:22-23), Heb. 2:13 (Salmo 71:1-3), mostrando que vários dos Salmos eram profecias, e esse capítulo oito do livro de provérbios sobre a sabedoria, é uma alegoria profética da pessoa do Senhor Jesus, que é o LOGOS (Palavra), também nas traduções o “verbo”, conforme João 1:1-3 - No princípio era o verbo, e o verbo estava com Deus, e o verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e sem ele nada do que foi feito se fez. Também Apocalipse 19:11-13 - E vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava montado nele chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja  com justiça. Os seus olhos eram como chama de fogo; sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo. Estava vestido de um manto salpicado de sangue; e o nome pelo qual se chama é o Verbo de Deus. Sobre a palavra logos (grego, λόγος) ver no meu  Blog sobre igrejas em células, endereço    www.igrejasemcelulas.blogspot.com  o porquê ela é maximizada no Novo Testamento.

145
Observe agora o texto profético de Provérbios e dê uma especial atenção aos versículos de trinta e quatro a trinta e seis, conforme Provérbios 8.22-36 ─ o Senhor me criou como uma das suas primeiras obras o princípio dos seus feitos mais antigos. Desde a antigüidade fui constituída, desde o princípio antes de existir a terra. Antes de haver abismo, fui gerada, e antes ainda de haver fontes cheias d’água. Antes dos montes fossem firmados, antes dos outeiros eu nasci, quando ele ainda não tinha feito a terra com seus campos, nem sequer o princípio do pó do mundo. Quando ele preparava os céus, aí estava eu; quando traçava um círculo sobre a face do abismo, quando estabelecia o firmamento em cima, quando se firmavam as fontes do abismo, quando ele fixava ao mar o seu termo, para que as águas não traspassassem o seu mando, quando traçava os fundamentos da terra, então eu estava ao seu lado como arquiteto, e era cada dia as suas delícias, alegrando-me perante ele por todo o tempo; folgando no seu mundo habitável, e achando as minhas delícias com os filhos dos homens. Agora, pois, filhos. Ouvi-me; porque felizes são os que guardam os seus caminhos. Ouvi a correção, e sede sábios; e não rejeiteis. Feliz é o homem que me dá ouvidos, velando cada dia às minhas entradas, esperando junto as ombreiras da minha porta. Porque o que me achar achará a vida, e alcançará o favor do Senhor. Mas, o que pecar contra mim fará mal à sua própria alma; todos os que me odeiam amam a morte.
          
146
         Antes de caminhar novamente de modo mais específico sobre a sabedoria, bom seria  e necessário é que lembremos do que o Senhor Jesus disse, conforme João 10:9 ─ Eu sou a porta; se alguém entrar por mim, será salvo; entrará e sairá, e achará pastagens.   Também lembremos do que está em João 14:6 ─ Respondeu-lhe Jesus: Eu sou o caminho, e a verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por mim.                     

147
         Para que você possa entender melhor a dinâmica profética da Bíblia, compare os dois textos acima, com o anterior de Provérbios 8:34-36.       

148
         Tem-se na oração de Jabez, em I Crônicas 4:10 ─ Porque Jabez invocou o Deus de Israel, dizendo: Se me abençoares muitíssimo, e os meus termos ampliares, e tua mão for comigo, e fizeres que do mal não seja afligido!.. E Deus lhe concedeu o que lhe tinha pedido. Novamente, tomando como referência os três pedidos dos feitos por Jabez; que nele pede que o Senhor o abençoe, aumente os seus termos e o livre do mal; quero agora de maneira mais efetiva (embora já o tenha feito) mostrar o modo como o Senhor nosso Deus abençoou a Salomão; sem que ele lhe tenha pedido.



A  BENÇÃO  QUANDO SE BUSCA EM PRIMEIRO LUGAR A DEUS

149
         No livro de I Reis, do capítulo três ao capítulo nove; também no livro de II Crônicas capítulo primeiro até o capítulo oito, temos toda a trajetória do início do reinado de Salomão, a partir da sua inteligente oração; que contempla alguns principais eventos... A construção do templo, a sua dedicação e a promessa do Senhor nosso Deus; que inclusive é confirmada através do profeta Isaías 56:7 ─ Sim, a esses levarei ao meu santo monte, e os alegrarei na minha casa de oração; os meus holocaustos e os seus sacrifícios serão aceitos no meu altar; porque a minha casa será chamada casa de oração para todos os povos. Também o Senhor Jesus, quando da purificação do templo, legitima o chamar o templo de casa de oração.

150
         A benção a que nos referimos sobre a vida de Salomão, é informada em I Reis capítulo dez e II Crônicas capítulo nove mostram o encontro da rainha de Sabá, que veio para ouvir a sabedoria dele e lhe trouxe muitos presentes; somos também informados que lhe era trazido a cada ano, ouro, com o peso de seiscentos e sessenta e seis talentos, e outros presentes que ele recebia  continuamente; também como aumentou os termos (território) do seu reino e como também teve paz até o final do seu reinado, cujo reino foi dividido somente após a sua morte.

151
         Para melhor visualização de como Deus fez Salomão prosperar    tendo ele pedido sabedoria e não riquezas, como Jabez  ─, reproduzo o texto de II Crônicas 9:20-24 ─ Também todos os vasos de beber do rei Salomão eram de ouro, e todos os utensílios da casa do bosque do Líbano, de ouro puro; a prata reputava-se sem valor nos dias de Salomão. Pois o rei tinha navios que iam a Társis com os servos de Hurão; de três em três anos os navios voltavam de Társis, trazendo ouro, prata, marfim, bugios e   pavões. Assim excedeu o rei Salomão todos os reis da terra, em riquezas e sabedoria. E todos os reis da terra buscavam a presença de Salomão para ouvirem a sabedoria que Deus lhe tinha posto no coração.  Cada um trazia o seu presente, vasos de prata, vasos de ouro, vestidos, armaduras, especiarias, cavalos e mulos, uma cota de ano em ano.          

152
         Prosseguindo sobre Salomão e a sabedoria, tem-se que principalmente avaliar o livro de Eclesiastes, que é de sua autoria, como o livro de Provérbios, o Salmo setenta e dois e o livro dos Cânticos dos Cânticos...  Quando digo que devemos avaliar o principalmente o livro de Eclesiastes; é porque este livro mostra de maneira reflexiva toda a trajetória da vida de Salomão, contada pelo próprio; trazendo dentro de toda a narrativa uma autocrítica    e este é o grande instrumento usado por Deus, para dar a plena visualização do é de fato ter tudo na vida; e o que normalmente fazemos com todo esse poder e  benefícios ─, de quem pôde ou poderia gozar e ter na vida tudo o que um ser humano possa imaginar e desejar.

153
         Já há algum tempo, estava gritando dentro de mim o desejo de falar sobre o livro de Eclesiastes; porquanto via com tristeza várias citações desse livro, feitas de maneira aleatória e sem a devida ponderação quanto ao objetivo do todo o conjunto do livro; coisa que ponderei como necessária para uma interpretação séria de livros e textos bíblicos, quando do meu terceiro livro, O Mover do Espírito.         

154
         A questão extremamente séria, quanto à sabedoria (capacidade para avaliar com seriedade e profundidade questões múltiplas e complicadas) e o efetivo vivenciar de tudo na vida; fez com que Salomão produzisse nesse seu “livro desabafo” (como ele diz em Eclesiastes 1:1-18: vaidade de vaidades); toda a plenitude da vulnerabilidade do saciar-se e estar bem por parte do ser humano, quando do seu egoísmo e o amor pelo o que é carnal e terreno se realiza plenamente... Sendo que no caso de Salomão, não houve por parte dele aquela inicial ambição “jabeniana”, tão comum nos nossos dias, no meio chamado evangélico; que é o buscar desenfreadamente a saúde e a prosperidade, pois como já tenho ponderado, ele pediu a Deus tão-somente sabedoria para reinar de maneira justa.

155
         Salomão sem o saber foi usado tremendamente por Deus (o livro de Eclesiastes mostra isto) para deixar claro, para todos nós, os Jabez de hoje que se dizem servos do Senhor Jesus, simplesmente, que tudo é vaidade! Vaidade esta, que ele repete vinte e nove vezes nesse seu livro; e que para você entender melhor o que seja isto; primeiro leia todo o livro de Eclesiastes, e quanto à carga etimológica    o que Salomão quer dizer efetivamente quanto a vaidade ou o real valor que ele dá ao termo vaidade  ─; poderia ser simplesmente: Não adiantou nada, tudo isto foi bobagem e efemeridade ou exatamente o que o Senhor Jesus declara enfaticamente em Lucas 12:19-21.

156
         Meu querido irmão em Cristo, e também você que ainda não o aceitou como salvador; reprove e não permita que a sua mente seja contaminada pelo amor ao mundo e o que no mundo há, não se deixe envolver por esses que pregam o prosperar neste mundo como regra básica de relação com Deus, e ainda mais, seja inteligente e também não aceite que líderes se apresentam para você como os reais procuradores de Deus (esses são os mercenários de João 10. 10-14); para recebem o seu dinheiro e viabilizar através disso, que Deus venha lhe abençoar.

157
         Para que você possa entender e compreender me apoiar, nessa nossa caminhada séria que tenho proposto quanto o melhor estudar a Bíblia, transcrevo a seguir parte do meu segundo livro, A Noiva Aprovada por Ele... Início da transcrição.  A questão objetiva, é que de fato, não há por parte da maioria dos crentes o desejo da volta do Senhor Jesus, ou literalmente, o que existe na mente da maioria dos que se dizem crente, é um grande amor pelo mundo, e o “tudo de bom” que ele possa oferecer... Não estou defendendo a tese  masoquista; que não devamos buscar ser felizes, de não caminhar na busca de nos aperfeiçoarmos (estudar), enfim, de não querer progredir; não, não é assim. Só que o buscar isto, deve ser a conseqüência do ter Deus em primeiro lugar.


NÃO DEVEMOS AMAR O MUNDO

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         Nesse entender o amor pelo mundo, o Senhor Jesus informa de maneira clara e objetiva, como avaliar e proceder em relação a esse assunto; e o faz, através de Mateus 6:33 ─ Mas buscai primeiro o reino de Deus e a sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas.

159
         O amar ao mundo, é algo muito sério, pois assim temos agido sem nos darmos conta de tal   procedimento; e é fácil constatar isto através da vida e do posicionamento da grande maioria dos crentes e principalmente de muitos púlpitos (lideranças), que só falam de benção e da busca de um mundo de paz, saúde, felicidade e prosperidade; que motivou João (lá no passado), a advertir aos irmãos daquela época, e profeticamente também a nós, quando diz em I João 2:15-17 ─ Não ameis o mundo, nem o que há no mundo. Se alguém ama o mundo, o amor do Pai não está nele. Porque tudo que há no mundo, a concupiscência da carne, a concupiscência dos olhos e a soberba da vida, não vem do Pai, mas sim do mundo. Ora, o mundo passa, e a sua concupiscência; mas aquele que faz a vontade de Deus permanece para sempre.           

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         Essa fora (sentimento anterior a era da graça) a postura e expectativa das pessoas, conforme nos diz o Senhor Jesus: Porquanto assim como nos dias anteriores ao dilúvio, comiam, bebiam, casavam e davam-se em casamento, até o dia em que Noé entrou na arca. Essa também foi a postura e expectativa de muitos crentes no passado (na época de João), pois ele disse: Não ameis o mundo, nem o que há no mundo... Será que essas advertências, não têm nenhum sentido para nós hoje, ou será que temos crido em vão, ou ainda; o nosso Jesus é lenda judaica de religião que todo ser humano deve ter, ou a grande realidade, é que verdadeiramente ama-se muito mais a esse mundo?

161
Agora caminhando efetivamente no que Paulo nos ensina sobre a maravilhosa volta do Senhor Jesus; que segundo ele seria motivo de tristeza, se assim não fosse acontecer; pois diz em I Tessalonicenses 4:13-14 ─ Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes acerca dos que já dormem, para que não vos entristeçais como os outros que não têm esperança. Porque, se cremos que Jesus morreu e ressurgiu, assim também aos que dormem, Deus, mediante Jesus, os tornará a trazer juntamente com ele. Paulo, que escreve esta carta aos tessalonicenses depois de uma visita de Timóteo a eles, constata (assim está reproduzido nestes dois versículos) que os irmãos de Tessalônica estavam preocupados com a questão arrebatamento; o que devia ser motivo de vergonha para nós hoje, pois já passados dois mil anos, a maioria de nós não têm tido a mesma preocupação, que Paulo esclarece no texto acima haver entre aqueles irmãos... A riqueza de informação feita por Paulo aos tessalonicenses é tão objetiva e esclarecedora que vou reproduzir o texto nas suas melhores informações, I Tessalonicenses 4:15-18 ─ Dizemo-vos, pois, isto pela palavra do Senhor; que nós, os que ficarmos vivos para a vinda do Senhor, de modo algum precederemos aos que já dormem. Porque o mesmo Senhor descerá do céu com grande brado, à voz do arcanjo, ao som da trombeta de Deus, e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, ao encontro do Senhor nos ares, e assim estaremos para sempre com o Senhor. Também I Tess. 5:1-6 ─ Mas, irmãos, acerca dos tempos e das épocas não necessitais de que se vos escreva; porque vós mesmos sabeis perfeitamente que o dia do Senhor virá como vem o ladrão de noite; pois quando estiverem dizendo: Paz e segurança! Então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão. Mas vós, irmãos, não estais em trevas, para que aquele dia, como o ladrão, vos surpreenda; porque todos vós sois filhos da luz e filhos do dia; nós não somos da noite nem das trevas; não durmamos pois, como os demais, antes vigiemos e sejamos sóbrios.

162
         Lindo e maravilhoso esse texto da carta de Paulo aos tessalonicenses e também muitíssimo esclarecedor; que nos leva a ponderar, que é difícil de entender, como hoje há tanta ignorância sobre o arrebatamento; se os textos na Bíblia são riquíssimos em ensinar sobre esse assunto; tanto que na primeira carta de Paulo aos Coríntios (todo o capítulo quinze), ele pormenorizadamente fala sobre ressurreição e arrebatamento, como ele já havia ponderado aos tessalonicenses.


EPICURISMO GOSPEL OU AMOR PELO MUNDO

163
         Paulo, nesta primeira carta aos coríntios, fala de maneira veemente aos de Corinto, pois de fato, diferentemente dos de Tessalônica, os de Corinto tinham dificuldade de crer na ressurreição, e entre eles havia pessoas com forte tendência da filosofia epicurista (tudo termina na sepultura), porquanto Paulo, nos versículos 32 e 33, bate nessa deformação e é veemente quanto a isto ─ Se como homem, combati em Éfeso com as feras, que me aproveita isso? Se os mortos não são ressuscitados, “comamos e bebamos, porque amanhã morreremos”. Não vos enganeis. As más companhias corrompem os bons costumes. O que Paulo critica e busca informar ao dizer; comamos e bebamos, porque amanhã morreremos, é que essa expressão corresponde a uma “máxima” ou chamamento, ou ainda uma identificação quanto a esta filosofia epicurista de viver, que contempla buscar atender tudo o que nos possa dar prazer (em todos os sentidos, dependendo do padrão moral de cada um), no que, essa filosofia nega a vida pós morte (principalmente a ressurreição) e em conseqüência, aponta o buscar ter saúde, ser feliz, ser próspero e perseguir todos os prazeres; sejam: O do poder, o gastronômico ou o sexual, porquanto aproveitemos a vida porque em breve morreremos.

164
         Embora essa filosofia (o epicurismo) tenha sido fundamentada por Epicuro (310-270 a.C.), essa idéia já estava presente até mesmo no povo a muito tempo, conforme Isaías 22:13, a cerca de setecentos anos antes de Cristo    que é a máxima reproduzida por Paulo acima  ─, e quanto a máxima do epicurismo ela é: coroemo-nos de rosas enquanto elas não murcham. Possivelmente, alguns se escandalizarão com o que estou dizendo, e outros dirão veementemente que decididamente não praticam isto... Será que de fato estamos sendo sinceros e coerentes (para com os outros) com o que está dentro de nós e principalmente com Deus, porquanto a linha que divide o legítimo direito de buscar progredir e ser feliz e o efetivo buscar a Deus em primeiro lugar é muitíssimo tênue e frágil, na qual, a definição quanto a isto passa invariavelmente por uma confissão sincera que façamos a nós mesmos, e com a ação plena do Espírito Santo do Senhor... Digo que é necessário a priori uma avaliação introspectiva e a nossa confissão verdadeira; porque a maioria de nós somos bombardeados pela mídia e várias igrejas que insistem (e confesse que você tem aceitado isto) nessa heresia epicurista do Deus provedor do baú da felicidade, quando dificilmente se conseguirá abrir espaço para a atuação do Espírito Santo, porque na realidade não estamos interessados em permitir que Deus faça a sua vontade em nós e no  nosso conseqüente proceder.

165
         Essa questão de buscar a plenitude do viver (que é legítima, quando na visão de prioridades estabelecida por Deus), é de fato muitíssimo importante e também muito oportuno que se discuta isto exaustivamente; porque é exatamente isto que comercialmente nos é ensinado de maneira ostensivamente alienante através da mídia e de lideranças sem compromisso efetivo com a Palavra de Deus, e sim do enriquecer-se com o dinheiro dos crédulos inocentes.

166
         Paulo nesse extenso texto do capítulo quinze da sua carta aos de Corinto, mostra de maneira contundente (assim o Senhor o inspirou, para que essas ponderações chegassem até nós, hoje) o perigo dessa visão carnal, que infelizmente tem contaminado a muitos que dizem que amam ao Senhor Jesus e desejam a sua volta... Quando de maneira incisiva nessa preocupação ele, na menção ao epicurismo é irônico, e aqui, sobre o efetivo amar o mundo, é  até provocativo, conforme I Coríntios 15:17-19 ─ E, se Cristo não foi ressuscitado, é vã a vossa fé, e ainda estais nos vossos pecados. Logo, também os que dormiram em Cristo estão perdidos. Se é só para essa vida que esperamos em Cristo, somos de todos os homens os mais dignos de lástima.

167
         Irei concluir sobre o capítulo quinze dessa primeira carta de Paulo aos coríntios mais a frente; porquanto entendo a necessidade de ponderar mais sobre essa questão que agora chamarei pejorativamente de  epicurismo gospel; a qual corresponde a essa busca frenética da maioria dos evangélicos, quando em primeiro lugar, se busca; paz, saúde, felicidade afetiva, afastamento dos inimigos e a procurada e muito desejada prosperidade financeira.

168
         Se formos pesquisar e avaliar os componentes da filosofia de Epicuro (341-270 a.C.) constatar-se-á que ela é exatamente essa visão do evangelho cujo Deus e o Deus provedor de todas as coisas aqui neste mundo, que é literalmente amar o mundo e também a filosofia epicurista... O epicurismo contempla (com já informei) o buscar satisfazer os anelos que julgamos irão nos dar prazer no nosso viver enquanto seres humanos; sendo essa visão mais atenuada, a que tem conseguido contemporização dos “evangélicos”; mas epicurismo é epicurismo, que dependendo do padrão moral do epicurista, há a liberdade de satisfazer-se no que ele ache que é bom e prazeroso, sendo esse o apelo maior dessa filosofia no decorrer da história.

169
         Não sei se você observou, que a base do epicurismo é o não acreditar na vida pós morte, conseqüentemente também não aceitar a ressurreição, daí, não existir a possibilidade do epicurismo gospel (que é uma provocação pejorativa minha); tão praticado hoje pelos evangélicos; que também tem outro complicador; que é a avidez pela prosperidade financeira; que corresponde literalmente à adoração de Mamon o deus da riqueza.



O AMOR AO QUE É MATERIAL

170
         Paulo diz no versículo dezenove que   Se é só para esta vida que esperamos em Cristo, somos de todos os homens os mais dignos de lástima; entretanto parece que essa palavra não encontra eco nos nossos ouvidos, pois convivemos tranqüilamente em assim fazer, e o pior é que defendemos veementemente que isto tem respaldo bíblico... Definitivamente entendo que estamos no limiar da volta do Senhor Jesus, pois essa atitude se ajusta plenamente com o que Paulo diz em I Timóteo 6:9-10 - Mas os que querem tornar-se ricos caem em tentação e em laço, e em muitas concupiscências loucas e nocivas, as quais submergem os homens na ruína e na perdição. Porque o amor ao dinheiro é a raiz de todos os males; e nessa cobiça alguns se desviaram da fé, e se traspassaram a si mesmos com muitas dores. Ainda também o texto de II Timóteo 4:2-4 - Prega a palavra, insta a tempo e fora de tempo, admoesta, repreende, exorta, com toda a longanimidade e ensino. Porque virá tempo em que não suportarão a sã doutrina; mas, tendo grande desejo de ouvir coisas agradáveis, ajuntarão para si mestres segundo os seus próprios desejos, e não só desviarão os seus ouvidos da verdade, mas se voltarão às fábulas.

171
         Conforme Paulo conclui (aqui profetizando que isto também aconteceria hoje, no nosso tempo), e o Senhor Jesus já havia dito que ninguém pode servir a dois senhores... É claro que se alguém tem em seu coração o ávido desejo de ficar rico e gozar dessa riqueza em toda a sua plenitude; com certeza não haverá lugar no coração dessa pessoa para amar a Jesus e desejar a sua volta; sendo que ainda existe uma possibilidade indesejável e muito grave que é a morte prematura dessa pessoa, que Jesus adverte quanto a ela em Lucas 12:19-21 ─ e direi a minha alma: Alma tens em depósito muitos bens para muitos anos; descansa, come, bebe, regala-te. Mas Deus lhe disse: Insensato, esta noite te pedirão a tua alma; e o que tens preparado, para quem será?  Assim é aquele que para si ajunta tesouros, e não é rico para com Deus.                                    

172
         Seguindo a linha de raciocínio percorrido por nós até agora, também considerando objetivamente, que nós crentes no Senhor, temos tido uma dificuldade muito grande em aceitar e viver segundo o verdadeiro Evangelho do Senhor Jesus; onde, quando e no que (como já disse), estamos literalmente agindo segundo essa profecia de Paulo escrevendo a Timóteo; na qual ele diz que nos últimos tempos (nós estamos vivendo os últimos tempos), os crentes não suportariam a sã doutrina, e teriam o desejo de ouvir coisas agradáveis e ajuntariam para si mestres segundo esses desejos... Não é exatamente isto que estamos vendo?.. Pastores que abandonam os verdadeiros ensinamentos da Palavra de Deus, e falam exatamente aquilo que as pessoas querem ouvir; para lhes serem agradáveis e torná-las receptivas ao controle das suas lideranças; sendo que não sou eu que estou criando isto, e sim reproduzindo o que Paulo profetizou a cerca de dois mil anos por meio da sua segunda carta a Timóteo (II Timóteo 4:3).

173
         Antes da hegemonia (supremacia) romana, tivemos a hegemonia do Império Grego Macedônio; que foi o maior momento e também o motor de aceleração da evolução cultural da humanidade... É nesse berço cultural que a filosofia passa efetivamente a existir; sendo que algumas delas (embora algumas tenham se comprovado cientificamente) acabaram se contrapondo às verdades do Evangelho; como no caso do gnosticismo (combatido veementemente por João) e o epicurismo, que é uma séria heresia, que foi até absorvida pelos saduceus (combatido por Paulo, e que estou apreciando).

174
         Com relação ao epicurismo e ao que a sua construção filosófica projeta, devemos considerar que essa filosofia ou idéia contempla o anseio de sobrevivência e o desejo de prazer humano (Freud que o diga detalhadamente); entretanto, isto colide de alguma forma com os ensinamentos do Evangelho que é basicamente o viver plenamente (abundantemente) a vida eterna pós-ressurreição; que mostra a vida aqui no mundo como circunstancial e passageira (não estou dizendo que a bíblia estabeleça o masoquismo como regra) e com a visão de ter a Deus em primeiro lugar.

175
         Não é improcedente essa minha pequena ponderação sobre essa questão filosófica, porquanto o procedimento da maioria dos crentes contemporâneos é exatamente o de um epicurista (possivelmente de maneira inconsciente ou por total ignorância bíblica); que coloca a Deus em segundo plano, e tudo o que o mundo possa oferecer, em primeiro lugar; e pasmem! Tudo isto é avidamente pedido a Deus em nome do Senhor Jesus... Daí, essas ponderações me deram o direito de dizer que o que é praticado hoje pela maioria dos crentes, sem sombra de dúvidas é literalmente o que se pode chamar de epicurismo gospel.
             
176
         Voltemos agora ao capítulo quinze da carta de Paulo aos coríntios; na qual ele fala de maneira veemente sobre ressurreição e do maravilhoso evento do arrebatamento da Igreja. Nos cinqüenta e oito versículos do capítulo quinze da carta de Paulo aos coríntios, ele fala especificamente do assunto  ressurreição e do arrebatamento, no qual, ele trabalha isto com pormenores e ênfases quanto a constituição dos corpos dos que ressuscitarão e depois quanto ao momento em que se dará o evento do arrebatamento. Como já disse o texto se constitui em cinqüenta e oito versículos, portanto extenso, todavia sugiro a sua leitura total com calma e interesse espiritual.

177
         Para concluir sobre o texto da primeira carta de Paulo aos coríntios capítulo quinze, vou reproduzir o texto de I Coríntios 15:50-52   Mas digo isto, irmãos, que a carne e o sangue não podem herdar o reino de Deus; nem a corrupção herda a incorrupção. Eis aqui vos digo um mistério; nem todos dormiremos mas seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao som da última trombeta; porque a trombeta soará, e os mortos serão ressuscitados incorruptíveis, e nós seremos transformados. Após falar do arrebatamento nesses versículos, ele continua a discorrer sobre a vitória sobre a morte (ressurreição), e por fim, ele conclui que todas essas informações sobre ressurreição e arrebatamento, deviam servir de conforto e estímulo para continuarem a levar avante a obra do Senhor, conforme I Coríntios 15:58 ─ Portanto, meus amados irmãos, sede firmes e constantes, sempre abundantes na obra do Senhor, sabendo que o vosso trabalho não é vão no Senhor.

178
         Você que está efetivamente envolvido com os trabalhos da sua igreja e que também é parte integrante dos que trabalham em encontro de casais; já conhece de cor esse versículo (o acima) cinqüenta e oito do capítulo quinze da carta aos coríntios, pois ele é sempre citado, com a função de incentivar o trabalho dos irmãos... Esse  texto, na carta de Paulo, tem também a função de incentivo ao trabalho na causa de Deus; só que, o motivo apontado por Paulo para incentivar os irmãos de Corinto e também a nós hoje, é o fato que assim como o Senhor Jesus ressuscitou, nós também ressuscitaremos para sermos arrebatados, sendo isto um ótimo motivo (segundo Paulo) para trabalharmos com todo afinco na sua obra. Fim da transcrição.

179
         Creio que após todas as minhas considerações sobre a oração de Jabez, sua improcedência como exemplo a ser seguido; e até a heresia de se recitar essa ou aquela oração como uma espécie de receituário já pré-aprovado    valendo o que estamos dizendo, também para a oração de Salomão e de igual modo para a oração do Pai nosso, cuja importância consiste nos princípios contidos nela, como expliquei no início. Consideremos agora que a primeira coisa mais importante na oração que qualquer um de nós possa fazer; será o de ter nela o contorno e a qualidade da nossa atitude com relação ao Deus, Pai e o Seu Filho, o Senhor Jesus; essa mesma grandeza e qualidade deverão estar contidas na nossa oração e principalmente com os nossos anseios, objetivos e com nossas palavras, e não as de Salomão e de maneira nenhuma as de Jabez ou de outros que pensem como ele pensou.      

180
         Finalizando este livro, quero pedir a você que esqueça a oração de Jabez, consequentemente do seu conteúdo, e se você não conseguir esquecê-la, lembre-a como exemplo que não deva ser seguido; lembre, sim, da oração de Salomão, entretanto não a recite, e sim considere que Deus aprova de maneira clara o pedir sabedoria; inclua isto nos seus pedidos, mas faça-os com as suas palavras e as expectativas do seu coração, porquanto oração é exatamente isto: falar com Deus.    

                                                                                            JORGE  VIDAL



GLOSSÁRIO

181
         CONCOMITÂNCIA DO CONTRADITÓRIO: (neologismo meu) É a responsabilidade, de ao se interpretar um determinado texto; também expliquemos o que lhe é aparentemente contrário. Na prática eqüivale a estudar o que queremos fundamentar, e ao mesmo tempo preocupemo-nos com a elucidação do contraditório. Dessa valorização do contraditório; que é na realidade o ponto de apoio para uma interpretação correta, resulta dizer; “do” (e não com o ou a o, como seria correto) contraditório, como se subordinássemos o que queremos fundamentar ao ter que também explicar o aparente contraditório.

182
         EXEGESE: É explicar, interpretar, detalhar, ou mais especificamente (se levarmos em conta a maneira exacerbada como é valorizada hoje), seria até próprio dizer que “exegese é a filosofia do texto”.

183
         EPICURISMO: Filosofia sistematizada por Epicuro (310-270 a.C.) na Grécia, que consistia a priori na negação da vida pós morte; quando se deve buscar viver a plenitude da vida e os seus prazeres... Paulo escrevendo aos de Corinto ─ em todo capítulo quinze, se contrapõe a essa filosofia, e especificamente no versículo trinta e dois, ele cita uma das máximas dessa filosofia, que é: Comamos e bebamos porque amanhã morreremos (sendo essa máxima anterior a Epicuro e popular entre o povo judeu, pois é citada no livro de Isaías 22:13, 760-698 a.C.); também a genuinamente grega: Coroemo-nos de rosas enquanto ela não murcham. Esta filosofia é o que hoje chamamos popularmente de materialismo, e é também um verdadeiro contraponto à doutrina do Evangelho do Senhor Jesus, que contempla a ressurreição e a vida eterna como regra básica.

184
         HERMENÊUITICA (do grego ερμηνεύω, interpretar): É a arte ou habilidade (não ciência) de interpretar textos antigos; quando se recorre a várias fontes, históricas, arqueológicas e científicas; contemporâneas ou não, que de alguma forma tragam insofismavelmente ajuda ao melhor construir a verdade sobre o texto. Dentro do direito em suas várias áreas (também em investigações policiais), a hermenêutica é um instrumento indispensável na elucidação de questões importantíssimas.

185
         MIDRASH (busca, procura): É a técnica ou método de exegese e homilética desenvolvido pelos rabinos judeus, que consiste em aglutinar textos de obras diferentes, dos mesmos ou outros autores bíblicos; onde resultaria dessa aglutinação uma nova obra com construção pedagógica objetiva de uma informação ou ensinamento que se busca transmitir. Essa construção, que usa parte de textos específicos ou não; com relação ao que se pretende construir ao final, o novo texto (da construção do midrash) se torna pleno e enxuto sem interferência das partes dos textos que o compõem, entretanto, toda a força e credibilidade estarão nos textos que lhe foram emprestados. No midrash podem estar presentes diversos midrashim.



BIBLIOGRAFIA

         ARRUDA, José Jobson de Andrade. História Antiga e Medieval, São Paulo, Ática, 1976.

         BOYLER, Orlando. Pequena Enciclopédia Bíblica. Imprensa Metodista, São Paulo, 1970.

         COMBY, Jean e Jean-Pierre Lemonon. Roma em face a Jerusalém. Edições Paulinas. São Paulo, 1987.

         COMBY, Jean e Jean-Pierre Lemonon. Vida e Religião no Império Romano. Edições Paulinas. São Paulo, 1988. 

         D, Ana e Dr. S. L. Watson, Conciso Dicionário Bíblico, ilustrado, traduzido e ampliado. 23a Ed., Imprensa Bíblica Brasileira, 1994.

         GUNDRY, Roberto. Panorama do Novo Testamento. Editora Vida Nova. São Paulo, 1981.

         GUSDORF, Georges. Mito e Metafísica. Tradução de Hugo di Prímio Paz. São Paulo. Editora Convívio. São Paulo, 1979.

         MC DANIEL, G. W. As Igrejas do Novo Testamento. Tradução de F. M. Edwards. Quinta Edição, Rio de Janeiro. Junta de Educação Religiosa Publicações, 1989. 

         POTTER, Charley Francis. História das Religiões. Trad. J. Sampaio Ferraz, São Paulo, Ed. Universitária 1944.                                                       

         TELES, Antônio Xavier. Psicologia Moderna. Ática, São Paulo, 1975

         TELES, Antônio Xavier. Introdução ao Estudo de Filosofia. Antônio 16a Ed. Xavier Teles - 16a ed. rev. e  aum., São Paulo, Ática, 1979.                      

         VIDAL, Jorge. Ceia, sim! Cruz, não!. Jorge Vidal. Rio de Janeiro, Líteris Ed. KroArt, 2003.

         Outros

         BÍBLIA SAGRADA



TEXTO DA  CONTRA  CAPA (sinopse)


         Este livro, a Oração de Jabez e a Oração de Salomão é de fato um contraponto à maneira como é interpretada e usada a oração de Jabez...

         Neste trabalho, que é o meu quarto livro, buscarei de maneira coerente (como foi nos trabalhos anteriores) o aprofundamento bíblico necessário, quando se quer ser efetivamente útil no motivar que se busque o estudo sério da Bíblia. E estou certo que este pequeno livro trará informações que você nunca imaginou que lhe interessariam; também chamará a sua atenção para uma melhor avaliação do que qualquer um de nós (os autores como eu e até mesmo os leitores), nós os que buscamos influir como formadores de opinião;  também se motivará maior cuidado quanto à questão de interpretação de textos bíblicos (hermenêutica), que neste meu trabalho é estimulado de maneira didática.

         Como disse, este livro é uma avaliação da oração de Jabez, e por conseqüência, um estudo de como melhor entender o que o texto sagrado ensina sobre oração; que é esse nosso falar com Deus, que está sendo muito deturpado nos dias de hoje.

         Acredite que após lê-lo, em muito a sua vida será edificada e a motivação advinda desse trabalho sério, como já disse, lhe será muito útil.
                
                                                                                                                    O autor



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FINAL I
                                                                                                                                             
Esse é o meu décimo Blog, de uma série de muitos outros sobre vários assuntos que pretendo postar. Sendo o seguinte a ser postado (o décimo primeiro), cujo Tema ainda não defini, se sobre a TRINDADE    entendida e estudada no decorrer da história como tri-unidade ─, o ESPIRITISMO ou DÍZIMOS. Com relação aos meus Blogs já existentes e os futuros quando forem postados. A maneira mais fácil de acessá-los é a de estando em qualquer um deles; com um clique no link perfil geral do autor  (abaixo do meu retrato), a lista de todos os Blogs aparecerá, bastado para acessar cada um clicar o  título correspondente.

FINAL II

Quanto ao conteúdo do Blog anterior, deste e dos futuros; no caso do uso de parte das informações dos mesmos; peço-lhe, usando a mesma força de expressão usada nos Blogs anteriores:  Desesperadamente me dê o devido crédito de tudo o que for usado    não tão-somente em função do direito autoral, mas, para  que, por meio da sua citação, o anterior, este, e os futuros sejam divulgados por seu intermédio de maneira justa e de acordo com a lei. 

 
                    Jorge Vidal  Escritor Batista autodidata   
                                                          

                                                    Email  egrojladiv@yahoo.com.br